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Estudo in vivo (Mus musculus) e post mortem (Globicephala melas) da exposição ao arsênio, sua distribuição tecidual e aplicação de ferramentas analíticas para especiação química (2014)

  • Authors:
  • Autor USP: SOUZA, JULIANA MARIA OLIVEIRA - FCFRP
  • Unidade: FCFRP
  • Sigla do Departamento: 604
  • Subjects: ARSÊNIO (TOXICIDADE;CONCENTRAÇÃO); ARROZ; CAMUNDONGOS; BALEIAS
  • Keywords: Arsenolipídeos; Especiação química; Exposição crônica; Toxicidade; Arsenic; Arsenolipids; Chemical speciation; Chronic exposure; Rice; Toxicity
  • Language: Português
  • Abstract: O arsênio é um elemento químico tóxico encontrado na natureza em várias formas químicas. Entretanto, cada uma delas apresenta diferença na toxicocinética e toxicodinâmica. Os alimentos são considerados a principal fonte de exposição pelos humanos, destacando o arroz, que pode conter o arsênio na forma inorgânica e nas formas de ácidos monometilarsônico e dimetilarsínico (DMA), e alimentos de origem marinha. Os compostos de arsênio encontrados na biota marinha são classificados como solúveis em água, como arsenobetaína e arsenoaçúcares, e solúveis em lipídeos como os arsenolipídeos. Assim, é importante o desenvolvimento de estudos que avaliem a exposição ao arsênio pela alimentação, sua distribuição em organismos e sua especiação química. Neste sentido, o presente trabalho está apresentado em dois capítulos. O capitulo I corresponde ao estudo de exposição crónica em camundongos machos Swiss ao arsênio presente na dieta e os efeitos em alguns parâmetros bioquímicos. Para isso os animais foram divididos em grupo controle, três grupos expostos à dieta contendo arroz naturalmente contaminado com arsênio e três grupos expostos à dieta preparada com sais de arsênio nas mesmas concentrações presentes no arroz. Concentrações de arsênio total foram determinadas nos tecidos dos animais em estudo por ICP-MS, sendo que as maiores concentrações foram observadas na bexiga > pelos > pulmões > rins > fígado > coração > cérebro > sangue. Análises de especiação química usando HPLC-ICP-MS mostraram a presença de DMA e “As POT. 5+” em amostras de fígado e rins. Adicionalmente, não foram observadas alterações nas concentrações de glicose e de óxido nítrico plasmáticos. Uma redução significativa nas concentrações de hemoglobina sanguínea foi observada apenas para os animais expostos à ração preparada com a maior concentração de arsênio na formado sal. Alterações em alguns parâmetros relacionados ao estresse oxidativo foram encontradas nos animais expostos às dietas contendo a maior proporção de arroz e a maior concentração de arsênio na forma de sal. Portanto, as características pioneiras deste estudo levantam questionamentos diversos e incentivam a continuidade de pesquisas futuras relacionadas à avaliação da segurança do consumo de arroz. O capitulo II refere-se ao estudo de identificação e distribuição de arsenolipídeos em tecidos de baleia-piloto-de-aleta-longa (Globicephala melas), com diferenças na idade e sexo. Arsénio total foi determinado nas amostras por ICP-MS, sendo as maiores concentrações encontradas nos rins. Os resultados mostraram que as baleias-piloto adultas tendem a acumular maior concentração do elemento em relação a juvenis. As amostras de fígado, rins, músculo e camada de gordura foram submetidas a um procedimento de extração. As maiores concentrações de arsênio total foram determinadas nos extratos metanol/diclorometano por ICP-MS e 7 arsenolipídeos (ácidos graxas e hidrocarbonetos contendo arsênio) foram identificados nestes extratos após análise de especiação química por HPLC-ICPMS/ESI-MS. Por outro lado, mesmo o extrato hexano apresentando menores concentrações do elemento, alguns arsenolipídeos foram identificados. Foi possível observar que cada tecido apresentou um perfil especifico de distribuição destes compostos. Assim, este segundo estudo foi precursor na identificação e distribuição de arsenolipídeos em tecidos de baleias, contribuindo para o fortalecimento da avaliação de aspectos biogeoquímicos e toxicológicos do arsénio
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 29.10.2014
  • Acesso à fonte
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    • ABNT

      SOUZA, Juliana Maria Oliveira. Estudo in vivo (Mus musculus) e post mortem (Globicephala melas) da exposição ao arsênio, sua distribuição tecidual e aplicação de ferramentas analíticas para especiação química. 2014. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2014. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/60/60134/tde-17042015-114700/. Acesso em: 23 abr. 2024.
    • APA

      Souza, J. M. O. (2014). Estudo in vivo (Mus musculus) e post mortem (Globicephala melas) da exposição ao arsênio, sua distribuição tecidual e aplicação de ferramentas analíticas para especiação química (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto. Recuperado de http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/60/60134/tde-17042015-114700/
    • NLM

      Souza JMO. Estudo in vivo (Mus musculus) e post mortem (Globicephala melas) da exposição ao arsênio, sua distribuição tecidual e aplicação de ferramentas analíticas para especiação química [Internet]. 2014 ;[citado 2024 abr. 23 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/60/60134/tde-17042015-114700/
    • Vancouver

      Souza JMO. Estudo in vivo (Mus musculus) e post mortem (Globicephala melas) da exposição ao arsênio, sua distribuição tecidual e aplicação de ferramentas analíticas para especiação química [Internet]. 2014 ;[citado 2024 abr. 23 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/60/60134/tde-17042015-114700/

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