A Balada do Velho Marinheiro como representação do devaneio dos românticos (2011)
- Authors:
- Autor USP: FRANCA NETO, ALIPIO CORREIA DE - FFLCH
- Unidade: FFLCH
- Sigla do Departamento: FLT
- Subjects: POESIA; ROMANTISMO
- Keywords: Poesia; Poetry; Romanticism; Romantismo
- Language: Português
- Abstract: A pesquisa procurará demonstrar que o poema A Balada do Velho Marinheiro (1798, primeira versão publicada), do poeta inglês Samuel Taylor Coleridge (1772-1834), é uma representação artística do conceito de devaneio [revery] dos românticos. Partindo do subtítulo do poema A poets revery [Devaneio de um poeta], acrescentado à Balada por Coleridge em uma de suas sucessivas edições, o projeto intentará mostrar que o conceito de devaneio, no caso, corresponde a uma visão partilhada por vários autores da época, qual seja um estado intermediário entre o sono e a vigília, como o próprio poeta a definiu. Para tanto, a pesquisa procederá a uma identificação de fontes de que Coleridge se serviu para elaborar sua própria teoria da imaginação, palavra que, para ele, apresentava um verdadeiro fardo de especulação e sentido técnico, e que funciona como um eixo em torno do qual giram, de modo geral, seus escritos sobre arte e filosofia, além de ser para o poeta, em nível pessoal, uma defesa de dada atitude para com a vida e a realidade. Tal abordagem pode se mostrar proveitosa quando nos propomos a fazer uma leitura da Balada do Velho Marinheiro, não só pelo fato de a poética de Coleridge andar a par e passo com seus escritos teóricos, mas também, como haveria de demonstrar a longa tradição de exegeses da Balada, sobretudo em razão de o próprio Coleridge referir-se ao poema como sendo uma obra de pura imaginação1, por apontar diretamente para a necessidade de tentar explicar-lhe aspectosformais e temáticos a partir do contexto dessa teoria. Além disso, serão rastreadas as influências que Coleridge recebeu de seus contemporâneos e do ambiente literário de que fazia parte na Inglaterra do começo do século XIX, bem como se procederá a um estudo das influências sofridas por ele da filosofia idealista em sua vertente organicista, para elaborar sua própria teoria da imaginação. Como na verdade essa teoria se liga estritamente à concepção então em voga de obra orgânica uma estrutura fechada em que o todo e as partes se explicam mutuamente , o projeto terá como ponto central a análise da Balada em que se procurará demonstrar que estas concepções, amplamente desenvolvidas na obra teórica de Coleridge, são a razão do jogo de simetrias presentes no poema, e que seu imaginário e simbolismo radical aspecto que se aplica a muitos de seus poemas estão a serviço do que se pode chamar de técnica do devaneio ou do sonho acordado. Um capítulo final levará a efeito um levantamento do legado da obra poética e dos escritos críticos de Coleridge e de sua influência sobre os poetas e críticos que lhe sucederam
- Imprenta:
- Data da defesa: 12.05.2011
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ABNT
FRANCA NETO, Alipio Correia de. A Balada do Velho Marinheiro como representação do devaneio dos românticos. 2011. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2011. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8151/tde-20012012-105413/. Acesso em: 02 ago. 2024. -
APA
Franca Neto, A. C. de. (2011). A Balada do Velho Marinheiro como representação do devaneio dos românticos (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8151/tde-20012012-105413/ -
NLM
Franca Neto AC de. A Balada do Velho Marinheiro como representação do devaneio dos românticos [Internet]. 2011 ;[citado 2024 ago. 02 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8151/tde-20012012-105413/ -
Vancouver
Franca Neto AC de. A Balada do Velho Marinheiro como representação do devaneio dos românticos [Internet]. 2011 ;[citado 2024 ago. 02 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8151/tde-20012012-105413/
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