O componente P1 do potencial evocado auditivo cortical em indivíduos com perda auditiva pós-meningite (2012)
- Authors:
- USP affiliated authors: ALVARENGA, KATIA DE FREITAS - FOB ; BEVILACQUA, MARIA CECILIA - FOB ; COSTA FILHO, OROZIMBO ALVES - FOB ; PESSE, RAQUEL SAMPAIO AGOSTINHO - FOB
- Unidade: FOB
- Subjects: POTENCIAIS EVOCADOS; PERDA AUDITIVA; MENINGITE
- Language: Português
- Abstract: Introdução: A reabilitação com o implante coclear tem sido indicada em pacientes com perda auditiva sensorioneural profunda pós-meningite. Objetivos: Caracterizar o componente P1 do potencial evocado auditivo cortical em usuários de implante coclear com perda auditiva sensorioneural pós-meningite. Metodologia: Participaram deste estudo cinco usuários de implante coclear com perda auditiva sensorioneural pós-meningite adquirida no período pré-lingual em quatro pacientes e pós-lingual em um paciente. O implante coclear indicado foi da marca MedEl, com inserção total dos eletrodos. O estudo foi realizado no Centro de Pesquisas Audiológicas do Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da Universidade de São Paulo/Bauru, com aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa, processo nº042/2011. O componente P1 do potencial evocado auditivo cortical foi pesquisado com estímulo de fala /da/, considerando para análise o tempo de uso do implante coclear, o tempo de privação sensorial e a percepção de fala obtida com o Teste de Reconhecimento de Sentenças do dia-a-dia no Silêncio (Costa, 1997) ou Lista de palavras (Delgado&Bevilaqua, 2000). A latência do componente P1 foi comparada com os valores padronizados em ouvintes por Agostinho-Pesse (2011) e Swink e Stuart (2012). Resultados: O componente P1 foi registrado em todos os indivíduos com latência (ms) de 85,75±14,24. Do total, os quatros indivíduos que apresentavam tempo de uso do implante coclear superior a 10 anos, mostraram desempenho de fala de 85%±9%, e latência do componente P1 dentro da faixa de normalidade esperada, considerando a idade auditiva dos mesmos. Por outro lado, uma criança com perda auditiva pré-lingual apresentou valor de latência do componente P1 aquém do esperado e percepção de fala de 75%, com tempo de uso do implante coclear de seis anos, ou seja, inferior quando comparado aos demais indivíduos.Discussão: A Meningite geralmente ocasiona perda auditiva sensorial de grau severo à profundo bilateral. Por se tratar de uma alteração neurológica, é pertinente questionar a integridade das estruturas mais centrais, incluindo o sistema auditivo. Contudo, este é um aspecto difícil de ser avaliado na etapa pré-cirúrgica em decorrência do grau da perda auditiva, que limita a pesquisa dos potenciais evocados auditivos com estimulação acústica. Com o restabelecimento da atividade neural por meio da estimulação elétrica gerada pelo implante coclear, a pesquisa dos potenciais evocados corticais passa a ser uma importante fonte de informação sobre a funcionalidade das estruturas centrais, como observado pela presença do componente P1 com latência absoluta normal na maioria dos indivíduos avaliados. O benefício do implante coclear pode ser observado também pelo bom desempenho na percepção de fala dos indivíduos. O tempo de uso do implante coclear mostrou ser determinante para a reorganização da via auditiva, refletindo na latência do componente P1. Conclusão: O registro do componente P1 do potencial evocado cortical mostrou ser um método eficaz e objetivo para avaliar as estruturas centrais do sistema auditivo em indivíduos deficientes auditivos pós-meningite usuários de implante coclear.
- Imprenta:
- Publisher: Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia
- Publisher place: São Paulo
- Date published: 2012
- Source:
- Título do periódico: Revista da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia
- ISSN: 2179-0841
- Volume/Número/Paginação/Ano: v. 17, suplemento, p. 2513, 2012
- Conference titles: Congresso Brasileiro de Fonoaudiologia
-
ABNT
LOPES, Raquel Caroline Ferreira et al. O componente P1 do potencial evocado auditivo cortical em indivíduos com perda auditiva pós-meningite. Revista da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia. São Paulo: Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia. . Acesso em: 29 mar. 2024. , 2012 -
APA
Lopes, R. C. F., Alvarenga, K. de F., Nascimento, L. T. do, Vicente, L. C., Bevilacqua, M. C., Costa Filho, O. A., & Agostinho-Pesse, R. S. (2012). O componente P1 do potencial evocado auditivo cortical em indivíduos com perda auditiva pós-meningite. Revista da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia. São Paulo: Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia. -
NLM
Lopes RCF, Alvarenga K de F, Nascimento LT do, Vicente LC, Bevilacqua MC, Costa Filho OA, Agostinho-Pesse RS. O componente P1 do potencial evocado auditivo cortical em indivíduos com perda auditiva pós-meningite. Revista da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia. 2012 ; 17 2513.[citado 2024 mar. 29 ] -
Vancouver
Lopes RCF, Alvarenga K de F, Nascimento LT do, Vicente LC, Bevilacqua MC, Costa Filho OA, Agostinho-Pesse RS. O componente P1 do potencial evocado auditivo cortical em indivíduos com perda auditiva pós-meningite. Revista da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia. 2012 ; 17 2513.[citado 2024 mar. 29 ] - Caracterização audiológica de crianças com paralisia cerebral candidatas ao implante coclear
- Avaliação da percepção de fala ao telefone em indivíduos usuários de implante coclear multicanal
- Dessincronia auditiva: uma análise crítica do processo de diagnóstico
- Potencial de ação composto do nervo coclear pesquisado no centro cirúrgico após a inserção dos eletrodos do implante coclear
- Análise crítica de três protocolos de triagem auditiva neonatal
- Avaliação da percepção de fala ao telefone em indivíduo usúarios de implante coclear multicanal
- Análise da complacência estática e emissões otoacústicas evocadas transientes em lactentes como indicador de alteração de orelha média
- Neuropatia auditiva: características clínicas e avaliação audiológica
- Avaliação da percepção de fala ao telefone em indivíduos usuários de implante coclear multicanal
- Neuropatia auditiva: caracterização e acompanhamento clínico
How to cite
A citação é gerada automaticamente e pode não estar totalmente de acordo com as normas