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Magnetismo de sedimentos holocênicos do Platô de São Paulo: implicações geomagnéticas e paleoceanográficas (2010)

  • Authors:
  • Autor USP: MATHIAS, GRASIANE LUZ - IAG
  • Unidade: IAG
  • Sigla do Departamento: AGG
  • Subjects: MINERALOGIA; GEOMAGNETISMO; HOLOCENO; PALEOMAGNETISMO
  • Language: Português
  • Abstract: Os sedimentos são de fundamental importância para estudos geomagnéticos, pois fornecem registros contínuos do campo magnético da Terra no passado. Variações na escala de tempo de '10 POT.2-10 POT.3' anos são ainda mal compreendidas em função da escassez de dados em alguns setores do globo. Na América do Sul o registro da orientação e intensidade do campo magnético é particularmente escasso, limitando-se a alguns dados do Sudoeste da Argentina, com cobertura temporal de no máximo 24.000 anos. Com o objetivo de aprimorar o registro geomagnético da América do Sul, foram realizados estudos de magnetismo ambiental, paleomagnetismo e paleointensidade relativo em um testemunho de sedimento lamoso coletado no Platô de São Paulo (25,50°S e 46,63°W), o qual cobre o período entre 6.000 e 915 anos B.P. (before present) e tem uma taxa de sedimentação de 35.8cm/ka. Os seguintes parâmetros magnéticos foram monitorados no testemunho IO7610: susceptibilidade magnética ('QUI') magnetização remanecente anistéretica (ARM) magnetização remanecente isotermal (IRM) a 1000 mT e -300 mT ['IRM IND.1000mT', IRM IND.-300mT], HIRM [Hard IRM='IRM IND.1000mT 'IRM IND.-300mT)/2], Razão-S ['IRM IND.-300mT/'IRM IND.1000mT], ARM/IRM e'IRM IND.1000mT'/'QUI'. O controle da mineralogia magnética o longo da sucessão sedimentar foi feito através de curvas termomagnéticas de alta e baixa temperatura, curvas de histerese, diagramas FORC e curvas ZFC. A principal contribuição para a susceptibilidade ao longo do IO7610 é devida aos minerais de argila, paramagnéticos. A contribuição relativa dos grãos ferromagnéticos tende a aumentar em direção ao topo. Três portadores magnéticos foram identificados ao longo do testemunho através das curvas de aquisição de IRM. O mais importante é a magnetida SD, que contribui aproximadamente 85% da fração ferromagnética. As outras duas componentes magnéticas têm menor importância ee correspondem à magnetita MD e à hematita. Foram identificadas importantes transições no comportamento e concentração dos minerais magnéticos em 4.800, 2.000 e 1.700 anos B.P. Essas mudanças podem ser atribuídas a duas diferentes fontes de sedimento, com base em modelos oceanográficos prévios: a plataforma continental da Argentina e a pluma do Rio da Prata. Variações da remanência natural e dos parâmetros de concentração dos minerais magnéticos indicam que esses sedimentos podem registrar de forma confiável o campo magnético no passado. Dados de paleointensidade foram obtidos através de dois protocolos: (i) normalização clássica, pelos parâmetros 'QUI' 'ARM IND.10mT' e 'IRM IND.1000mT; e (ii) método pseudo-Thellier. O registro de paleointensidade obtido a partir do IO7610 apesar de apresentar alguma dispersão, mostra uma tendência de aumento da intensidade do campo entre 5.800 e 3.500 anos B.P. e uma tendência de diminuição da intensidade entre 1.200 e 915 anos P.B. Tais tendências foram observadas nos modelos geomagnéticos e nos dados dos lagos da Argentina. Os dados direcionais para o testemunho também mostram alguma correlação com os outros dados disponíveis. Nossos resultados sugerem que os sedimentos da plataforma continental brasileira guardam potencialmente um bom registro do campo magnético do passado, e podem ser usados para melhorar a base de dados paleomagnéticos para a região. Além disso, as técnicas de mineralogia magnética se mostraram sensíveis às principais mudanças no contexto oceanográfico do Platô de São Paulo.
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 15.09.2010

  • How to cite
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    • ABNT

      MATHIAS, Grasiane Luz. Magnetismo de sedimentos holocênicos do Platô de São Paulo: implicações geomagnéticas e paleoceanográficas. 2010. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2010. . Acesso em: 15 maio 2024.
    • APA

      Mathias, G. L. (2010). Magnetismo de sedimentos holocênicos do Platô de São Paulo: implicações geomagnéticas e paleoceanográficas (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, São Paulo.
    • NLM

      Mathias GL. Magnetismo de sedimentos holocênicos do Platô de São Paulo: implicações geomagnéticas e paleoceanográficas. 2010 ;[citado 2024 maio 15 ]
    • Vancouver

      Mathias GL. Magnetismo de sedimentos holocênicos do Platô de São Paulo: implicações geomagnéticas e paleoceanográficas. 2010 ;[citado 2024 maio 15 ]


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