Redes tróficas do Pleistoceno: estrutura e fragilidade (2014)
- Authors:
- Autor USP: PIRES, MATHIAS MISTRETTA - IB
- Unidade: IB
- Sigla do Departamento: BIE
- Subjects: FAUNA; REDES COMPLEXAS; MAMÍFEROS EXTINTOS; PLEISTOCENO; ECOLOGIA (INTERAÇÃO)
- Keywords: Complex networks; Extinção; Extinction; Megafauna; Megafauna
- Language: Português
- Abstract: A extinção de grandes mamíferos terrestres no final do Pleistoceno (entre 50 e 11 mil anos atrás) é um dos temas mais debatidos em ecologia. A maioria dos estudos sobre as causas das extinções do Pleistoceno tem como foco o papel de fatores externos como mudanças climáticas e a chegada do homem. Entretanto, a forma como uma comunidade ecológica responde a perturbações depende de suas propriedades, como o número e composição de espécies e a forma como essas espécies interagem. O objetivo final dos estudos reunidos nessa tese foi entender como estavam organizadas as interações ecológicas entre os mamíferos do Pleistoceno e o possível papel dessas interações no episódio de extinção da megafauna. Em primeiro lugar adaptei modelos de teias tróficas para reproduzir redes formadas por diferentes tipos de interações entre consumidores e recursos. Em seguida, utilizei esses modelos para reconstruir redes de interação entre predadores e presas da megafauna do Pleistoceno e examinei as propriedades estruturais e dinâmicas dessas redes. Por fim, investiguei uma das possíveis consequências da extinção da megafauna: a perda de serviços de dispersão de sementes. Os resultados aqui apresentados mostram que (i) diferentes tipos de redes de interação entre consumidores e recursos compartilham características estruturais e podem ser reproduzidas por modelos de teias tróficas; (ii) redes de interação entre grandes mamíferos do Pleistoceno estavam, provavelmente, estruturadas de forma similaraos sistemas atuais na África. Entretanto, as comunidades do Pleistoceno seriam especialmente vulneráveis às mudanças estruturais e na dinâmica causadas pela chegada de um predador como o homem; (iii) entre as consequências da extinção do Pleistoceno está a reorganização de outros tipos de rede de interação como as redes de dispersão de sementes. Em conjunto os resultados apresentados aqui enfatizam a importância de considerarmos o possível papel das interações ecológicas em modular os efeitos de perturbações ao estudarmos eventos de extinção
- Imprenta:
- Data da defesa: 10.03.2014
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ABNT
PIRES, Mathias Mistretta. Redes tróficas do Pleistoceno: estrutura e fragilidade. 2014. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2014. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41134/tde-29052014-111335/. Acesso em: 06 maio 2025. -
APA
Pires, M. M. (2014). Redes tróficas do Pleistoceno: estrutura e fragilidade (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41134/tde-29052014-111335/ -
NLM
Pires MM. Redes tróficas do Pleistoceno: estrutura e fragilidade [Internet]. 2014 ;[citado 2025 maio 06 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41134/tde-29052014-111335/ -
Vancouver
Pires MM. Redes tróficas do Pleistoceno: estrutura e fragilidade [Internet]. 2014 ;[citado 2025 maio 06 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41134/tde-29052014-111335/
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