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Cirurgia citorredutora e quimioterapia intraperitoneal hipertérmica: fatores preditivos de complicações pós-operatórias e análise de sobrevida (2012)

  • Autor:
  • Autor USP: FERREIRA, FÁBIO DE OLIVEIRA - FM
  • Unidade: FM
  • Sigla do Departamento: MCG
  • Subjects: MORBIDADE; MORTALIDADE; NEOPLASIAS PERITONEAIS (CIRURGIA); HIPERTERMIA; ANÁLISE DE SOBREVIVÊNCIA; FATORES DE RISCO; QUIMIOTERAPIA (TÉCNICAS)
  • Language: Português
  • Abstract: Introdução: A cirurgia citorredutora (CC) associada à quimioterapia intraperitoneal hipertérmica (QIPH) é uma modalidade de tratamento atual para pacientes selecionados, no entanto, seu benefício deve ser analisado nos contextos das taxas de morbidade e mortalidade. Objetivos: Avaliar os fatores preditivos de complicações e a eficácia do procedimento quanto ao impacto em sobrevida. Casuística e métodos: Foram avaliados 160 procedimentos de CC e QIPH realizados em 152 pacientes com disseminação peritoneal (Departamento de Cirurgia Pélvica, Hospital AC Camargo, mar/2011). Utilizou-se as Escalas ASA, KPS e ECOG para caracterização clínica; a Escala POSSUM para predição do risco de complicações; a Escala de Toxicidade do NCI para graduação da severidade; e a Escala “Postoperative Morbidity Survey” para avaliação das complicações por sistemas. Foram realizadas análises univariadas e multivariadas para verificar a associação entre as variáveis, o método de Kaplan-Meier para estimar as probabilidades de sobrevida e o teste de Log Rank para a comparação entre as curvas. Significância estatística foi atribuída para valores de p<0,05. Resultados: As taxas de morbidade e mortalidade foram, respectivamente, 67% (19% Grau III-V) e 25%. Ocorreram complicações hematológicas (37%), gastrointestinais (29,5%), infecciosas (27,5%), pulmonares (13%), cardiovasculares (8%), sítio cirúrgico (6%) e renais (5%). Complicações graves (Graus III-V) estiveram associadas aos seguintes fatores: idade ≥ 65 anos, número de procedimentos de peritoniectomia ≥7, índice de câncer peritoneal (ICP), duração do procedimento ≥ 12 horas, reposição de soluções cristaloides ≥ 15 litros, classificação ASA III, POSSUM-morbidade ≥ e POSSUM-mortalidade ≥ 17%, sendo variáveis independentes a duração da cirurgia ≥ 12 horas (OR 5,8) e a classificação ASA III (OR 5,0). Foram observadas as seguintes associações: 1) duração ≥12 horas: complicações hematológicas (OR 4,2) e de sítio cirúrgico (OR 705); 2) número de procedimentos de peritoniectomia:≥7: complicações infecciosas (OR 3,2); 3) reposição de cristaloide ≥ 15 litros: complicações cardiovasculares (OR 4,0); 4) pontuação POSSUM-morbidade ≥ 85%: complicações pulmonares (OR 12,8) e infecciosas (OR 3,2); 5) Pontuação POSSUM-mortalidade ≥ 17%: complicações renais (OR 7,1); 6) Gênero feminino: menos complicações pulmonares (OR 0,26). Para os portadores de disseminação peritoneal originária em tumores de apêndice (n=62), a taxa de SG-5ª foi 79%, sendo 75% para adenocarcinoma mucinoso e 93% para adenomucinose (mediana de ICP = 14; Citorredução CC0/CC1 = 92%). Para os portadores de mesotelioma peritoneal (n+16), a taxa de SG-5 foi 75% (mediana de ICP = 10; CC0/CC1 = 94,5%). Para os portadores de mesotelioma peritoneal (n=16), a taxa de SG-5a foi 75% (mediana de ICP = 10; CC0/94,5%). Para os portadores de carcinomatose de origem colorretal (n=26), a SG mediana foi de 30,7 meses (mediana de ICP = 9; CC0/CC1=93,3%). Entre as portadoras de carcinomatose de origem ovariana (n=45), a SG mediana foi de 55,2 meses (mediana de ICP = 7; CC0/CC1 = 90%).Conclusões: As complicações pós-operatórias mais frequentes foram de ordem hematológica, gastrointestinal, infecciosa e pulmonar. Foram considerados fatores preditivos de complicações graves na análise multivariada a duração da cirurgia e a classificação na Escala ASA. O procedimento de CC e QIPH é uma modalidade terapêutica capaz de oferecer benefício de sobrevivência aos pacientes selecionados, com taxas de morbidade e mortalidade aceitáveis
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 06.12.2012

  • How to cite
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    • ABNT

      FERREIRA, Fábio de Oliveira. Cirurgia citorredutora e quimioterapia intraperitoneal hipertérmica: fatores preditivos de complicações pós-operatórias e análise de sobrevida. 2012. Tese (Livre Docência) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2012. . Acesso em: 03 nov. 2024.
    • APA

      Ferreira, F. de O. (2012). Cirurgia citorredutora e quimioterapia intraperitoneal hipertérmica: fatores preditivos de complicações pós-operatórias e análise de sobrevida (Tese (Livre Docência). Universidade de São Paulo, São Paulo.
    • NLM

      Ferreira F de O. Cirurgia citorredutora e quimioterapia intraperitoneal hipertérmica: fatores preditivos de complicações pós-operatórias e análise de sobrevida. 2012 ;[citado 2024 nov. 03 ]
    • Vancouver

      Ferreira F de O. Cirurgia citorredutora e quimioterapia intraperitoneal hipertérmica: fatores preditivos de complicações pós-operatórias e análise de sobrevida. 2012 ;[citado 2024 nov. 03 ]


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