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A dependência química em mulheres: figurações de um sintoma partilhado (2010)

  • Authors:
  • Autor USP: GOMES, KATIA VARELA - IP
  • Unidade: IP
  • Sigla do Departamento: PST
  • Subjects: FEMINILIDADE; GRUPOS SOCIAIS (PSICOLOGIA); PSICANÁLISE; DROGA (VÍCIO); MULHERES
  • Language: Português
  • Abstract: Os problemas decorrentes do uso, abuso e dependência de drogas tornaram-se uma preocupação mundial, mobilizando recursos e ações interventivas na atenção aos usuários e dependentes. Entre os grupos, encontramos as mulheres, com características próprias, exigindo pesquisas e programas de tratamento específicos. Esta pesquisa procura privilegiar as especificidades do feminino e a dependência de drogas, através dos referenciais teóricos da psicanálise sobre a sexualidade feminina e a feminilidade. Utilizam-se, também, as concepções sobre o sujeito do grupo, que implicam uma subjetividade constituída nos e pelos conjuntos intersubjetivos, conforme desenvolve René Kaës. Considera-se que, de acordo com os postulados desse autor, a negatividade está na base de todo laço social, configurando as alianças inconscientes e as formações intermediárias no vínculo entre os sujeitos. Nesse sentido, propõe-se uma linha de investigação psicanalítica sobre a dependência química como um sintoma partilhado, objetivando: a) investigar os processos psíquicos relacionados à produção de sintomas em mulheres dependentes químicas, através dos discursos produzidos em uma situação de grupo; b) investigar as formações intermediárias e as modalidades de negatividade na manutenção do sintoma e do laço social. Como procedimento, foi utilizado um grupo psicoterapêutico em um Centro de Atenção Psicossocial Álcool e outras drogas (CAPS ad) e na análise foram consideradas: a interdiscursividade e a linearidadedos enunciados; a transferência e a contratransferência; e a realidade psíquica do/no grupo. Através da análise do discurso em situação de grupo, foram elaboradas três categorias representantes da produção intersubjetiva: as formações intermediárias (porta-voz, porta-sintoma, porta-ideal), as modalidades de negatividade (a negatividade de obrigação e a negatividade radical) e o complexo fraterno. Conclui-se que a dependência química em mulheres é uma formação intermediária, representando aspectos denegados dos conjuntos intersubjetivos a que pertencem (família e instituição de tratamento). Através do pacto denegativo, a vulnerabilidade e o desamparo são expulsos da dinâmica intersubjetiva e intrapsíquica marcas da feminilidade na constituição subjetiva. A aliança inconsciente fundamenta-se, portanto, na denegação dos elementos relacionados à dimensão do sensível, do corpo, da sexualidade, do desejo e da incompletude humana. A dependência química feminina configura-se como portavoz do que é intolerável na feminilidade
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 03.09.2010
  • Acesso à fonte
    How to cite
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    • ABNT

      GOMES, Katia Varela. A dependência química em mulheres: figurações de um sintoma partilhado. 2010. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2010. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47134/tde-10112010-082915/. Acesso em: 19 set. 2024.
    • APA

      Gomes, K. V. (2010). A dependência química em mulheres: figurações de um sintoma partilhado (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47134/tde-10112010-082915/
    • NLM

      Gomes KV. A dependência química em mulheres: figurações de um sintoma partilhado [Internet]. 2010 ;[citado 2024 set. 19 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47134/tde-10112010-082915/
    • Vancouver

      Gomes KV. A dependência química em mulheres: figurações de um sintoma partilhado [Internet]. 2010 ;[citado 2024 set. 19 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47134/tde-10112010-082915/

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