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Rinovírus e enterovírus infectam tecidos linfoides de adenoides e amígdalas hipertróficas (2013)

  • Authors:
  • Autor USP: PAULA, FLÁVIA ESCREMIM DE - FMRP
  • Unidade: FMRP
  • Sigla do Departamento: RBP
  • Subjects: ENTEROVÍRUS; ADENOVÍRUS; TECIDO LINFOIDE; TONSILA
  • Language: Português
  • Abstract: Doenças tonsilares crônicas são frequentes em otorrinolaringologia e devem-se à inflamação crônica dos tecidos de amígdalas e adenoides, que frequentemente leva à cirurgia para remoção de tecidos hipertróficos. Vários vírus respiratórios são detectados em biópsias de adenoides e amígdalas de pacientes com doença adenotonsilar crônica, mas seu papel no desencadeamento de inflamação crônica não é claro. Rinovírus humanos (human rhinovirus- HRV) e enterovírus humanos (human enterovirus - HEV) são picornavírus frequentemente envolvidos em etiologia de infecções e, assim como outros vírus, são frequentemente detectados em adenoides e amígdalas. O presente estudo teve como objetivo detectar se há replicação de picornavírus em adenoides e amígdalas removidas cirurgicamente de pacientes com doença adenotonsilar crônica. Para avaliar a atividade replicativa, amostras de tecido foram submetidas a quantificação de RNAs virais por qPCR; a presença de RNA de polaridade negativa (RNA (-), antigenoma) foi visualizada por hibridação in situ; e proteínas de capsidio vital foram detectadas por imunohistoquimica (IHQ). De 179 pacientes estudados, respectivamente 49% e 53% tinham amígdalas e adenoides positivas para picornavírus por qPCR. HRV foi mais frequentemente detectado em adenoides (44 de 173, 25%), enquanto HEV foi mais frequentemente detectado em amígdalas (73 de 179, 41%). Em um grupo controle constituído por pacientes submetidos a implante coclear, HEV foi encontrado em 2 de 12 (17%) amígdalas e adenoides, enquanto HRV foi detectado em 3 de 12 (25%) adenoides, e em nenhuma das amígdalas. A imunohistoquímica para proteína de capsídeo VP1 indicou presença de capsídeos virais em tecido linfoide, dentro e fora de folículos, de amígdalas e adenoides, e marcações no epitélio ciliado de adenoides. As frequências de detecção foram 46% (24/52) nas amígdalas e 50%(22/44) nas adenoides testadas por imunohistoquímica. Por hibridação in situ, RNA (-) foi detectado em todas as amostras testadas (7 amígdalas e 9 adenoides), e as marcações positivas foram vistas dentro e fora dos folículos linfoides de amigdalas e adenoides, no epitélio ciliado de adenoides e, raramente, no epitélio escamoso de amigdalas. HEV foi detectada predominantemente nas amígdalas, enquanto HRV A e C foram mais detectados em adenoides. A mediana da carga vital detectada em amígdalas e adenoides foi de ’10 POT. 8’ e ’10 POT. 7’ cópias de genoma por grama de tecido. A alta frequência de detecção de RNA (-) e VP1 nos tecidos de pacientes com doença adenotonsilar crónica sugere que os picornavírus detectados se replicam no interior desses tecidos, que assim se tornam reservatórios de produção de vírus na ausência de sintomas de infecção respiratório aguda
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 24.06.2013

  • How to cite
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    • ABNT

      PAULA, Flávia Escremin de. Rinovírus e enterovírus infectam tecidos linfoides de adenoides e amígdalas hipertróficas. 2013. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2013. . Acesso em: 01 maio 2025.
    • APA

      Paula, F. E. de. (2013). Rinovírus e enterovírus infectam tecidos linfoides de adenoides e amígdalas hipertróficas (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto.
    • NLM

      Paula FE de. Rinovírus e enterovírus infectam tecidos linfoides de adenoides e amígdalas hipertróficas. 2013 ;[citado 2025 maio 01 ]
    • Vancouver

      Paula FE de. Rinovírus e enterovírus infectam tecidos linfoides de adenoides e amígdalas hipertróficas. 2013 ;[citado 2025 maio 01 ]


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