Caracterização dos indicadores de risco para a deficiência auditiva ao longo dos anos (2012)
- Authors:
- USP affiliated authors: LOPES, ANDRÉA CINTRA - FOB ; ALVARENGA, KATIA DE FREITAS - FOB
- Unidade: FOB
- Subjects: DEFICIÊNCIA AUDITIVA; SAÚDE PÚBLICA
- Language: Português
- Abstract: A detecção da deficiência auditiva deve ser rigorosamente observada por todos os profissionais da área de saúde e deve ser uma preocupação de Saúde Pública, propiciando melhoria e manutenção da qualidade de vida da população infantil, e na promoção da saúde auditiva. Existem condições pré, peri e pós-natais caracterizadas como indicadores de risco, os quais podem potencializar a probabilidade do recém-nascido apresentar deficiência auditiva desde o nascimento. Assim, o objetivo do estudo foi caracterizar os indicadores de risco para a deficiência auditiva de um programa de triagem auditiva neonatal ao longo de três anos. As informações foram obtidas por meio de uma análise retrospectiva e entrevista com a família no momento da triagem auditiva na maternidade durante o período de março de 2009 a agosto de 2011. Foram considerados os indicadores de risco segundo a recomendação do Comitê Multiprofissional em Saúde Auditiva (COMUSA). Os indicadores de risco prevalentes ao longo desses anos foram prematuridade (8,1%/ 6,83%/ 6,87%), história de deficiência auditiva na família (4,38%/ 5,87%/ 5,69%), permanência na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) por mais de cinco dias (3,37%/ 3,89%/ 3,49%), hiperbilirrubinemia (2,79%/ 3,40%/ 3,33%) e exposição a drogas ototóxicas (3,1%/ 1,71%/ 2,35%). Os demais indicadores de risco apresentados em maior quantidade foram anóxia peri-natal considerada por meio do Apgar (1,35%/ 1,65%/ 1,99%), consangüinidade (0,71%/ 1,1%/ 0,65%), peso ao nascer inferior a 1.500g (1,1%/ 0,67%/ 0,61%) e ventilação mecânica (0,44%/ 0,87%/0,48%). Os menos prevalentes foram anomalias craniofaciais envolvendo orelha e osso temporal (0,10%/ 0,15%/ 0,16%), assim como síndromes genéticas associadas à deficiência auditiva (0,21%/ 0,06%/ 0,08%)As infecções bacterianas ou virais maternas mais freqüentes durante a gestação foram sífilis (0,33%/ 0,32%/ 0,40%) e toxoplasmose (0,17%/ 0,23%/ 0,16%). Os recém-nascidos que permaneceram na UTI apresentaram mais associação de indicadores de risco. Conclui-se que os indicadores de risco para a deficiência auditiva mantiveram os mesmos ao longo dos anos. Assim, ressalta-se a importância da prevenção primária por meio da conscientização e orientação da população e profissionais da saúde para maior controle dos fatores etiológicos da deficiência auditiva, e da realização do acompanhamento audiológico desses recém-nascidos pelos Centros de Referências dos programas de triagem auditiva neonatal
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- Conference titles: Encontro Internacional de Audiologia
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ABNT
LIBARDI, Ana Lívia et al. Caracterização dos indicadores de risco para a deficiência auditiva ao longo dos anos. 2012, Anais.. Bauru: Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo, 2012. . Acesso em: 16 out. 2024. -
APA
Libardi, A. L., Lopes, A. C., Buso, E. P., Chaves, J. N., Alvarenga, K. de F., & Leone, N. de L. (2012). Caracterização dos indicadores de risco para a deficiência auditiva ao longo dos anos. In Anais. Bauru: Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo. -
NLM
Libardi AL, Lopes AC, Buso EP, Chaves JN, Alvarenga K de F, Leone N de L. Caracterização dos indicadores de risco para a deficiência auditiva ao longo dos anos. Anais. 2012 ;[citado 2024 out. 16 ] -
Vancouver
Libardi AL, Lopes AC, Buso EP, Chaves JN, Alvarenga K de F, Leone N de L. Caracterização dos indicadores de risco para a deficiência auditiva ao longo dos anos. Anais. 2012 ;[citado 2024 out. 16 ] - Avaliação da audição em crianças
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