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Cirurgias hemisféricas em crianças: a concordância entre semiologia clínica e padrão ictal/interictal tem valor preditivo nos resultados cirúrgicos? Um estudo de coorte retrospectivo (2015)

  • Authors:
  • Autor USP: ORTEGA, ENRIQUE JAVIER - FMRP
  • Unidade: FMRP
  • Sigla do Departamento: RNP
  • Subjects: EPILEPSIA (CIRURGIA); NEUROFISIOLOGIA; NEUROPEDIATRIA
  • Language: Português
  • Abstract: Introdução: Os pacientes com lesão hemisférica congênita ou adquirida geralmente apresentam crises refratárias ao tratamento farmacológico e geram um impacto desfavorável e deteriorante sobre o seu neurodesenvolvimento. Nestes casos, a qualidade de vida dessas crianças é muito afetada, e a intervenção cirúrgica precoce tende a ser a melhor opção de tratamento podendo mudar de forma dramática esta evolução, principalmente quando se atinge o controle total das crises. Para que possam se submeter a este procedimento, é necessário o uso de exames de ressonância de encéfalo com boa resolução e da vídeo-eletroencefalografia prolongada para obter sinais lateralizatórias da semiologia e do traçado eletrográfico, confirmando que as crises epilépticas estão correlacionadas com o hemisfério doente. No entanto, o valor dos dados do VEEG nestes pacientes é controverso na literatura. Pacientes e Métodos: Foram revisados os dados das cirurgias hemisféricas para tratamento de epilepsia refratária realizadas de 1996 até Fevereiro de 2011 no Centro de Cirurgia de Epilepsia do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto (CIREP), analisando as primeiras cinco crises da cada paciente. Procedeuse à classificação dos padrões interictais, ictais com sua progressão e pósictais, em relação ao lado doente na neuroimgem, sendo comparados com dados clínicos gerais, como idade de início das crises, idade da cirurgia, Cirurgias hemisféricas em crianças número de drogas antiepilépticas e frequência das crises antes e após a cirurgia. Resultados: O total de 77 pacientes foram avaliadas com 264 crises analisadas com média de 2,24 anos de inicio das crises (66,3% antes dos 2 anos), e a idade média da cirurgia foi 7,4+/- 4,8 anos. O controle ou melhora >90% da frequência das crises foi obtido em 71,4% dos pacientes. Houve uma redução estatisticamente significante no número de anticonvulsivantesapós-cirurgia (Teste de Mc Nemar p=0,009); a etiologia, idade do início das crises e da cirurgia, e dados da semiologia como os eletrográficos não tiveram associação estatística no controle das crises. No entanto a ocorrência de crises no no primeiro mês após a cirurgia este relacionada com pior prognóstico quanto ao controle das crises (Chi-quadrado p=<0,001) Conclusões: Pacientes pediátricos com doença hemisférica tiveram bom prognóstico em relação ao controle das crises. Os dados eletrográficos interictais não tiveram valor lateralizatório, sendo que a ocorrência de crises no primeiro mês após a cirurgia teve uma correlação negativa com o controle das crises no pós-operatório
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 02.02.2015

  • How to cite
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    • ABNT

      MEYER, Enrique Javier Ortega. Cirurgias hemisféricas em crianças: a concordância entre semiologia clínica e padrão ictal/interictal tem valor preditivo nos resultados cirúrgicos? Um estudo de coorte retrospectivo. 2015. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2015. . Acesso em: 23 abr. 2024.
    • APA

      Meyer, E. J. O. (2015). Cirurgias hemisféricas em crianças: a concordância entre semiologia clínica e padrão ictal/interictal tem valor preditivo nos resultados cirúrgicos? Um estudo de coorte retrospectivo (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto.
    • NLM

      Meyer EJO. Cirurgias hemisféricas em crianças: a concordância entre semiologia clínica e padrão ictal/interictal tem valor preditivo nos resultados cirúrgicos? Um estudo de coorte retrospectivo. 2015 ;[citado 2024 abr. 23 ]
    • Vancouver

      Meyer EJO. Cirurgias hemisféricas em crianças: a concordância entre semiologia clínica e padrão ictal/interictal tem valor preditivo nos resultados cirúrgicos? Um estudo de coorte retrospectivo. 2015 ;[citado 2024 abr. 23 ]

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