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Estudo cefalométrico das alterações dos tecidos duros e moles do lábio superior, lábio inferior e mento decorrentes das cirurgias ortognáticas de recuo mandibular e avanço maxilar (2011)

  • Authors:
  • Autor USP: RIBEIRO, HELCIO TADEU - FMRP
  • Unidade: FMRP
  • Sigla do Departamento: ROO
  • Subjects: CIRURGIA ORTOGNÁTICA; AVANÇO MANDIBULAR
  • Language: Português
  • Abstract: Introdução: Desde o Renascimento, o homem tem buscado técnicas mais elaboradas de medida do corpo e da face. Albrecht Durer (1417-1518) e Leonardo da Vinci (1452-1519) desenharam rostos humanos nos quais traçaram linhas rotas entre diferentes pontos, unindo estruturas anatômicas homólogas e dividindo a cabeça com linhas verticais e horizontais na tentativa de encontrarem medidas e proporções da criação divina. Em 1922, as imagens radiográficas foram normalizadas e o termo cefalometria passou a ser utilizado para avaliar, mensurar e planejar as mudanças dos tecidos alterados. As análises cefalométricas possibilitam o dimensionamento dos problemas dos tecidos duros e moles, revelam a natureza de eventual discrepância esquelética, bem como estabelecem e quantificam o defeito. A despeito de a cefalometria proporcionar adequada avaliação dos tecidos moles, não há concordância quanto à sua capacidade de estabelecer as reais modificações decorrentes das mudanças dos tecidos duros. Assim, a metodologia utilizada para avaliar o perfil varia largamente entre os estudos, e não há consenso sobre como as linhas retas são construídas na análise do contorno dos tecidos moles. Apesar dos vários métodos idealizados para planejar, aferir e prever as modificações dos tecidos moles quando são alterados os tecidos duros, nenhum mostrou confiabilidade. Considerando que não há consenso sobre o quanto os tecidos moles são modificados quando movimentam-se os tecidos duros, vários trabalhos tentam esclarecer e padronizar medidas predictivas. Objetivos: O objetivo do presente estudo é mensurar, utilizando uma nova metodologia cefalométrica, as alterações dos tecidos moles decorrentes das modificações dos tecidos duros na cirurgia ortognática de avanço maxilar e retrusão mandibular. Casuistica e Métodos: Foram estudados 83 pacientes caucasianos, (20 do grupo controle), de ambos os sexos, com idade entre 18 e 50 anos,portadores de deformidades dentoesqueléticofaciais, atendidos no Ambulatório do Centro integrado de Estudo das Deformidades da Face (CIEDEF) do Hospital das Clinicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (HCFMRP-USP), sendo que 35 desses pacientes foram submetidos à cirurgia ortognática de avanço maxilar e 28 de recuo mandibular. As cirurgias foram realizadas utilizando-se a técnica vertical/obliqua do ramo (Recuo Mandibular) e Le Fort I (Avanço Maxilar). Resultados: No presente estudo observou-se que a proporção de avanço dos tecidos moles no avanço ósseo da maxila variou de 70 a 86% e no recuo mandibular de 64 a 100%. Por outro lado, quando recuou-se a mandíbula, verificou-se que os tecidos moles da maxila praticamente não sofreram modificações, bem como no avanço da maxila, os tecidos moles da mandíbula não se alteraram. As modificações verticais dos tecidos moles do lábio superior e inferior são insignificantes. Discussão: As alterações dos tecidos moles da região dos lábios, decorrentes de avanço maxilar e recuo mandibular, não apresentam consenso na literatura pesquisada. Achados com variações entre 33% (0,3:1) e 100% (1:1), devido a influências multifatoriais são descritas. As enormes variações podem ser decorrentes de amostra, sexo, idade, raça, técnica cirúrgica, metodologia aplicada, tempo de seguimento, ou mesmo erro. A despeito da variabilidade na mensuração da modificação, todos concordam que as mudanças do lábio superior são menores que as do lábio inferior. Neste estudo, observou-se o mesmo fenômeno, sendo que o avanço horizontal da maxila produziu no lábio superior um ganho médio de apenas 75%. As alterações verticais dos lábios superior e inferior são desprezáveis no avanço da maxila e no recuo mandibular. No recuo mandibular também ocorre variabilidade de achados, entretanto nesta amostra ficou claro que na região próximado vermelhão, a modificação é idêntica à do movimento ósseo, ou seja, 1:1; e nas regiões mais inferiores do manto, apenas 65% do movimento ósseo. Mas existe variação de respostas de tecido mole da face, em relação ao movimento do tecido ósseo, entre os indivíduos, mesmo quando são empregadas técnicas idênticas para o seu controle. Conclusão: Com essa nova metodologia aplicada, verificou-se que os tecidos moles do lábio superior acompanham apenas 70 a 80% dos tecidos duros no avanço da maxila no sentido horizontal e é desprezável no sentido vertical. Já no recuo mandibular, os tecidos moles acompanham as modificações dos tecidos duros de maneira mais proporcional, variando entre 64 e 100%
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 07.10.2011

  • How to cite
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    • ABNT

      RIBEIRO, Hélcio Tadeu. Estudo cefalométrico das alterações dos tecidos duros e moles do lábio superior, lábio inferior e mento decorrentes das cirurgias ortognáticas de recuo mandibular e avanço maxilar. 2011. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2011. . Acesso em: 19 abr. 2024.
    • APA

      Ribeiro, H. T. (2011). Estudo cefalométrico das alterações dos tecidos duros e moles do lábio superior, lábio inferior e mento decorrentes das cirurgias ortognáticas de recuo mandibular e avanço maxilar (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto.
    • NLM

      Ribeiro HT. Estudo cefalométrico das alterações dos tecidos duros e moles do lábio superior, lábio inferior e mento decorrentes das cirurgias ortognáticas de recuo mandibular e avanço maxilar. 2011 ;[citado 2024 abr. 19 ]
    • Vancouver

      Ribeiro HT. Estudo cefalométrico das alterações dos tecidos duros e moles do lábio superior, lábio inferior e mento decorrentes das cirurgias ortognáticas de recuo mandibular e avanço maxilar. 2011 ;[citado 2024 abr. 19 ]

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