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Inserção de 60 nucleotídeos no gene G de HRSV: efeitos na ligação e na replicação viral (2012)

  • Authors:
  • Autor USP: CRIADO, MIRIÃ FERREIRA - FMRP
  • Unidade: FMRP
  • Sigla do Departamento: RBP
  • Subjects: GENES VIRAIS; EXPRESSÃO GÊNICA; GLICOPROTEÍNAS; REPLICAÇÃO VIRAL
  • Language: Português
  • Abstract: RESUMO O vírus sincicial respiratório humano (HRSV), da família Paramyxoviridae, gênero Pneumovirus, é o vírus respiratório de maior impacto na população infantil, causando grande morbidade e mortalidade em todo mudo. HRSV causa desde infecções respiratórias leves até laringite, bronquiolite e pneumonia O HRSV é um virús de RNA de polaridade negativa que codifica 11 proteínas: G (glicoproteína de superfície envolvida na adesão), F (proteína de fusão), SH (small hydrophobic), M (proteína de matriz), N (nucleoproteína), P (fosfoproteína), L (polimerase), M2-1 e M2-2 (proteínas do complexo ribonucleoprotéico vital), NS1 e NS2 (proteínas não estruturais).As glicoproteínas G e F contêm os principais epítopos neutralizantes, e com base na sua antigenicidade o HRSV é dividido em dois subgrupos: A e B, com prevalências que variam anualmente entre si, sem que haja diferença aparente em virulência. A proteína G possui domínio intracelular, uma porção transmembrana e um grande ectodomínio, que pode acomodar drásticas mudanças de sequência, como por exemplo, a emergência na última década de um HRSV B contendo uma inserção de 60 nt na região C-terminal do gene G. Esse agente foi detectado pela primeira vez em Buenos Aires, o que levou à sua denominação como HRSV BA. O HRSV BA em pouco tempo não só substituiu os outros genótipos do subgrupo B, mas também disseminou-se por todo o mundo em uma década, numa evidência de forte seleção positiva. É provável que, a exemplo do que se observa com vírus influenza, a seleção positiva de HRSV BA tenha ocorrido em consequência de falta de imunidade de rebanho na população e, de acordo com o paradigma mais aceito, esse mutante adaptara-se como uma cepa 'de escape'. Todavia, não se sabe se HRSV BA seria dotado de maior 'fitness', pela aquisição da inserção de 60 nt, ou mutações coexistentes, ainda não identificadas. Estudos detalhadosde patogenia usando cepas clínicas são difíceis pela limitada propagação de isolados clínicos primários em cultura de células, e pela falta de um animal experimental satisfatório. A genética reversa torna possível dissecar papéis de genes individuais, com base na produção de clones infecciosos de HRSV. É possível fazer estudos com o 'backbone' do clone infeccioso de HRSV A, para o qual a genética reversa está bem estabelecida. Dessa forma, nosso estudo se baseia na investigação dos efeitos da inserção de 60 nucleotídeos no gene G através da análise da replicação do HRSV "in vitro". A viabilidade, a ligação e a eficiência de replicação viral, foram analisadas em mutantes criados por genética reversa usando o clone infeccioso HRSV A2 (D46/6120). Foram feitas construções utilizando-se o cDNA de rA2 com o gene G totalmente substituído pelo gene G de cepas clínicas selecionadas de HRSV BA, ou ainda o gene G de HRSV A2 modificado pela adição somente da inserção de 60 nucleotídeos na posição equivalente (778 a 837 nt), assim mimetizando o que naturalmente ocorre no HRSV BA. As sequências do gene G de HRSV BA foram obtidas de amostras respiratórios de crianças menores de 5 anos admitidas no Hospital das Clínicas da USP Ribeirão Preto em 20072008, com confirmação por RT-PCR em tempo real e seqüenciamento do gene G. A recuperação dos virás infecciosos foi feita em células BSR T7. Os resultados mostraram que títulos virais atingiram picos às 72 horas, com praticamente 80% das monocamadas celulares destruídas após 84 horas de infecção. Também foi observado que a inserção de 60 nt no gene G do HRSV dos dois subgrupos aumentou a eficiência da replicação, especialmente após 48 horas de infecção. Pato interessante é que a inserção de 60 nt no gene G melhorou a fitness "in vitro". A expressão de proteínas dos mutantes de HRSV após 72 horas de infecção em célulasHep-2 por Western Blot usando soro de coelho não mostrou diferença. Em diferentes tempos, os mutantes da proteína G tiveram sua ligação a células Hep-2 medidas por citometria de fluxo e a proteína G de HRSV BA aumenta muito a ligação do vírus a células Hep-2. Portanto, o gene G de HRSV BA confere vantagens, independente da consideração de 'escape imunológico'
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  • Data da defesa: 30.06.2012

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    • ABNT

      CRIADO, Miriã Ferreira. Inserção de 60 nucleotídeos no gene G de HRSV: efeitos na ligação e na replicação viral. 2012. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2012. . Acesso em: 19 abr. 2024.
    • APA

      Criado, M. F. (2012). Inserção de 60 nucleotídeos no gene G de HRSV: efeitos na ligação e na replicação viral (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto.
    • NLM

      Criado MF. Inserção de 60 nucleotídeos no gene G de HRSV: efeitos na ligação e na replicação viral. 2012 ;[citado 2024 abr. 19 ]
    • Vancouver

      Criado MF. Inserção de 60 nucleotídeos no gene G de HRSV: efeitos na ligação e na replicação viral. 2012 ;[citado 2024 abr. 19 ]


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