Exportar registro bibliográfico

O que pode um psicólogo fenomenológico-existencial: Questionamentos e reflexões acerca de possibilidades da prática do psicólogo fundamentadas na ontologia heideggeriana (2015)

  • Authors:
  • Autor USP: EVANGELISTA, PAULO EDUARDO RODRIGUES ALVES - IP
  • Unidade: IP
  • Sigla do Departamento: PSA
  • Subjects: FENOMENOLOGIA; ANTROPOLOGIA; PSICOLOGIA EXISTENCIAL; PSICOLOGIA HUMANISTA
  • Language: Português
  • Abstract: Na condição de professor e supervisor clínico de psicologia fenomenológico-existencial, ouço frequentemente dos alunos perguntas a respeito do que pode e não pode fazer um psicólogo dessa abordagem. Assim, assumo como pergunta-guia o que pode um psicólogo fenomenológico-existencial? O sentido é conhecer como a filosofia de Martin Heidegger, filósofo tradicionalmente associado à fenomenologia existencial, influenciou a psicologia. Na literatura psicológica ela aparece em modalidades de prática muito distintas ente si. A confusão é grande também no que tange as abordagens teóricas psicológicas que se denominam fenomenológicas e/ou existenciais: Abordagem Centrada na Pessoa (ACP), Gestalt-Terapia, Daseinsanalyse, Análise Existencial. O objetivo geral é o desvelamento do ser-psicólogo fundamentado na ontologia heideggeriana como possibilidade de prática psicológica. Figuram como objetivos específicos 1) um estudo teórico sobre a recepção da fenomenologia de Heidegger pela Psicologia; 2) um questionamento do modo como a Psicologia baseada nesse filósofo tem sido apresentada; 3) a explicitação de possibilidades que a ontologia heideggeriana abre para a psicologia; 4) o questionamento do estatuto científico da Psicologia; 5) uma reflexão baseada em minha prática psicológica, que é uma possibilidade de ser-psicólogo fundamentado na ontologia heideggeriana. Tais objetivos contribuem para a dissolução da confusão no campo das psicologias fenomenológicas, existenciais e humanistas,assim como para a formação de psicólogos. Seguindo indicações de Heidegger em Ser e tempo de que a condição de ser-no-mundo do Dasein é de decair em contextos históricos significativos sedimentados (mundos) e a partir deles retirar os modos de entender si mesmo, outros e coisas, enredando-se em tradição, o método exigido é de confrontação com as interpretações legadas e assumidas como óbvias. No primeiro momento, a fenomenologia aparece como resgate da atitude ingênua, não científica do mundo, e da imediatidade sintética homem-mundo; como crítica à psicanálise; atitude de não julgamento; defesa da intersubjetividade; discussão da temporalidade como constitutiva da experiência humana. A retomada revela dois caminhos de influência da ontologia heideggeriana na psicologia: o europeu e o norteamericano. Retomando a analítica existenciária de Heidegger, seu pensamento é confrontado com a psicologia fenomenológica brasileira, que se revela fortemente influenciada pela ACP, contraditória mesmo à fenomenologia de Husserl. Para Husserl e Heidegger, a fenomenologia não pode ser uma abordagem, pois é ela que tematiza a fenomenalização do real perspectivalmente. Fenomenológica existencial não pode ser adjetivo de psicologia, pois isso permanece preso à definição de real como objetividade positivada. Para escapar disso, Heidegger propõe a inauguração de uma ciência ôntica chamada Daseinsanalyse antropológica. Assim, a questão-guia é retomada por meio da definição do psicólogo comoprofissional do encontro, que, apoiado na ontologia heideggeriana, revela-se existência encontrando outra existência, ambas assumidas como poder-ser fáctico. Não podendo definir a quiditas da psicólogia fundamentada na ontologia heideggeriana, resta indicar alguns modos possíveis de ser nas várias modalidades de prática psicológica, a partir de minha experiência: ser ético, ser crítico e ser clínico
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 11.12.2015
  • Acesso à fonte
    How to cite
    A citação é gerada automaticamente e pode não estar totalmente de acordo com as normas

    • ABNT

      EVANGELISTA, Paulo Eduardo Rodrigues Alves. O que pode um psicólogo fenomenológico-existencial: Questionamentos e reflexões acerca de possibilidades da prática do psicólogo fundamentadas na ontologia heideggeriana. 2015. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2015. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47131/tde-23022016-124936/. Acesso em: 07 out. 2024.
    • APA

      Evangelista, P. E. R. A. (2015). O que pode um psicólogo fenomenológico-existencial: Questionamentos e reflexões acerca de possibilidades da prática do psicólogo fundamentadas na ontologia heideggeriana (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47131/tde-23022016-124936/
    • NLM

      Evangelista PERA. O que pode um psicólogo fenomenológico-existencial: Questionamentos e reflexões acerca de possibilidades da prática do psicólogo fundamentadas na ontologia heideggeriana [Internet]. 2015 ;[citado 2024 out. 07 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47131/tde-23022016-124936/
    • Vancouver

      Evangelista PERA. O que pode um psicólogo fenomenológico-existencial: Questionamentos e reflexões acerca de possibilidades da prática do psicólogo fundamentadas na ontologia heideggeriana [Internet]. 2015 ;[citado 2024 out. 07 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47131/tde-23022016-124936/

    Últimas obras dos mesmos autores vinculados com a USP cadastradas na BDPI:

    Digital Library of Intellectual Production of Universidade de São Paulo     2012 - 2024