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Papel da insulina e das catecolaminas na expressão de componentes de vias proteolíticas no coração e em cultura de cardiomiócitos de roedores (2013)

  • Authors:
  • Autor USP: GOMES, SÍLVIA DE PAULA - FMRP
  • Unidade: FMRP
  • Sigla do Departamento: RBI
  • Subjects: CORAÇÃO; CÉLULAS MUSCULARES; INSULINA; LISOSSOMOS; METABOLISMO DE PROTEÍNA
  • Language: Português
  • Abstract: Estudos anteriores de nosso laboratório demonstraram que tanto o sistema nervoso simpático (SNS) como a insulina exercem um efeito anabólico no metabolismo proteico muscular esquelético, inibindo a proteólise e estimulando a síntese de proteínas. No entanto, o papel do SNS e da insulina no controle do metabolismo proteico no tecido cardíaco tem sido pouco estudado. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos do SNS e da insulina na degradação de proteínas no músculo cardíaco e em cultura de cardiomiócitos de roedores. Para isso foram utilizados os seguintes modelos experimentais: Para avaliar o papel da insulina utilizamos ratos diabéticos tratados com insulina e cultura de cardiomiócitos incubados na ausência de glicose (jejum) e posteriormente incubada com insulina por 1 hora. Já para avaliar a contribuição do SNS na manutenção da massa cardíaca utilizamos cultura de cardiomiócitos incubada com agonistas e antagonistas dos receptores adrenérgicos ‘alfa’, ‘‘beta’ IND. 1’ e ‘‘beta’IND. 2’. Os resultados obtidas mostraram claramente que a insulina pode controlar a expressão de componentes do sistema Ub-proteassoma (UPS) e lisossomal/autofágico em coração de animais diabéticos e em cardiomiócitos submetidos ao jejum. O tratamento de ratos diabéticos com insulina por 3 dias induziu um aumento da massa muscular cardíaca com concomitante queda na expressão gênica das Ub-ligases (atrogin- 1 e MuRF1 ) e dos genes lisossomal/autofágicos (LC3, gabarap11 e catepsina L) e no conteúdo da proteína autofágica LC3II entretanto, não alterou o conteúdo proteico das catepsinas B e L e da Gabarap. Em cardiomiócitos submetidos ao jejum por 2 horas a incubação com a insulina reduziu a expressão das Ub-ligases e dos genes lisossomal/autofágicos. Esses resultados sugerem que a insulina controla in vivo e in vitro a expressão de componentes dos sistemasproteolíticos UPS e lisossomal/autofágico, sendo responsável, pelo menos em parte, pela manutenção da massa muscular cardíaca. Os dados mostram a participação da via de sinalização da Akt/Foxo nas alterações da massa do coração. Tanto no diabetes como no jejum, foram observadas reduções na fosforilação da Akt e Foxo em coração de ratos diabéticos e em cultura de cardiomiócitos. Por outro lado, após incubação com insulina, foi observado aumento na fosforilação destas proteínas. Foi observado que o SNS controla a expressão dos genes atróficos em cardiomiócitos. Os resultados obtidos mostram claramente que tanto a noradrenalina como os agonistas adrenérgicos ‘‘beta’ IND.1’ e ‘‘beta’ IND. 2’ (dobutamina e clembuterol, respectivamente), reduzem a expressão das Ub-ligases e dos genes lisossomal/autofágicos em cardiomiócitos em cultura. Ainda, os resultados indicam que os receptores adrenérgicos ‘‘beta’ IND.1’ e ‘‘beta’ IND.2’ controlam a expressão dos atrogenes de uma forma similar e agonistas a adrenérgicos não apresentam nenhum efeito no controle dos atrogenes no coração de roedores. Também, os resultados obtidas mostram uma ativação diferenciado das proteínas PKA (proteína quinase dependente de AMPc) e EPAC (Exchange protelo directly activated by cAMP) após estimulação dos receptores adrenérgicos ‘‘beta’ IND.1’ e ‘‘beta’ IND.2’, respectivamente. Neste trabalho foi observado que a proteína EPAC é ativada, preferencialmente, após estimulação dos receptores ‘‘beta’ IND.2’ e a PKA pelos receptores ‘‘beta’ IND.1’, sugerindo que o SNS, após a estimulação da formação do AMPc, regula a expressão dos genes atróficos tanto pela EPAC como pela PKA.Os dados obtidos neste trabalho sugerem que o SNS e a insulina estão envolvidos no controle dos processos proteolíticos UPS e lisossomal/autofágico nocoração e em cultura de cardiomiócitos, modulando a massa muscular cardíaca por meio de alterações na expressão de componentes destes sistemas e na sinalização intracelular da via Akt/Foxo, podendo ocorrer um "cross-talk" entre a via estimulada pelos agonistas ‘‘beta’ IND.2’e a da insulina pela Akt no controle da expressão dos atrogenes
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 26.07.2013

  • How to cite
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    • ABNT

      GOMES, Sílvia de Paula. Papel da insulina e das catecolaminas na expressão de componentes de vias proteolíticas no coração e em cultura de cardiomiócitos de roedores. 2013. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2013. . Acesso em: 19 set. 2024.
    • APA

      Gomes, S. de P. (2013). Papel da insulina e das catecolaminas na expressão de componentes de vias proteolíticas no coração e em cultura de cardiomiócitos de roedores (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto.
    • NLM

      Gomes S de P. Papel da insulina e das catecolaminas na expressão de componentes de vias proteolíticas no coração e em cultura de cardiomiócitos de roedores. 2013 ;[citado 2024 set. 19 ]
    • Vancouver

      Gomes S de P. Papel da insulina e das catecolaminas na expressão de componentes de vias proteolíticas no coração e em cultura de cardiomiócitos de roedores. 2013 ;[citado 2024 set. 19 ]


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