Exportar registro bibliográfico

Morfoanatomia, perfil químico e propagação de Smilax fluminensis Steud. (Smilacaceae (2010)

  • Authors:
  • Autor USP: SOARES, ANIELCA NASCIMENTO - ESALQ
  • Unidade: ESALQ
  • Sigla do Departamento: LCB
  • Subjects: BROTAÇÃO; ESTACAS (PLANTAS); GERMINAÇÃO DE SEMENTES; PLANTAS MEDICINAIS
  • Language: Português
  • Abstract: As espécies do gênero Smilax L., conhecidas popularmente como salsaparrilha, são empregadas na medicina popular desde o século XVI, porém essas plantas ainda são exploradas de maneira extrativista. Com o aumento da comercialização de plantas medicinais cresce a necessidade de trabalhos que certifiquem a qualidade da matéria prima. A caracterização anatômica e o perfil químico certamente fornecem uma base mais segura nessa certificação. Visando auxiliar no atendimento da demanda e apontar propostas do manejo sustentável em áreas de ocorrência natural de Smilax fluminensis Steud. os objetivos do presente estudo foram: a) analisar a morfoanatomia dos órgãos vegetativos e indicar as características de valor diagnóstico para essa espécie; b) analisar o perfil químico de S. fluminensis através da Cromatografia Líquida de Alta Eficiência acoplada com Detector de Arranjo de Diodos utilizando-se extratos metanólicos (EMeOH) de raízes, rizóforos e ramos aéreos; c) realizar estudos de germinação de sementes e de propagação vegetativa por estacas de ramos aéreos e subterrâneos e, d) acompanhar ao longo de um ano a capacidade de rebrotamento das plantas no campo. As análises ao microscópio de luz foram realizadas utilizando-se as técnicas usuais para o preparo de lâminas semipermamentes e permanentes. Para as análises no microscópio eletrônico de varredura, amostras de folhas foram fixadas em Karnovsky, desidratadas em série etílica e submetidas ao método do ponto crítico de CO2, montadas sobre suportes de alumínio e metalizadas. As sementes foram submetidas a diferentes temperaturas, sob fotoperíodo diário de oito horas e na ausência de luz. Para o enraizamento de estacas, foram utilizados ramos aéreos e subterrâneos com aproximadamente 20 cm, com duas regiões nodais submetidas ao tratamento com ácido indolbutírico a 100 ppm ou apenas em águadestilada. Dentre os caracteres anatômicos que permitiram a delimitação da espécie destacam-se: estômatos anisocíticos e paracíticos presentes na epiderme da face abaxial; cera epicuticular na forma de grânulos globosos; mesofilo homogêneo com ampla câmara subestomática; presença da bainha amilífera nos primeiros entrenós do caule aéreo; presença de endoderme com reforço em U; ausência de meristema de espessamento no rizóforo adulto; presença de exoderme com estrias de Caspary nas raízes brancas e ausência de córtex interno nas raízes marrons. Em relação ao perfil químico, os extratos obtidos apresentaram picos correspondentes às substâncias: ácido clorogênico, ácido cafeico, rutina, ácido p-cumárico, ácido ferúlico e ácido trans-cinâmico. As melhores porcentagens de germinação foram 80% em 20-30º C no claro e 85% a 30ºC no escuro. Apenas as estacas de ramos subterrâneos enraizaram. Ao final de um ano de acompanhamento das plantas no campo, todas apresentaram em média 4.05 novos brotamentos. As espécies cujas partes utilizadas para o preparo dos medicamentos são as raízes correm maior risco de extinção como é o caso de S. fluminensis. Portanto, a capacidade de propagação por sementes, por estacas e de regeneração de ramos aéreos após a remoção de parte das estruturas subterrâneas aliada ao perfil químico confirma o seu potencial para a exploração econômica de maneira sustentável, sendo uma alternativa para reduzir o extrativismo predatório dessa espécie nativa
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 25.08.2010
  • Acesso à fonte
    How to cite
    A citação é gerada automaticamente e pode não estar totalmente de acordo com as normas

    • ABNT

      SOARES, Anielca Nascimento. Morfoanatomia, perfil químico e propagação de Smilax fluminensis Steud. (Smilacaceae. 2010. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, Piracicaba, 2010. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11144/tde-17092010-154112/. Acesso em: 24 abr. 2024.
    • APA

      Soares, A. N. (2010). Morfoanatomia, perfil químico e propagação de Smilax fluminensis Steud. (Smilacaceae (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, Piracicaba. Recuperado de http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11144/tde-17092010-154112/
    • NLM

      Soares AN. Morfoanatomia, perfil químico e propagação de Smilax fluminensis Steud. (Smilacaceae [Internet]. 2010 ;[citado 2024 abr. 24 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11144/tde-17092010-154112/
    • Vancouver

      Soares AN. Morfoanatomia, perfil químico e propagação de Smilax fluminensis Steud. (Smilacaceae [Internet]. 2010 ;[citado 2024 abr. 24 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11144/tde-17092010-154112/

    Últimas obras dos mesmos autores vinculados com a USP cadastradas na BDPI:

    Digital Library of Intellectual Production of Universidade de São Paulo     2012 - 2024