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Imagem em ressonância magnética: seguimento progressivo "in vivo" das mudanças hipocampais em um modelo de epilepsia do lobo temporal (2011)

  • Authors:
  • Autor USP: SALVIANO, GRAZIELA LIMA BACHIEGA - FMRP
  • Unidade: FMRP
  • Sigla do Departamento: RNP
  • Subjects: EPILEPSIA DO LOBO TEMPORAL; FÁRMACOS (APLICAÇÕES); RESSONÂNCIA MAGNÉTICA
  • Language: Português
  • Abstract: Introdução: Vários modelos animais de epilepsia límbica crónica foram desenvolvidos em roedores, contudo nenhum reproduz todas as características da epilepsia do lobo temporal mesial (ELTM) humana, principalmente a esclerose hipocampal (EH), que se apresenta na maioria dos casos de forma unilateral. Os objetivos deste estudo foram: 1) Desenvolver um modelo animal de ELTM que consiga reproduzir a EH com predomínio unilateral; 2) Caracterizar os danos estruturais deste modelo utilizando técnicas histológicas e de ressonância magnética (RM) (tempo de relaxação T2, coeficiente de difusão aparente (CDA), volumetria hipocampal, e transferência de magnetização (TM)) em bobina de alta freqüência dedicada à máquina de 3T, 3) Correlacionar alterações de imagens de RM com dados histológicos. Metodologia: Com o objetivo de inibir a ativação epiléptica de um dos hipocampos durante o status epilepticus (SE), foram aplicadas duas injeções de mucimol com intervalo de 10 min. Logo após a aplicação da segunda dose de muscimol, foi aplicada Pilocarpina (Pilo) no hipocampo ipsilateral para indução do SE (grupo Musc-Pilo). Adicionalmente, o grupo Sa-Pilo foi injetado com salina no lugar do muscimol. O grupo Musc recebeu injeções de salina no lugar da injeção de Pilo. O grupo controle recebeu injeções de salina no lugar da Pilo e do muscimol. T2 relaxation time, CDA, volume hipocampal e imagens de TM foram adquiridos 2, 9, 30 e 60 dias após o SÉ. Danos histológicos foram avaliados com Fluoro Jade C, Neu-n e neo-Timm em animais sacrificados 2, 9, 30 e 60 dias após o SE. Resultados: Observamos redução do volume hipocampal com o tempo em ambos os hipocampos dos grupos submetidos ao SE, que se correlacionou com dano neuronal. No hipocampo que recebeu muscimol a atrofia iniciou mais tarde (9 dias) que no hipocampo que recebeu salina (2 dias), sugerindo que o muscimol adiou a atrofia no hipocampo que foi injetado. Na faseaguda (2 dias) encontramos um aumento do T2, e redução no CDA e TM, refletindo edema e no caso do T2 este aumento correlacionouse com degeneração neuronal. Observamos aumento no T2 aos 30 dias e no CDA a partir de 9 dias, refletindo provavelmente gliose no caso do T2, uma vez que não houve correlação com perda e degeneração neuronal. O aumento do CDA na fase crônica correlacionou-se com o dano neuronal e o brotamento das fibras musgosas (BFM), além de coincidir com o início das crises recorrentes espontâneas (CREs). No grupo MuscPilo, os valores de T2 permaneceram semelhantes ao controle até os 30 dias, porém no grupo Sa-Pilo, este aumento do T2 aconteceu aos 2 dias. Esta diferença entre os grupos Sa-Pilo e Musc-Pilo sugerem uma "proteção aguda" do muscimol. O grupo Musc-Pilo apresentou respostas comportamentais semelhantes ao grupo Sa-Pilo. Não encontramos diferença em relação ao dano neuronal e BFM entre os hipocarnpos do grupo MuscPilo. Conclusão: Nossos resultados sugerem que a aplicação de Pilocarpina intrahipocampal reproduz várias lesões teciduais encontradas na ELTM, que puderam ser acompanhadas por alterações in vivo (redução volumétrico, alterações T2, CDA e TM) através da RM e por avaliação histológica. No entanto, a aplicação unilateral de muscimol não conferiu uma lesão claramente assimétrica, como inicialmente esperávamos. Os resultados ainda mostraram que vários dos parâmetros de neurorimagem puderam ser correlacionados com os achados histológicos, indicando que a utilização das técnicas de RM associadas à avaliação histológica podem ser ferramenta útil para o melhor entendimento dos mecanismos plásticos subjacentes ao processo de epileptogênese que ocorrem neste modelo animal de ELT
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 21.11.2011

  • How to cite
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    • ABNT

      SALVIANO, Graziela Lima Bachiega. Imagem em ressonância magnética: seguimento progressivo "in vivo" das mudanças hipocampais em um modelo de epilepsia do lobo temporal. 2011. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2011. . Acesso em: 20 abr. 2024.
    • APA

      Salviano, G. L. B. (2011). Imagem em ressonância magnética: seguimento progressivo "in vivo" das mudanças hipocampais em um modelo de epilepsia do lobo temporal (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto.
    • NLM

      Salviano GLB. Imagem em ressonância magnética: seguimento progressivo "in vivo" das mudanças hipocampais em um modelo de epilepsia do lobo temporal. 2011 ;[citado 2024 abr. 20 ]
    • Vancouver

      Salviano GLB. Imagem em ressonância magnética: seguimento progressivo "in vivo" das mudanças hipocampais em um modelo de epilepsia do lobo temporal. 2011 ;[citado 2024 abr. 20 ]


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