Estudo do efeito antiviral das drogas pentoxifilina e nitazoxanida em infecções pelo vírus dengue-2 (2010)
- Authors:
- Autor USP: AQUINO, MARIA TERESA PRUDENTE DE - FMRP
- Unidade: FMRP
- Sigla do Departamento: RBI
- Subjects: DENGUE; CARGA VIRAL (ESTUDO;EFEITOS DE DROGAS); CITOCINAS; CÉLULAS DENDRÍTICAS
- Language: Português
- Abstract: A dengue é uma doença infecciosa aguda de etiologia viral transmitida ao homem pela picada de mosquitos do gênero Aedes, sendo os de maior importância em nível mundial, o Aedes aegypti e o Aedes albopictus. De acordo com a comunidade científica e com as autoridades de saúde pública, as vacinas seriam a estratégia mais eficaz de prevenção à doença. No entanto, até o momento, não existe nenhuma disponível, e os métodos de prevenção baseiam-se no controle do mosquito vetar, o que tem se mostrado ineficaz. Não existe também, nenhum medicamento disponível para o tratamento dessa doença, apenas para seus sintomas. Assim, o presente trabalho buscou avaliar a ação antiviral das drogas pentoxifilina (PTX) e nitazoxanida (NTZ) na replicação do vírus dengue-2 (DENV2), na expressão de marcadores de superfície, e de genes para citocinas em células dendríticas mielóides. Ambas as drogas já se mostraram eficazes na diminuição da replicação viral de outros virás da família Flaviviridae (o mesmo de dengue), como o vírus da encefalite japonesa e da hepatite C. Decidimos então avaliar a ação dessas drogas em células dendríticas, por serem segundo a literatura, as primeiras células alvo da infecção por DENV. Ao analisarmos os marcadores de superfície para maturação e ativação de células dendríticas, não houve nenhuma alteração na expressão dos mesmos após 48 horas, na presença ou ausência das drogas. Assim como quando essas células foram infectadas ou não. Parece que o DENV estabelece um mecanismo de evasão imune ao infectar tais células. Foi observado que ambas as drogas apresentaram interferência na replicação virei em diferentes pontos de infecção, com ação já 1 hora depois da infecção e até a 13a hora, dependendo do tipo de tratamento efetuado. No entanto, após 24 e 48 horas pós infecção, elas não apresentaram qualquer ação na replicação vital. Ao analisarmos a expressão dos genes decitocinas após 48 horas, foi observado que ambas as drogas são capazes de estimular a expressão dos genes de citocinas pró inflamatórias como IL-6, IL12p40 além de IFNy, o que seria de grande utilidade em uma resposta contra a dengue. A indução dessas citocinas leva a montagem de uma resposta celular e também humoral contra essa infecção viral. As drogas foram capazes também de inibirem a expressão dos genes de IL-10 e TNFa, duas citocinas que em pacientes com as formas mais severas de dengue estão acentuadas. Dessa forma, as drogas parecem efetuar um papel antiviral nas infecções por DENV2 em células dendríticas mielóides de origem murina. Mas a droga PTX parece ser mais eficiente que a droga NTZ em efetuar esse papel, por diminuir de forma mais acentuada a replicação desse vírus
- Imprenta:
- Publisher place: Ribeirão Preto
- Date published: 2010
- Data da defesa: 24.06.2010
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ABNT
AQUINO, Maria Teresa Prudente de. Estudo do efeito antiviral das drogas pentoxifilina e nitazoxanida em infecções pelo vírus dengue-2. 2010. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2010. . Acesso em: 25 abr. 2025. -
APA
Aquino, M. T. P. de. (2010). Estudo do efeito antiviral das drogas pentoxifilina e nitazoxanida em infecções pelo vírus dengue-2 (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto. -
NLM
Aquino MTP de. Estudo do efeito antiviral das drogas pentoxifilina e nitazoxanida em infecções pelo vírus dengue-2. 2010 ;[citado 2025 abr. 25 ] -
Vancouver
Aquino MTP de. Estudo do efeito antiviral das drogas pentoxifilina e nitazoxanida em infecções pelo vírus dengue-2. 2010 ;[citado 2025 abr. 25 ]
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