Caracterização fisiológica e genética do transporte de arginina em Leishmania (Leishmania) amazonensis (2011)
- Authors:
- Autor USP: MARTINS, EMERSON AUGUSTO CASTILHO - IB
- Unidade: IB
- Sigla do Departamento: BIF
- Subjects: AMINOÁCIDOS; LEISHMANIA; FISIOLOGIA
- Language: Português
- Abstract: Protozoários do gênero Leishmania são parasitas digenéticos, com uma fase no tubo digestório de um hospedeiro invertebrado (promastigota), e uma fase parasita intracelular de macrófagos (amastigotas). Estudar a demanda de L-arginina no parasita é interessante, uma vez que o aminoácido é indispensável para a sobrevida do parasita e, ao mesmo tempo, serve de substrato para a produção de óxido nítrico, principal composto microbicida dos macrófagos. O objetivo deste trabalho foi caracterizar o transporte de arginina em Leishmania (Leishmania) amazonensis do ponto de vista fisiológico e caracterizar o gene que codifica o transportador do aminoácido, bem como a regulação da sua expressão em resposta a diferentes condições biológicas. Para medir o influxo de L-arginina em fagolisossomos, utilizamos macrófagos J774 infectados com L. (L.) amazonensis e desenvolvemos uma metodologia com citometria de fluxo com sorting para a purificação da organela. Validamos microscopicamente a presença do parasita na organela por sua fluorescência, e avaliamos a integridade da membrana externa dessa com marcador de pH ácido. Paralelamente, o gene que codifica o transportador de arginina do parasita foi caracterizado. Foram encontradas duas cópias em tandem que produzem dois transcritos (5.1AAP3 e 4.7AAP3), cujas regiões 5\'UTR e 3\'UTR são diferentes. Por meio de PCR quantitativo em tempo real, avaliamos a expressão desses transcritos e verificamos que 5.1AAP3 é mais expressa ao longo dodesenvolvimento do parasita, com um máximo em fase estacionária. A determinação da meia-vida dos mRNA das duas cópias indicou uma duração de 32,6±5,0min para o mRNA de 4.7AAP3, enquanto que o de 5.1AAP3 não apresentou decaimento até 180min do estudo, evidenciando que a estabilidade maior pode ser a razão de sua maior abundância. A submissão de parasitas à privação de arginina levou a aumento na tomada do aminoácido concomitante ao aumento do transcrito 5.1AAP3. Mutantes nulos de arginase submetidos à privação de arginina respondem com uma taxa de incorporação mais baixa em relação aos parasitas selvagens, e mantém a resposta à privação mesmo com os parasitas em fase estacionária, diferente do observado nos parasitas selvagens. Esse conjunto de resultados nos levou a sugerir que a expressão do transportador pode ser regulada pela estabilidade do mRNA, e que o pool de arginina interno ao parasita pode controlar, num mecanismo de retroalimentação negativo, a expressão de seu transportador
- Imprenta:
- Data da defesa: 06.04.2011
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ABNT
MARTINS, Emerson Augusto Castilho. Caracterização fisiológica e genética do transporte de arginina em Leishmania (Leishmania) amazonensis. 2011. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2011. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41135/tde-26042011-153538/. Acesso em: 24 abr. 2025. -
APA
Martins, E. A. C. (2011). Caracterização fisiológica e genética do transporte de arginina em Leishmania (Leishmania) amazonensis (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41135/tde-26042011-153538/ -
NLM
Martins EAC. Caracterização fisiológica e genética do transporte de arginina em Leishmania (Leishmania) amazonensis [Internet]. 2011 ;[citado 2025 abr. 24 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41135/tde-26042011-153538/ -
Vancouver
Martins EAC. Caracterização fisiológica e genética do transporte de arginina em Leishmania (Leishmania) amazonensis [Internet]. 2011 ;[citado 2025 abr. 24 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41135/tde-26042011-153538/
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