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Validação das características definidoras do diagnóstico de enfermagem: perfusão tissular periférica ineficaz em pacientes com doença arterial obstrutiva periférica sintomática (2010)

  • Autores:
  • Autor USP: SILVA, RITA DE CASSIA GENGO E - FM
  • Unidade: FM
  • Sigla do Departamento: MCP
  • Assuntos: DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM; ENDOTÉLIO; EXAME FÍSICO
  • Idioma: Português
  • Resumo: INTRODUÇÃO: O diagnóstico de enfermagem Perfusão Tissular Periférica Ineficaz (PTPI) e suas características definidoras (CD) ainda não foram validados em pacientes com doença arterial obstrutiva periférica dos membros inferiores (DAOMI), por meio de testes que avaliam a capacidade funcional e a função vascular arterial. OBJETIVO: Validar algumas CD de PTPI em pacientes com DAOMI sintomática e verificar sua importância na determinação desse diagnóstico de enfermagem. CASUÍSTICA E MÉTODO: Foram selecionados 65 pacientes com DAOMI (62,2 + 8,1 anos; 56,9% do sexo masculino; índice tornozelo-braquial - ITB = 0,59 + 0,14), nos quais a PTPI foi diagnosticada mediante a presença de claudicação intermitente e ITB < 0,90, e 17 indivíduos--controle (63,4 + 8,7 anos; 41,2% do sexo masculino; ITB = 1,14 + 0,08). Todos os participantes foram submetidos a exame físico, à medida do ITB, à avaliação de sua capacidade funcional e das propriedades funcionais das artérias. O ITB foi calculado para cada membro inferior, dividindo-se a maior pressão arterial do tornozelo pela maior pressão obtida nos braços; para análise considerou-se o pior ITB. Os pacientes com PTPI secundária à DAOMI foram divididos de acordo com o grau de prejuízo da circulação periférica. A capacidade funcional foi determinada por meio do teste de caminhada de seis minutos (TC6), registrando-se as distâncias percorridas, total e livre de dor. As propriedades funcionais das artérias foram avaliadas em termos da rigidez da parede (VOP C-F e VOP C-R), utilizando-se o Complior®, e da reatividade vascular, com a técnica de ultrassom vascular de alta resolução em condições basais, após manobra de hiperemia reativa e após administração sublingual de nitrato. A hiperemia reativa promove vasodilatação dependente do endotélio e é mediada pelo fluxo (DMF); por sua vez, (Continua)(Continuação) o nitrato é um doador de óxido nítrico e causa vasodilatação independente do endotélio. RESULTADOS: A prevalência da CD pulsos periféricos ausentes ou filiformes foi maior nos pacientes com PTPI do que nos indivíduos-controle (> 70,0% versus 5,3%, respectivamente, p < 0,0001). Ainda, observou-se que pacientes com PTPI percorreram menores distâncias no TC6 (265,1 + 77,4 versus 354,7 + 42,1 m, p < 0,001) e apresentaram maior VOP C-F (12,2 + 4,0 versus 9,6 + 2,2 m/s, p = 0,016), menor DMF (2,7 + 4,2% versus 6,1 + 5,4%, p = 0,014) e menor dilatação pós- -nitrato (14,3 + 8,4% versus 20,6 + 10,0%, p = 0,019). Na análise individual, verificou-se que a presença das CD associou-se à redução das distâncias percorridas no TC6, total e livre de dor, ao aumento da VOP C-F e a menores DMF e dilatação pós-nitrato. Na análise conjunta, pulsos pedioso e/ou tibial posterior ausentes ou filiformes foram preditivos de: (1) menor capacidade funcional, com redução de 61 metros na distância total percorrida e 124 metros na distância livre de dor; (2) maior rigidez da parede arterial, pois aumentou em 18% a média da VOP C-F; e (3) maior prejuízo da reatividade vascular, evidenciada pela redução de 2,6% na DMF. Além disso, a alteração na amplitude de algum pulso periférico ou sopro na artéria femoral esquerda aumentou 1.024 vezes a chance de ocorrência de PTPI. Observou-se que as distâncias, total e livre de dor, percorridas no TC6, a VOP C-F e a dilatação pós-nitrato associaram-se de forma significativa com o maior prejuízo da circulação periférica, verificado pelo ITB, sendo que o aumento de 1m na distância percorrida livre de dor reduziu em 0,8% (IC 95% = 0,985 - 0,998) a chance de prejuízo grave (ou moderado e grave) da circulação periférica. Já o aumento de 1m/s na VOP C-F elevou essa chance em 23,7% (IC 95% = 1,057 - 1,448). CONCLUSÃO: A CD 'pulsos periféricos ausentes ou filiformes' foi a mais (Continua)(continuação) relevante para o diagnóstico de enfermagem PTPI, pois apresentou maior prevalência, associou-se à maior limitação funcional e mostrou forte associação com alterações funcionais das artérias
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 10.08.2010
  • Acesso à fonte
    Como citar
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    • ABNT

      SILVA, Rita de Cassia Gengo e. Validação das características definidoras do diagnóstico de enfermagem: perfusão tissular periférica ineficaz em pacientes com doença arterial obstrutiva periférica sintomática. 2010. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2010. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5131/tde-26082010-134117/. Acesso em: 27 jul. 2024.
    • APA

      Silva, R. de C. G. e. (2010). Validação das características definidoras do diagnóstico de enfermagem: perfusão tissular periférica ineficaz em pacientes com doença arterial obstrutiva periférica sintomática (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5131/tde-26082010-134117/
    • NLM

      Silva R de CG e. Validação das características definidoras do diagnóstico de enfermagem: perfusão tissular periférica ineficaz em pacientes com doença arterial obstrutiva periférica sintomática [Internet]. 2010 ;[citado 2024 jul. 27 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5131/tde-26082010-134117/
    • Vancouver

      Silva R de CG e. Validação das características definidoras do diagnóstico de enfermagem: perfusão tissular periférica ineficaz em pacientes com doença arterial obstrutiva periférica sintomática [Internet]. 2010 ;[citado 2024 jul. 27 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5131/tde-26082010-134117/


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