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Estreptomicina - ototoxicidade e autoproteção (2011)

  • Authors:
  • Autor USP: SILVEIRA, SEBASTIÃO CARLOS RODRIGUES DA - FMRP
  • Unidade: FMRP
  • Sigla do Departamento: ROO
  • Subjects: ORELHA INTERNA; AMINOGLICOSÍDEOS; EMISSÕES OTOACÚSTICAS; POTENCIAIS EVOCADOS; ELETRONISTAGMOGRAFIA; MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA
  • Language: Português
  • Abstract: Os aminoglicosídeos são as drogas com ototoxicidade conhecida, mais estudados, sendo a estreptomicina o primeiro a ter a ototoxicidade estudada e comprovada. O conhecimento dos mecanismos de lesões dos aminoglicosídeos continua sendo um grande desafio, seja pela frequente irreversabilidade, como também pelo uso não descontinuado destes antibióticos, em decorrência da sua alta eficácia e ao seu baixo custo no tratamento de infecções. A descoberta dos mecanismos endógenos de autoproteção das células ciliadas externas cocleares (CCE) associadas a métodos de avaliações funcionais e histopatológicas das mesmas, em experimentação animal, abriu novas perspectivas de entendimento e controle destes mecanismos. Este estudo foi desenvolvido com os objetivos de avaliar os efeitos ototóxicos da estreptomicina nas cócleas e estruturas vestibulares de cobaias albinas e avaliar se existe autoproteção aos efeitos ototóxicos desta, quando se aplica a dose de 100 mg/kg/dia por 30 dias, antes da aplicação da dose de 700 mg/kg/dia por 10 dias. Foram utilizadas 23 cobaias albinas machos, divididas em quatro grupos: No Grupo 1 foi administrada água destilada; no Grupo 2, estreptomicina 100 mg/kg/dia por 30 dias; no Grupo 3, estreptomicina 700 mg/kg/dia por 10 dias e no Grupo 4, estreptomicina 100 mg/kg/dia por 30 dias seguida de estreptomicina 700 mg/kg/dia por 10 dias, por via intramuscular. Alterações histopatológicas e funcionais nas cócleas e estruturas vestibulares das cobaias foram avaliadas ao fim do experimento. A avaliação funcional foi realizada por meio de pesquisa de emissões otoacústicas por produto de distorção (EOAPD), do limiar auditivo pelos potenciais evocados auditivos de tronco encefálico (PEATE), e de eletronistagmografia (ENG). A avaliação da integridade das células ciliadas foi realizada por microscopia eletrônica de varredura (MEV). Os resultados revelaram que a estreptomicina aplicada na dosede 700 mg/kg/dia por 10 dias não causa lesões histopatológicas e funcionais às cócleas de cobaias albinas, mas provoca lesões anatômicas e funcionais importantes às estruturas vestibulares. O estudo também mostrou que a dose de estreptomicina de 100 mg/kg/dia por 30 dias, aplicada antes da dose de 700 mg/kg/dia por 10 dias, desencadeia o mecanismo de autodefesa das células ciladas das cristas dos canais semicirculares, demonstrado pela MEV e ENG. Nas avaliações histopatológicas e funcionais das estruturas vestibulares, sáculo e utrículo, o fenômeno da autoproteção não estava presente. Estes resultados são discutidos no âmbito do entendimento dos mecanismos de ototoxicidade e otoproteção da orelha interna em cobaias, bem como da necessidade de mais estudos com a associação de parâmetros histopatológicos, funcionais, eletrofisiológicos, bioquímicos e histoquímicos para melhor monitoramento e compreensão da ototoxicidade por drogas em humanos e dos mecanismos de autodefesa
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 03.05.2011

  • How to cite
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    • ABNT

      SILVEIRA, Sebastião Carlos Rodrigues da. Estreptomicina - ototoxicidade e autoproteção. 2011. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2011. . Acesso em: 23 abr. 2024.
    • APA

      Silveira, S. C. R. da. (2011). Estreptomicina - ototoxicidade e autoproteção (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto.
    • NLM

      Silveira SCR da. Estreptomicina - ototoxicidade e autoproteção. 2011 ;[citado 2024 abr. 23 ]
    • Vancouver

      Silveira SCR da. Estreptomicina - ototoxicidade e autoproteção. 2011 ;[citado 2024 abr. 23 ]

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