O papel do sistema nervoso simpático na insuficiência cardíaca (2014)
- Authors:
- USP affiliated authors: SIMÕES, MARCUS VINÍCIUS - FMRP ; MARIN NETO, JOSE ANTONIO - FMRP
- Unidade: FMRP
- Subjects: SISTEMA NERVOSO SIMPÁTICO; INSUFICIÊNCIA CARDÍACA
- Language: Português
- Abstract: Característica das mais proeminentes na insuficiência cardíaca, curando com disfunção ventricular esquerda sistólica, é a hiperatividade cardiovascular autonômica simpática. Inicialmente interpretada como constituindo mecanismo compensatório capaz de prover suporte ao coração com deficiência contrátil, a hiperestimulação simpática cardiovascular prolongada é, na verdade, responsável por instalação de círculo vicioso profundamente deletério, contribuindo para agravar a disfunção ventricular, e acarretando graves desdobramentos sobre a morbimortalidade de pacientes com insuficiência cardíaca. Neste artigo, faz-se breve retrospectiva sobre como as pesquisas primordiais visando a comprovar disautonomia em bases funcionais na doença de Chagas precederam a descrição do comprometimento do sistema nervoso autônomo em pacientes com cardiopatias de outras etiologias. São revistos ainda os diversos métodos de detecção da hiperatividade do sistema simpático, desde a análise das concentrações sanguíneas de catecolaminas, do spill-over dessas substâncias no seio coronário, passando pela avaliação das respostas cronotrópicas reflexas a estímulos como “tilt test” e o esforço físico dinâmico e gradativo, as técnicas de registro invasivo microneurográfico, o imageamento dos terminais nervosos simpáticos em nível miocárdico com técnicas de medicina nuclear, e a análise de variabilidade da frequência cardíaca durante registros Holter eletrocardiográficos de 24 horas. Diversos mecanismos vias aferentes e eferentes participam da hiperatividade do sistema simpático em pacientes com insuficiência cardíaca. O aumento de descargas dos nervos simpáticos eferentes, incluindo a intensificação da liberação de catecolaminas pelas medulares adrenais, tem componentes no próprio sistema nervoso central. Há também perda do efeito inibidor dos receptores adrenérgicos alfa -2e disfunção dos receptores beta-adrenérgicos cardíacos. Ao nível molecular, ocorre redução seletiva da densidade de receptores beta1 na membrana plasmática (down-regulation) e desacoplamento em relação à proteína G dos receptores adrenérgicos remanescentes beta1 e beta2 (dessensibilização funcional). O bloqueio do sistema simpático, especialmente dos receptores beta-adrenérgicos, associa-se a nítido beneficio, reduzindo a morbidade e aumentando a sobrevivência de pacientes com insuficiência cardíaca crônica
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- Título do periódico: Revista da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo
- ISSN: 0103-8559
- Volume/Número/Paginação/Ano: v. 24, n. 2, p. 26-33, 2014
-
ABNT
MARIN NETO, Jose Antonio e SIMÕES, Marcus Vinicius. O papel do sistema nervoso simpático na insuficiência cardíaca. Revista da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo, v. 24, n. 2, p. 26-33, 2014Tradução . . Acesso em: 19 abr. 2024. -
APA
Marin Neto, J. A., & Simões, M. V. (2014). O papel do sistema nervoso simpático na insuficiência cardíaca. Revista da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo, 24( 2), 26-33. -
NLM
Marin Neto JA, Simões MV. O papel do sistema nervoso simpático na insuficiência cardíaca. Revista da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo. 2014 ; 24( 2): 26-33.[citado 2024 abr. 19 ] -
Vancouver
Marin Neto JA, Simões MV. O papel do sistema nervoso simpático na insuficiência cardíaca. Revista da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo. 2014 ; 24( 2): 26-33.[citado 2024 abr. 19 ] - Contribuicao da medicina nuclear para o diagnostico de doenca isquemica cardiaca e para indicacao e avaliacao dos resultados da revascularizacao
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