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Caracterização da contribuição da aldosterona para a disfunção vascular em modelo experimental de diabetes mellitus tipo 2 (2014)

  • Authors:
  • Autor USP: SILVA, MARCONDES ALVES BARBOSA DA - FMRP
  • Unidade: FMRP
  • Sigla do Departamento: RFA
  • Subjects: ALDOSTERONA; DIABETES MELLITUS; DOENÇAS VASCULARES
  • Language: Português
  • Abstract: Alterações estruturais e funcionais em pequenas artérias estão relacionadas com eventos cardiovasculares adversos em populações de alto risco como por exemplo, pacientes com diabetes mellitus (DM). Hipertrofia arterial e disfunção endotelial, por exemplo, ocorrem em pacientes e animais diabéticos. Considerando que os níveis plasmáticos de aldosterona estão elevados em pacientes com DM e que a aldosterona contribui para a disfunção endotelial e remodelamento vascular em doenças cardiovasculares, o objetivo do presente estudo foi avaliar a contribuição da aldosterona em disfunções vasculares do DM. Camundongos db/db machos (B6.BKS(D)-‘Lepr POT. db’/J) e respectivos controles (dó/+), com 12 a 14 semanas, foram tratados com Espironolactona 50 mg/kg/dia ou veículo (etanol 1%) por gavagem durante 6 semanas. Durante o tratamento, foram aferidos pressão arterial, peso corpóreo e glicémia de jejum. Ao final da sexta semana, realizou-se coleta de urina 24 horas e o teste oral de tolerância à glicose (TOTG). A seguir, os animais foram anestesiados para coleta de sangue e sacrificados para retirada das artérias. Camundongos db/db apresentaram aumento da glicémia de jejum, do peso corpóreo, da área sob a curva no TOTG dos níveis de aldosterona, insulina, colesterol total e triglicérides bem como de albumina, uréia e volume urinário (vs. db/+). Espironolactona aumentou o peso corpóreo (em db/db) e níveis séricos de potássio e colesterol total (em db/db e db/+). Artérias mesentéricas de resistência (AMR) de animais db/db apresentaram menor resposta à endotelina-1, acetilcolina, nitroprussiato de sódio e BAY 41-2272. Espironolactona preveniu a diminuição das respostas vasodilatadoras e normalizou a expressão da enzima guanilil ciclase solúvel, que estava reduzida em artérias de animais diabéticos. Artérias de db/db veículo apresentaram redução do diâmetro interno e aumentoda espessura da parede, da razão parede/lúmen, da área de secção transversa e do número de núcleos de células de músculo liso vascular (CMLV), alterações condizentes com remodelamento hipertrófico interno, não observado em AMR dos animais db/db espironolactona. AMR de animais db/db veículo apresentaram aumento da expressão do antígeno nuclear de proliferação celular (PCNA), redução da distensibilidade, desvio para esquerda da relação tensão-deformação (stress-strain), sugerindo rigidez vascular, e aumento de colágeno. O tratamento com Espironolactona preveniu tais alterações. Houve aumento de espécies reativas de oxigénio em aortas e da expressão de NADP(H) oxidases 1 e 4 e de proteínas cinases ativadas por mitógeno (MAPK) em AMR de animais db/db. Espironolactona diminuiu o estresse oxidativo e as alterações vasculares nos animais db/db. AMR e cultura de CMLV de animais normais foram submetidas ao contato com meio hiperglicêmico e/ou aldosterona, com intuito de verificar se efeitos rápidos do hormônio seriam exacerbados em presença de altas concentrações de glicose. Entretanto, esta interação não foi observada. Portanto, nossos resultados sugerem que o antagonismo de receptores mineralocorticóides previne alterações adaptativas na estrutura e função vasculares decorrentes do DM, indicando que a aldosterona pode atuar decisivamente nos danos vasculares relacionados a essa doença, principalmente de forma crônica e via mecanismos genômicos
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 30.07.2014

  • How to cite
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    • ABNT

      SILVA, Marcondes Alves Barbosa da. Caracterização da contribuição da aldosterona para a disfunção vascular em modelo experimental de diabetes mellitus tipo 2. 2014. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2014. . Acesso em: 19 set. 2024.
    • APA

      Silva, M. A. B. da. (2014). Caracterização da contribuição da aldosterona para a disfunção vascular em modelo experimental de diabetes mellitus tipo 2 (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto.
    • NLM

      Silva MAB da. Caracterização da contribuição da aldosterona para a disfunção vascular em modelo experimental de diabetes mellitus tipo 2. 2014 ;[citado 2024 set. 19 ]
    • Vancouver

      Silva MAB da. Caracterização da contribuição da aldosterona para a disfunção vascular em modelo experimental de diabetes mellitus tipo 2. 2014 ;[citado 2024 set. 19 ]


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