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Padrões biocomportamentais de reatividade à dor e autorregulação em neonatos pré-termo (2011)

  • Authors:
  • Autor USP: VALERI, BEATRIZ OLIVEIRA - FMRP
  • Unidade: FMRP
  • Sigla do Departamento: RNP
  • Subjects: DOR; BEBÊ PREMATURO (DESENVOLVIMENTO); SEXO; NEONATOLOGIA
  • Language: Português
  • Abstract: A dor encontra-se inerente ao contexto dos recém-nascidos pré-termo internados em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN). As experiências precoces e repetidas de dor podem ter efeitos em longo prazo para os neonatos vulneráveis. As respostas de dor podem ser afetadas por variáveis do organismo e variáveis do contexto clínico neonatal. O presente estudo teve por objetivo avaliar os padrões biocomportamentais de reatividade à dor e autorregulação em neonatos pré-termo, observados em procedimento punção para coleta de sangue e comparar a reatividade e a recuperação de acordo com o sexo e com o estado clínico de saúde neonatal. Cinquenta e três bebês nascidos pré-termo (<37 semanas de idade gestacional), de muito baixo peso (<1.500 gramas) foram observados durante procedimento prescrito de coleta de sangue. Nesta observação foram estabelecidas as seguintes cinco fases: Linha de Base (LB), Antissepsia (A), Punção (P), Recuperação-Curativo (RC) e Recuperação-Repouso (RR). O indicador de dor foi avaliado pela atividade facial e medido pelo Neonatal Facial Coding System (NFCS), por um observador em condição "cega" em relação às características do bebê. Além disso foi avaliado o estado de vigília e sono e a frequência cardíaca. Para cada parâmetro foram utilizadas as seguintes medidas: escores, magnitude das respostas (change), porcentagem de duração do choro e FC acima de 160bpm. A história clínica neonatal dos bebês foi analisada com base nos registros dos prontuários dos pacientes. Os resultados mostraram que as meninas e os meninos apresentaram um padrão semelhante de reatividade, com aumento das respostas fisiológicos e comportamentais de dor frente ao estímulo doloroso e com recuperação aos padrões observados na fase inicial de LB. A análise da magnitude da frequência cardíaca mostrou que houve diferença significativa entre os grupos apenas na FC máxima;os meninos apresentaram uma mudança maior (change) da frequência cardíaca máxima entre as fases de LB e P do que as meninas. Os neonatos com maior risco clínico neonatal exibiram maior ativação basal do estado de vigília e sono e da frequência cardíaca, mesmo sem estímulo doloroso, que os neonatos em condições clínicas de menor risco. Os neonatos com alto riso clínico neonatal apresentaram maior frequência cardíaca do que os neonatos com baixo risco clínico na fase se recuperação. Tanto a frequência cardíaca média, quanto a magnitude das respostas (change) da frequência cardíaca mínima mostraram que os neonatos em piores condições clínicas apresentaram, respectivamente, maior FC média na RR e maior mudança da FC mínima entre as fases de LB e P do que os neonatos em condições clínicas melhores. Observou-se que os neonatos com maior risco clínico nas 12 primeiras horas de idade pós-natal mostraram maior dificuldade para se recuperar e retornar ao padrão de LB, uma vez que a frequência cardíaca foi maior na RR do que nos neonatos com menor risco. Os neonatos caracterizados pela maior gravidade clínica, menor idade gestacional e menor idade pós-natal apresentaram menor capacidade de regulação fisiológico à dor. Conclui-se que o sexo é uma variável que teve pouca influência nas respostas de dor. A variável de risco clínico neonatal das 12 primeiras horas de idade pós-natal teve influência nas respostas de dor dos neonatos pré-termo, especialmente no processo de autorregulação. O conhecimento acerca da influência destas variáveis pode contribuir para minimizar os danos aos neonatos vulneráveis, provocados pela experiência estressante, dolorosa e repetida presente na rotina de cuidados da UTIN
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 06.05.2011

  • How to cite
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    • ABNT

      VALERI, Beatriz Oliveira. Padrões biocomportamentais de reatividade à dor e autorregulação em neonatos pré-termo. 2011. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2011. . Acesso em: 24 abr. 2024.
    • APA

      Valeri, B. O. (2011). Padrões biocomportamentais de reatividade à dor e autorregulação em neonatos pré-termo (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto.
    • NLM

      Valeri BO. Padrões biocomportamentais de reatividade à dor e autorregulação em neonatos pré-termo. 2011 ;[citado 2024 abr. 24 ]
    • Vancouver

      Valeri BO. Padrões biocomportamentais de reatividade à dor e autorregulação em neonatos pré-termo. 2011 ;[citado 2024 abr. 24 ]


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