Morra para se libertar: estigmatização e violência contra travestis (2015)
- Authors:
- Autor USP: BUSIN, VALERIA MELKI - IP
- Unidade: IP
- Sigla do Departamento: PST
- Subjects: TRAVESTIS; VIOLÊNCIA
- Keywords: Diferença; Difference; Gender violence; Interseccionalidades; Intersectionalities; Violência de gênero
- Language: Português
- Abstract: Por meio desta pesquisa, busco investigar a dinâmica psicossocial das violências cotidianas sofridas por travestis, chamando atenção para o gênero articulado a outros marcadores sociais de diferença. Descrevo como as diferentes violências marcam a experiência cotidiana das travestis que participaram do estudo. A abordagem qualitativa permitiu compreender a fluidez das suas relações sociais por meio das suas histórias de vida. Oito travestis com características diversas: cor de pele, classe social, origem geográfica, escolaridade, inserção no ativismo LGBTT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais) foram entrevistadas. Como a prostituição é parte importante do cotidiano de violências das travestis brasileiras, as colaboradoras desta pesquisa têm trajetórias profissionais distintas: algumas são profissionais do sexo e vivem da profissão, outras foram profissionais do sexo e agora exercem outras profissões e há quem nunca atuou como profissional do sexo. Inspirada pelo construcionismo social, utilizo as cenas como unidades de análise privilegiada, descrevo como as violências simbólica, física e econômica, incluindo as expressões de violência sexual e psicológica, perpassam a trajetória singular de cada uma delas desde o momento em que expressaram rupturas com os scripts de sexo e gênero em que foram socializadas. Analiso essa diferença em termos de identidade, experiência, relações sociais e subjetividade. A diferença expressa pela ruptura com os scripts de gênerohegemônicos desencadeou processos de estigmatização e experiências de violência que as colocaram em um lugar simbólico marginal e desqualificado. Formas diversas de morte física e simbólica acompanham a vida das colaboradoras desta pesquisa. A interseccionalidade contribui para compreender as trajetórias de vida e a violência experienciada, pois outros marcadores sociais (raça/cor da pele, classe social) coproduzem desigualdade e exclusão, mas também resistência e diversidade. A violência de gênero como violência simbólica produz roteiros intrapsíquicos e interpessoais que tentam aprisionar e impedir que diferenças de gênero se expressem como diversidade, tanto no nível da experiência, como das relações sociais, das subjetividades e das identidades
- Imprenta:
- Data da defesa: 28.04.2015
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ABNT
BUSIN, Valeria Melki. Morra para se libertar: estigmatização e violência contra travestis. 2015. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2015. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47134/tde-14072015-092040/. Acesso em: 28 set. 2024. -
APA
Busin, V. M. (2015). Morra para se libertar: estigmatização e violência contra travestis (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47134/tde-14072015-092040/ -
NLM
Busin VM. Morra para se libertar: estigmatização e violência contra travestis [Internet]. 2015 ;[citado 2024 set. 28 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47134/tde-14072015-092040/ -
Vancouver
Busin VM. Morra para se libertar: estigmatização e violência contra travestis [Internet]. 2015 ;[citado 2024 set. 28 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47134/tde-14072015-092040/
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