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Sobre a ecologia química de Friesella schrottkyi Friese 1900 (Hymenoptera, Apidae, Meliponini) com ênfase na regulação social (2012)

  • Authors:
  • Autor USP: NUNES, TÚLIO MARCOS - FFCLRP
  • Unidade: FFCLRP
  • Sigla do Departamento: 592
  • Subjects: ABELHAS; INSETOS SOCIAIS; COMUNICAÇÃO QUÍMICA ANIMAL (ASPECTOS AMBIENTAIS;GENÉTICA)
  • Language: Português
  • Abstract: A comunicação química é uma característica fundamental na evolução e manutenção do comportamento social. Abelhas sem ferrão se utilizam de compostos provenientes de glândulas cefálicas para a marcação de fontes de alimento e iniciar comportamentos de alarme. A presença de um feromônio que regule a reprodução dos indivíduos dentro de uma colônia é virtualmente desconhecido nas abelhas sem ferrão. Rainhas de abelhas melíferas apresentam um feromônio proveniente da glândula mandibular que realiza, além de outras tarefas, o controle da reprodução das operárias. Formigas Lasius niger indicam a presença da rainha através de compostos cuticulares. A presença de uma rainha fértil nessa colônia é um sinal feromonal da rainha que resulta em ausência de oviposição das operárias. A relação genética entre operárias e a cria, evidenciada pelo número de cúpulas de uma rainha, tem uma relação direta com a evolução do comportamento social e o monopólio reprodutivo da rainha. Estudos em abelhas sem ferrão apontam uma diversidade muito maior nas estratégias sócioregulatórias nesse grupo quando comparadas com o grupo irmão das abelhas melíferas. As abelhas sem ferrão apresentam algumas espécies com operárias com ovários desenvolvidos mesmo na presença da rainha. Espécies nas quais as operárias ovipositam somente na ausência da rainha e espécies nas quais as operárias apresentam seus ovários atrofiados mesmo na ausência da rainha. O principal objetivo desse estudo foi identificar um feromônio da rainha que atue na esterilidade das operárias na espécie de abelha sem ferrão Friesella schrottkyi Friese 1900. Nessa espécie, operárias não botam na presença da rainha, porém desenvolvem seus ovários e ovipositam na sua ausência. Comparações comportamentais entre colônias órfãs e colônias com rainhas mostraram uma total desorganização das atividades normais da colônia na ausênciada rainha e dos processos de oviposição e postura (POP). Após cerca de duas semanas da ausência da rainha, as operárias apresentaram as primeiras oviposições. As análises químicas mostraram que não há evidências de compostos provenientes dos estratos cefálicos da rainha atuando como feromônios na regulação da ativação ovariana das operárias. Por outro lado, a comparação entre os extratos cuticulares de rainhas e operárias mostraram uma exclusividade de compostos cuticulares nas duas castas. Rainhas apresentam exclusividade nos monometil alcanos enquanto operárias possuem exclusividade de compostos instaurados. Bio-ensaios com extratos cuticulares evidenciaram um retardo no desenvolvimento ovariano e comportamento de oviposição de operárias em colônias órfãs que receberam os compostos da rainha. Este estudo é o primeiro a apontar um feromônio de rainha que atua na regulação da oviposição das operárias em abelhas sem ferrão. Estes resultados apontam uma semelhança com os resultados descritos para a espécie de formiga Lasius niger, no entanto são completamente diferentes daquele proposto para o grupo irmão de abelhas sem ferrão, as abelhas meliferas. A múltipla cúpula da rainha presente no gênero Apis diminui a relação genética entre operárias e a prole da rainha o que resulta na necessidade de uma regulação da oviposição de operárias que pode levar a uma corrida armamentista entre operárias e rainha. Rainhas de abelha sem ferrão copulam uma única vez resultando em um ganho aptidão inclusivo maior para as operárias com a presença de uma rainha fértil na colônia. Operárias apresentaram exclusividade de ésteres e compostos voláteis nas secreções católicas mostrando que tais compostos estão associados a tarefas exclusivas dessa casta. Esses compostos foram sintetizados e alguns quantificados para bio-ensaios futuros sobre a possível utilização dessas substânciascomo feromônios de alarme e marcação de trilha de alimento
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 19.03.2012

  • How to cite
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    • ABNT

      NUNES, Túlio Marcos. Sobre a ecologia química de Friesella schrottkyi Friese 1900 (Hymenoptera, Apidae, Meliponini) com ênfase na regulação social. 2012. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2012. . Acesso em: 17 out. 2024.
    • APA

      Nunes, T. M. (2012). Sobre a ecologia química de Friesella schrottkyi Friese 1900 (Hymenoptera, Apidae, Meliponini) com ênfase na regulação social (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto.
    • NLM

      Nunes TM. Sobre a ecologia química de Friesella schrottkyi Friese 1900 (Hymenoptera, Apidae, Meliponini) com ênfase na regulação social. 2012 ;[citado 2024 out. 17 ]
    • Vancouver

      Nunes TM. Sobre a ecologia química de Friesella schrottkyi Friese 1900 (Hymenoptera, Apidae, Meliponini) com ênfase na regulação social. 2012 ;[citado 2024 out. 17 ]


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