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Anticorpos contra vírus respiratórios em lactentes expostos ao HIV e não infectados (2014)

  • Autores:
  • Autor USP: AMARAL, FABIANA REZENDE - FMRP
  • Unidade: FMRP
  • Sigla do Departamento: RPP
  • Assuntos: PEDIATRIA; HIV; ANTICORPOS
  • Idioma: Português
  • Resumo: O estudo perinatal realizado na América Latina pela Iniciativa Internacional para Desenvolvimento de Centros de Pesquisa (NISDI) do NICHD (Eunice Kenedy Schriver National Institutes of Health and Child Development) mostrou que lactentes expostos à infecção materna pelo HIV e não infectados (ENIHIV) apresentam incidência aumentada de infecções respiratórias agudas do trato respiratório inferior (IRAI), quando comparado a dados históricos de crianças não expostas. Diante do aumento expressivo de crianças ENIHIV mundialmente e da necessidade de melhorar o entendimento de sua imunidade humoral, os objetivos do estudo foram: 1. Verificar se os níveis de anticorpos anti-VSR (Virus Sincicial Respiratório), anti-Flu A (Influenza A), anti-PIV 1, 2 e 3 (Parainfluenza 1, 2, 3), passivamente recebidos pelo recém-nascido, possuem menor concentração em crianças ENIHIV afetadas por IRAI do que em não afetadas por IRAI. 2. Identificar a razão de transferência placentária de anticorpos anti-VSR e avaliar se são influenciadas pela carga viral materna no parto. 3. Identificar os agentes microbiológicos virais responsáveis pela incidência aumentada de IRAI em ENIHIV. O grupo de estudo consistiu de lactentes ENIHIV recrutados no NISDI Perinatal/LILAC, nascidos no Brasil, a termo, únicos, pesando > 2500 gramas, sem evidência de doença subjacente cardiovascular, pulmonar ou congênita grave e que completaram 6 meses de acompanhamento. As amostras de plasma foram obtidas do sangue periférico ao nascer e aos 6 meses de vida para quantificação dos níveis de anticorpos contra VSR, Flu A, PIV 1, 2, 3; e da mãe, antes da alta hospitalar, para quantificação de anticorpos anti-VSR. Os participantes foram classificados quanto à ocorrência ou não de IRAI e, a seguir, foi feito um pareamento segundo o centro de recrutamento, a idade da criança e a disponibilidade de amostras de plasma, obtendo-se comopopulação de estudo 118 lactentes ENIHIV [IRAI(+)] e 118 IRAI(-). A presença dos seguintes achados quanto à comparação dos níveis de anticorpos detectados ao nascer e aos 6 meses de idade foram considerados critérios sorológicos de infecção por determinado agente: 1. Ter anticorpos detestáveis ao nascer e haver diminuição < 2 vezes nessas concentrações nos primeiros 6 meses (razão de queda < 2 vezes). 2. Ter anticorpos detestáveis ao nascer e haver aumento nas concentrações aos 6 meses. 3. Ocorrer soroconversão de não detectável ao nascer para detectável aos 6 meses de idade. Com exceção da menor escolaridade das mães de crianças que apresentaram IRAI, não foram identificadas diferenças entre os grupos quanto às características gerais das mães e crianças ENIHIV. 73,7% dos episódios de IRAI ocorreram após dois meses de vida e os diagnósticos se restringiram a pneumonia (24,8%) e bronquiolite/bronquite (75,2%). Não houve diferença entre as médias de anticorpos recebidos passivamente ao nascimento pelas crianças IRAI(+) quando comparado àquelas IRAI(-). Não encontramos associação entre a ramo de transferência transplacentária de anticorpos anti-VSR e a ocorrência de IRAI, como também não observamos influencia dos níveis de carga viral materna nessa razão. Baseado nos critérios sorológicos, estimamos que os vírus estudados tenham causado infecção na seguinte proporção: VSR (8,4%); Influenza A (3,0%); PIV 1 (33,3%); PIV 2 (3,6%) e PIV 3 (31,0%), sendo que a comparação entre os grupos com e sem IRAI, demonstrou que proporção similar deles apresentou diagnóstico sorológico de infecção. Concluindo, nosso estudo é pioneiro na análise de alguns aspectos da imunidade humoral para vírus respiratórios das crianças ENIHIV. Apesar de não termos encontrado influência da razão de transferência placentária para o anti-VSR, dos níveis de anticorpos aonascer e das razões de queda dos anticorpos antiVSR, anti-Flu A e anti-PIV 1, 2, 3 com a ocorrência de IRAI, melhor análise poderá ser feita quando da disponibilidade dos dados de um grupo controle de mulheres saudáveis e seus filhos para comparação, pois entendemos que alterações na função imunológico somente poderão ser detestáveis por meio das comparações de extremos, isto é, ENIHIV [IRAI(+)] e crianças nascidas de mães soronegativas.
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 22.10.2014

  • Como citar
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    • ABNT

      AMARAL, Fabiana Rezende. Anticorpos contra vírus respiratórios em lactentes expostos ao HIV e não infectados. 2014. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2014. . Acesso em: 17 nov. 2024.
    • APA

      Amaral, F. R. (2014). Anticorpos contra vírus respiratórios em lactentes expostos ao HIV e não infectados (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto.
    • NLM

      Amaral FR. Anticorpos contra vírus respiratórios em lactentes expostos ao HIV e não infectados. 2014 ;[citado 2024 nov. 17 ]
    • Vancouver

      Amaral FR. Anticorpos contra vírus respiratórios em lactentes expostos ao HIV e não infectados. 2014 ;[citado 2024 nov. 17 ]

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