Comparação entre os métodos de reação da polimerase em cadeia quantitativa e qualitativa na determinação da doença residual mínima em Leucemia Promielocitica Aguda (2011)
- Authors:
- Autor USP: LANGE, ANA PAULA ALENCAR DE LIMA - FMRP
- Unidade: FMRP
- Sigla do Departamento: RCM
- Subjects: LEUCEMIA; REAÇÃO EM CADEIA POR POLIMERASE; TÉCNICAS DE DIAGNÓSTICO E PROCEDIMENTOS
- Language: Português
- Abstract: A Leucemia Promielocitica Aguda (LPA) é caracterizada pela translocação recíproca e balanceada entre os cromossomos 15 e 17, que faz a fusão de dois genes: Receptor ‘alfa’ do ácido retinóico (RAR’alfa’) do cromossomo 17 e a Leucemia Promielocitica (PML) do cromossomo 15, gerando a oncoproteina PML-RAR’alfa’. APL, hoje, representa um modelo de sucesso terapêutico em hematologia clínica. Desde a introdução do ácido ah trans-retinoico (ATRA), as taxas de remissão completa (CR) ultrapassam os 90% e a taxa de cura foi estimado em mais de 70%. No entanto, apesar da eficácia do tratamento, ainda ocorrem recaidas, e o acompanhamento molecular de doença residual mínima (DRM), como uma prática padrão para pacientes com LPA, serve para orientar a terapia tem sido recomendado em diretrizes internacionais de tratamento. A detecção do transcrito de fusão PML-RAR‘alfa’ permite um diagnóstico preciso e serve como um marcador para a DRM, ou recaída na LPA. Na verdade, o PML-RAR’alfa’ está entre os primeiros alvos de RT-PCR utilizado para detecção de DRM em ensaios clínicos. Com o advento da tecnologia de RQ-PCR na quantificação dos transcritos forneceu uma série de vantagens em relação aos testes convencionais: melhor sensibilidade, tempo de resposta, redução do risco de contaminação por brometo de etidio e facilidade de padronização. De acordo com nossos objetivos, nós comparamos a sensibilidade da RT-PCR e RQ-PCR e determinamos d número de cópias normalizadas (NCN) do transcrito de fusão PML-RAR‘alfa’ em amostras de pacientes com LPA, em todas as fases do tratamento. Além disso, nós avaliamos a associação de NCN com o resultado clínico (avaliação DRM). Analisamos retrospectivamente por RQ-PCR, 400 amostras de medula óssea de 97 pacientes com Leucemia Promielocitica Aguda de novo (FAB-M3 ou M3v) submetidos ao protocolo de tratamento IC-APL. Dos 97 pacientes,78 eram elegíveis e 19 inelegíveis. A idade dos indivíduos variou de 9,3-73,5 e a média de idade foi de 35,8 anos, dos quais 51 eram do sexo feminino e 46 do sexo masculino. Entre os pacientes elegíveis, 49 corresponderam ao subtipo bcr1, um ao subtipo bcr2 e 28 ao subtipo bcr3. A média de tempo de seguimento foi de 24,6 meses. Para quantificar o transcrito de fusão PML-RAR‘alfa’ utilizamos o protocolo EAC - A Europe Against Câncer Program, descrito por Gabert et al. (2003). O nível de sensibilidade do ensaio de RT-PCR para o transcrito de fusão PML-RAR‘alfa’ foi avaliada através de testes de diluição seriada usando amostra primária de paciente com LPA e células da linhagem NB4. A sensibilidade foi de: ’10 POT. 5’ e ’10 POT. 6’, ou seja, a técnica de RT-PCR foi capaz de detectar uma célula NB4 em um milhão de células normais e uma célula leucêmica primária em cada cem mil células normais. O nível de sensibilidade alcançada pela técnica de RQ-PCR para o experimento de diluição com células NB4 foi de ’10 POT. 7’ e para células leucêmicas de paciente com LPA foi de 106. Foram estudados (por RQ-PCR), um total de 71 amostras no momento do diagnóstico, 50, no final da indução, 47 após a terceira consolidação, 202 na fase de manutenção e 30 amostras depois do tratamento. As medianas do NCN do PML-RAR‘alfa’ ao diagnóstico foram 0.515136 e 0.5092347 para os subtipos bcr1 e bcr3, respectivamente. O NCN ao diagnóstico foi 5.0775147 para o caso bcr2. As medianas do NCN no final da indução foram: 0.000399 (bcr1) e 0,000472939 (bcr3) e do NCN para o caso bcr2 foi 0,38707695. Para as amostras na manutenção fase de consolidação, e do tratamento, todas as medianas foram 0,00001. Dos 78 pacientes estudados, quatro (5%) recaíram. A freqüência de falso-positivos em RT-PCR foi de 0,6% e para a técnica de RQ-PCR foi de 2,5%. Dos 78 pacientes estudados, 15apresentaram diferenças entre os resultados obtidas por RT-PCR e PCR-RQ mas alguns destes casos mostram claramente que a técnica de RQ-PCR detectou DRM com antecedência em relação ao RT-PCR. Nossos resultados demonstram a importância do monitoramento molecular ou por RT-PCR ou PCR-RQ no tratamento da LPA. A técnica de RQ-PCR foi mais sensível que a RT-PCR em experimentas a partir da diluição das células leucêmicas em células normais e no monitoramento de DRM em um estudo clínico (IC-APL). A detecção de um NCN de pelo menos 0,00001 (a ’10 POT. 6’ cópias do gene ABL) em duas amostras consecutivas, feitas após a consolidação estava associada com recaída molecular e hematológicas. A freqüência de resultados falso-positivos por esta técnica foi de 2,5%. Com base no exposto, acreditamos que esta técnica é adequada para monitorar o tratamento da LPA
- Imprenta:
- Publisher place: Ribeirão Preto
- Date published: 2011
- Data da defesa: 24.05.2011
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ABNT
LANGE, Ana Paula Alencar de Lima. Comparação entre os métodos de reação da polimerase em cadeia quantitativa e qualitativa na determinação da doença residual mínima em Leucemia Promielocitica Aguda. 2011. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2011. . Acesso em: 28 mar. 2024. -
APA
Lange, A. P. A. de L. (2011). Comparação entre os métodos de reação da polimerase em cadeia quantitativa e qualitativa na determinação da doença residual mínima em Leucemia Promielocitica Aguda (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto. -
NLM
Lange APA de L. Comparação entre os métodos de reação da polimerase em cadeia quantitativa e qualitativa na determinação da doença residual mínima em Leucemia Promielocitica Aguda. 2011 ;[citado 2024 mar. 28 ] -
Vancouver
Lange APA de L. Comparação entre os métodos de reação da polimerase em cadeia quantitativa e qualitativa na determinação da doença residual mínima em Leucemia Promielocitica Aguda. 2011 ;[citado 2024 mar. 28 ]
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