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Aspectos da ecologia e biologia de Plecoptera (Insecta) em riachos da Serra da Mantiqueira e da Serra do Mar, no Estado de São Paulo (2011)

  • Authors:
  • Autor USP: CAVALLARO, KARINA OCAMPO RIGHI - FFCLRP
  • Unidade: FFCLRP
  • Sigla do Departamento: 592
  • Assunto: PLECOPTERA (DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA)
  • Language: Português
  • Abstract: Os objetivos deste trabalho foram: i) inventariar a fauna de Plecoptera das duas vertentes da Serra da Mantiqueira (Parque Estadual de Campos do Jordão e Região de Pindamonhangaba) e da Serra do Mar (Núcleos Santa Virgínia e Picinguaba), com base em larvas e adultos; ii) determinar qual escala (local ou regional) melhor prediz a estrutura de comunidades de larvas de Plecoptera; iii) analisar quais as escalas espaciais (mesohábitat, riacho, vertente e serra) que melhor estruturam estas comunidades; iv) identificar e quantificar a contribuição de variáveis ambientais explanatórias sobre os padrões de distribuição espaço-temporais de larvas de Plecoptera; v) testar a existência de sazonalidade na distribuição dos gêneros registrados; vi) investigar a dieta e os grupos tróficos da fauna de Plecoptera e vii) inventaria a composição do drift das larvas de Plecoptera. Foram registradas duas famílias, sete gêneros e 21 espécies, dos quais seis gêneros e 13 espécies na Serra da Mantiqueira e seis gêneros e 14 espécies foram encontrados na Serra do Mar. Os resultados mostram que as duas serras possuem uma porção bastante significativa da riqueza taxonômica do Brasil, podendo estar relacionada ao grande esforço amostral, que abrangeu coleta de larvas e adultos e explorou diversos mesohábitats e riachos, evidenciando a grande riqueza de Plecoptera no bioma Mata Atlântica. Os resultados da análise de similaridade, bem como os testes de hipótese indicaram que as comunidades de larvas de Plecoptera coletadas em Campos do Jordão foram estruturadas segundo as características ambientais de escala local. Os fatores ambientais de maior escala, como aqueles ligados ao tamanho dos riachos ou às microbacias, não foram determinantes na estruturação da desta fauna. A partilha da variância evidenciou que as variáveis puramente espaciais explicaram 19,9% da variância e que adicionais 8,1% foramexplicados pela interação entre variáveis espaciais e temporais. 19,6% variância foi explicada puramente pelas variáveis temporais, enquanto que 52,4% permaneceram inexplicados. A ordenação canônica identificou que a variável física estrutural relacionada à profundidade foi a principal variável explanatória responsável pela estruturação espacial das comunidades de Plecoptera estudadas. A temperatura máxima e precipitação foram às principais variáveis explanatórias relacionadas à estrutura temporal observada. A análise circular confirmou a baixa estruturação temporal nas comunidades de larvas de Plecoptera na Serra da Mantiqueira. Quando se analisou a estrutura espacial das comunidades de Plecoptera nas quatro vertentes da Serra da Mantiqueira e Serra do Mar, a riqueza padronizada mostrou expectativa de riqueza similar entre os mesohábitats, no entanto não houve diferenças entre vertentes e serras. Os gêneros de Plecoptera fizeram uso diferencial dos mesohábitats nos riachos, sendo que a maioria dos gêneros apresentou a preferência pelo substrato folhas em corredeiras. A análise de variância multivariada (Permanova) mostrou tendência de segregação das amostras de cada vertente e tipo de mesohábitat. Assim, a estrutura espacial das comunidades de larvas de Plecoptera parece predita pelos fatores ambientais da escala local ligadas aos mesohábitats e pelos fatores de maior magnitude da escala regional, associados às vertentes. A Análise de Redundância (RDA) evidenciou a altitude, temperatura da água e largura como as variáveis ambientais locais que mais contribuíram para explicar a estrutura das comunidades. No entanto, as variáveis ambientais locais explicaram apenas 10,7% da variabilidade dos gêneros, 15,8% da variabilidade foi explicada pelas variáveis ambientais indissociáveis da matriz geográfica, 23,4% foi explicada pela posição geográfica dos riachos e 50,1%permaneceu inexplicada. A análise do conteúdo estomacal sugere que Anacroneuria e Kempnyia são principalmente predadores e, as dietas foram compostas principalmente por de larvas de Simuliidae, Chironomidae, Baetidae e Hydropsychidae. Houve variação com consumo de itens alimentares relacionada a diferentes classes de tamanho, mudando de detritos a quironomídeos nos primeiros instars, principalmente para simulídeos, em seguida para uma dieta mais ampla, onde efemérides e tricópteros aumentam sua importância relativa em relação às outras presas consumidas. Já os gêneros Gripopteryx, Guaranyperla, Paragripopteryx e Tupiperla foram classificados com raspadores, as dietas foram similares, sendo composta tanto por algas como por partículas de matéria orgânica associadas à microbiota, enfatizando a importância do perifíton como fonte de alimento direto para estes táxons. Um total de 281 larvas de Plecoptera, pertencestes a seis gêneros e a duas famílias foi registrado no drift; Paragripopteryx foi o gênero mais abundante. Os testes estatísticos não-paramétricos não detectaram diferenças significativas entre os riachos amostrados quanto à ordem hidrológica e no tempo. De modo geral, as abundâncias de plecópteros no drift apresentam uma tendência em abundância relacionada com os períodos de alta precipitação. Os resultados encontrados nesse estudo destacam a contribuição tanto das variáveis ambientais locais quanto da posição geográfica dos riachos na estruturação das comunidades Plecoptera
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 26.08.2011

  • How to cite
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    • ABNT

      CAVALLARO, Karina Ocampo Righi. Aspectos da ecologia e biologia de Plecoptera (Insecta) em riachos da Serra da Mantiqueira e da Serra do Mar, no Estado de São Paulo. 2011. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2011. . Acesso em: 23 abr. 2024.
    • APA

      Cavallaro, K. O. R. (2011). Aspectos da ecologia e biologia de Plecoptera (Insecta) em riachos da Serra da Mantiqueira e da Serra do Mar, no Estado de São Paulo (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto.
    • NLM

      Cavallaro KOR. Aspectos da ecologia e biologia de Plecoptera (Insecta) em riachos da Serra da Mantiqueira e da Serra do Mar, no Estado de São Paulo. 2011 ;[citado 2024 abr. 23 ]
    • Vancouver

      Cavallaro KOR. Aspectos da ecologia e biologia de Plecoptera (Insecta) em riachos da Serra da Mantiqueira e da Serra do Mar, no Estado de São Paulo. 2011 ;[citado 2024 abr. 23 ]

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