Relações discursivas nas sátiras a religiosos, atribuídas a Gregório de Matos Guerra (1633-1696): Figuras e estratégias argumentativas (2011)
- Authors:
- Autor USP: HUBERT, ELIZABETE ENZ - FFLCH
- Unidade: FFLCH
- Sigla do Departamento: FLC
- Subjects: ARGUMENTAÇÃO (TEORIA); RETÓRICA; POESIA SATÍRICA
- Keywords: argumentation; rhetoric; satirical poetry
- Language: Português
- Abstract: O objetivo desta pesquisa é apresentar as relações discursivas nas sátiras a religiosos atribuídas ao poeta baiano Gregório de Matos Guerra (1633-1696), com base na Teoria da Argumentação, a Nova Retórica, de Perelman e Tyteca, e na Retórica da Poesia, do Grupo , de Liège, que abrem espaço para a análise desses textos sem o condicionamento à sua forma versificada. O códice Rabelo, publicado em 1968 por James Amado apresenta em torno de oitenta sátiras contra religiosos. A escolha do corpus se deu em virtude do notável desafeto do enunciador em relação a padres, madres, frades e freiras. Dentro do gênero poético (epidítico), a sátira seiscentista visa não só ao entretenimento, mas à correção dos vícios. A obra satírica atribuída ao Boca do Inferno relata as desvirtudes da sociedade do Brasil-colônia, especialmente da comunidade religiosa católica. Pretendeu-se examinar as sátiras do ponto de vista do argumento e das figuras. A figura é considerada argumentativa quando provoca uma mudança de perspectiva, quando seu emprego parece normal em relação à nova situação sugerida. Perelman e Tyteca propõem a classificação das figuras como de escolha, presença e comunhão, de acordo com sua função na produção discursiva, uma vez que um mesmo recurso nem sempre provoca o mesmo efeito argumentativo. O Grupo estuda as figuras a partir das operações fundamentais que lhe dão origem e as classifica de acordo com o desvio produzido na expressão (metaplasmos e metataxes) ou no conteúdo(metassememas e metalogismos). Nesta pesquisa foram estudados principalmente os tropos, as figuras que implicam uma nova significação das palavras, evidenciando a relação de semelhança, correspondência, conexão e contrariedade. Dentre os tropos, a metáfora tem um papel especial porque é uma das bases da poesia de engenho e agudeza, do período chamado Barroco brasileiro. As análises apresentam o caráter argumentativo das sátiras e pretendem chegar à intenção do enunciador, ou seja, agradar e agir sobre os outros (fazer crer) por meio do discurso
- Imprenta:
- Data da defesa: 27.10.2011
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ABNT
HUBERT, Elizabete Enz. Relações discursivas nas sátiras a religiosos, atribuídas a Gregório de Matos Guerra (1633-1696): Figuras e estratégias argumentativas. 2011. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2011. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8142/tde-16042012-121159/. Acesso em: 29 mar. 2024. -
APA
Hubert, E. E. (2011). Relações discursivas nas sátiras a religiosos, atribuídas a Gregório de Matos Guerra (1633-1696): Figuras e estratégias argumentativas (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8142/tde-16042012-121159/ -
NLM
Hubert EE. Relações discursivas nas sátiras a religiosos, atribuídas a Gregório de Matos Guerra (1633-1696): Figuras e estratégias argumentativas [Internet]. 2011 ;[citado 2024 mar. 29 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8142/tde-16042012-121159/ -
Vancouver
Hubert EE. Relações discursivas nas sátiras a religiosos, atribuídas a Gregório de Matos Guerra (1633-1696): Figuras e estratégias argumentativas [Internet]. 2011 ;[citado 2024 mar. 29 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8142/tde-16042012-121159/
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