Conversas com o movimento social negro sobre vulnerabilidades em relação às DSTs/Aids (2011)
- Authors:
- Autor USP: SPIASSI, ANA LúCIA - FM
- Unidade: FM
- Subjects: SÍNDROME DE IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA; VULNERABILIDADE; ACESSO AOS SERVIÇOS DE SAÚDE
- Language: Português
- Abstract: A intensificação do debate sobre a epidemia de DST/aids na população negra, trazida por entidades da sociedade civil na última década, aparece na esteira da recente sistematização de políticas voltadas para a saúde desta população. O objetivo do presente estudo foi conhecer a avaliação que o movimento social negro do ABC paulista tem sobre as condições de vulnerabilidade em relação às DST/aids vividas pelos cidadãos negros da região. Trata-se de estudo qualitativo, construído com base em entrevistas individuais em profundidade com lideranças diversas deste movimento. A representatividade dos entrevistados foi ancorada no conceito de Luta por Reconhecimento e a estrutura das entrevistas foi organizada a partir do conceito teórico orientador de todo o trabalho que é o conceito de Vulnerabilidade. A construção e interpretação das entrevistas foram apoiadas em uma concepção de linguagem entendida como desveladora de processos de interação a partir do cotejo de duas tradições filosóficas principais: o materialismo histórico dialético e a hermenêutica. As avaliações dos entrevistados sobre as três dimensões de vulnerabilidades vivenciadas pelos negros em relação às DST/aids, produziram um quadro no qual diversas situações cotidianas são relatadas e discutidas. No plano institucional, três grupos centrais de problemas foram levantados: as condições de atendimento nos serviços de saúde; a atuação do Estado sobre as condições de iniquidade e a relação do Estado com o movimento (Continua)(Continuação) social. Em relação às vulnerabilidades sociais, foram destacadas as desigualdades sócio-econômicas entre negros e não-negros e suas consequências, que incluem a persistência de baixa escolaridade, precarização das moradias, fixação da população negra para a periferia das áreas urbanas, barreiras à ascensão social, desigualdades sociais em saúde e a persistência da discriminação racial nas relações sociais. Em relação às vulnerabilidades individuais, os entrevistados relataram algumas de suas vivências pessoais e familiares em que sobressaem os sentimentos de insegurança e desrespeito trazidos pela tensão da discriminação racial, o que tem implicações não apenas morais, mas manifesta-se também no modo como os sujeitos vivenciam, apreendem e lidam com os aspectos dos demais planos de vulnerabilidade, acima citados. Os entrevistados apontaram, ainda, alternativas de reconstrução prática com potencial de redução do impacto da vulnerabilidade para a aids entre os brasileiros negros
- Imprenta:
- Data da defesa: 16.03.2011
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ABNT
SPIASSI, Ana Lúcia. Conversas com o movimento social negro sobre vulnerabilidades em relação às DSTs/Aids. 2011. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2011. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5137/tde-04052011-170701/. Acesso em: 18 abr. 2024. -
APA
Spiassi, A. L. (2011). Conversas com o movimento social negro sobre vulnerabilidades em relação às DSTs/Aids (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5137/tde-04052011-170701/ -
NLM
Spiassi AL. Conversas com o movimento social negro sobre vulnerabilidades em relação às DSTs/Aids [Internet]. 2011 ;[citado 2024 abr. 18 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5137/tde-04052011-170701/ -
Vancouver
Spiassi AL. Conversas com o movimento social negro sobre vulnerabilidades em relação às DSTs/Aids [Internet]. 2011 ;[citado 2024 abr. 18 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5137/tde-04052011-170701/
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