Avaliação tardia do transplante autólogo de paratireoide após tratamento cirúrgico do hiperparatireoidismo secundário à doença renal crônica (2014)
- Authors:
- Autor USP: IWAKURA, RICARDO - FMRP
- Unidade: FMRP
- Sigla do Departamento: ROO
- Subjects: PARATIREOIDECTOMIA; DOENÇAS DA TIREOIDE; NEFROPATIAS; TRANSPLANTE AUTÓLOGO; PARATORMÔNIO
- Language: Português
- Abstract: O Hiperparatireoidismo secundário (HPS) é uma complicação da doença renal crónica (DRC) acometendo até 40% dos pacientes. É importante causa de morbidade (deformidades ósseas, fraturas patológicas, dor articular, dor e fraqueza musculares, prurido, ruptura de tendões, calcificações de partes moles e tumor marram) e mortalidade (calcificações cardiovasculares). inicia-se com o desarranjo da homeostase do cálcio (Ca), fósforo (P) e vitamina D (VD), causado pela DRC, estimulando hiperplasia das paratireoides, com elevação da secreção do paratormônio (PTH), originando a doença mineral óssea da DRC (DMO-DRC). O tratamento deve ser feito desde estágios iniciais da DRC, visando a normalização dos níveis de P, Ca e VD. No entanto, ainda é um desafio o controle do HPS, mesmo com os avanços do tratamento medicamentoso, como calcimiméticos e ativadores seletivos dos receptores de VD, sendo que, de 5,5 a 30% desses pacientes necessitarão de tratamento cirúrgico. A técnica cirúrgica utilizada no estudo foi a paratireoidectomia total (PT) com autotransplante (AT) em antebraço (PT+AT). Para se analisarem as melhores opções terapêuticas, são necessários métodos de avaliação eficientes, sendo que, o objetivo deste estudo foi avaliar os pacientes operados com a técnica de PT+AT no pós-operatório tardio, não somente com a dosagem do PTH intacto basal, mas com testes dinâmicos, por meio de estimulo (indução de hipocalcemia pela infusão endovenosa de EDTA) e de supressão (indução de hipercalcemia pela infusão endovenosa de gluconato de Ca) das paratireoides, para construção de gráfico da relação PTH-Ca. Compararam-se dois grupos: pacientes (n=9) e indivíduos saudáveis (n=14). Foram calculados os valores do slope e set point, que serviram como medidas de comparação entre os grupos. Houve diferença dos valores do slope, sendo maior no grupo controle (53,33 vs 4,79), ou seja, asensibilidade do tecido paratireóideo do AT é menor, se comparada à de indivíduos normais. Quanto ao set point, não houve diferença estatisticamente significativa entre os grupos, embora o valor médio do grupo de pacientes tenha sido 1,53 mmol/L, contra 1,18 mmol/L do controle, com deslocamento da curva para a direita. Não houve correlação estatística entre os valores do slope ou do set-point, e algumas variáveis dos pacientes, como realização ou não de transplante renal, valor de PTH do pré-operatório, tempo de hemodiálise (HD) ou volume das paratireoides. Como conclusão, verificou-se que o tecido de paratireoide autotransplantado de pacientes com HPS à DRC, após PT+AT, possui menor sensibilidade a variações de Ca sérico no pós-operatório tardio, quando comparado ao de indivíduos saudáveis. Fatores como realização ou não de transplante renal, valor de PTH pré-operatório, tempo de HD e volume de paratireoides não se correlacionaram com a sensibilidade do tecido autotransplantado
- Imprenta:
- Publisher place: Ribeirão Preto
- Date published: 2014
- Data da defesa: 25.04.2014
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ABNT
IWAKURA, Ricardo. Avaliação tardia do transplante autólogo de paratireoide após tratamento cirúrgico do hiperparatireoidismo secundário à doença renal crônica. 2014. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2014. . Acesso em: 03 nov. 2024. -
APA
Iwakura, R. (2014). Avaliação tardia do transplante autólogo de paratireoide após tratamento cirúrgico do hiperparatireoidismo secundário à doença renal crônica (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto. -
NLM
Iwakura R. Avaliação tardia do transplante autólogo de paratireoide após tratamento cirúrgico do hiperparatireoidismo secundário à doença renal crônica. 2014 ;[citado 2024 nov. 03 ] -
Vancouver
Iwakura R. Avaliação tardia do transplante autólogo de paratireoide após tratamento cirúrgico do hiperparatireoidismo secundário à doença renal crônica. 2014 ;[citado 2024 nov. 03 ]
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