Tumores neurogênicos de tórax na criança: estudo interinstitucional (2010)
- Autor:
- Autor USP: FRAGA, JOSÉ CARLOS SOARES - FM
- Unidade: FM
- Sigla do Departamento: MPE
- Subjects: NEOPLASIAS TORÁCICAS (DIAGNÓSTICO;CIRURGIA); NEUROGENÉTICA; SOBREVIVÊNCIA LIVRE DE DOENÇA; CRIANÇAS; PROGNÓSTICO; PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS OPERATÓRIOS
- Language: Português
- Abstract: Introdução: Os tumores neurogênicos torácicos na criança são incomuns, embora sejam responsáveis por 15-25% de todos os tumores primários do mediastino. A maioria deles se origina dos nervos simpáticos, localizando-se quase que exclusivamente no mediastino posterior. Objetivos: Avaliar o tipo de tumor, idade, apresentação clínica, resposta à cirurgia e sobrevida de crianças operadas por tumor neurogênico primário do tórax. Material e Métodos: Após aprovação das comissões de ética, foi realizada revisão retrospectiva de 43 crianças (22 do sexo masculino) operadas por tumor neurogênico intratorácico em dois hospitais terciários, no período de março de 1998 a junho de 2009. Resultados: A mediana de idade das crianças no momento do diagnóstico foi 3 anos (0,6- 4,7). Dos tumores operados, 20 (47%) eram neuroblastomas, 13 (30%) ganglioneuroblastomas e 10 (23%) ganglioneuromas. Somente 6 crianças (14%) eram assintomáticas no momento do diagnóstico; as restantes apresentavam tosse (30%), manifestações de compressão de medula espinhal (23%), dispnéia (21%), sibilância (11,6%), Síndromes dos Olhos Dançantes (7%) e de Horner (7%). A cirurgia foi realizada por toracotomia em 38 (88%) e por videotoracoscopia em 5 (12%). Quando comparadas àquelas operadas por toracotomia, as crianças operadas por videotoracoscopia apresentaram estatisticamente tumores de tamanho menor (p=0,01), e tiveram menos tempo de drenagem torácica (p=O,011) e de internação (p=0,016). Não houvemortalidade cirúrgica. Complicações pós-operatórias ocorreram em onze crianças (25,6%): Síndrome de Horner em 5 crianças (11,6%), sendo que 3 após toracotomia e 2 após toracoscopia; as demais ocorreram após toracotomia: quilotórax em 2 (4,7%), pneumotórax em 2 (4,7%), empiema em uma (2,3%) e traqueobroncomalacia grave em outra (2,3%). Houve recorrência do tumor em 4 crianças (9,3%) ) operadas por toracotomia, e 2 mortes em crianças com neuroblastoma (4,6%). A sobrevida foi de 95,4% com uma mediana de tempo de seguimento de 3,5 anos (0,7 - 4,4).Conclusão: A maioria das crianças com tumor neurogênico intratorácico é sintomática no momento do diagnóstico. A ressecção cirúrgica destes tumores é segura, e possibilita boa sobrevida a longo prazo. A abordagem por videotoracoscopia é apropriada para pequenos tumores, e possibilita menores tempos de drenagem torácica e de internação
- Imprenta:
- Data da defesa: 14.02.2010
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ABNT
FRAGA, José Carlos Soares de. Tumores neurogênicos de tórax na criança: estudo interinstitucional. 2010. Tese (Livre Docência) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2010. . Acesso em: 19 set. 2024. -
APA
Fraga, J. C. S. de. (2010). Tumores neurogênicos de tórax na criança: estudo interinstitucional (Tese (Livre Docência). Universidade de São Paulo, São Paulo. -
NLM
Fraga JCS de. Tumores neurogênicos de tórax na criança: estudo interinstitucional. 2010 ;[citado 2024 set. 19 ] -
Vancouver
Fraga JCS de. Tumores neurogênicos de tórax na criança: estudo interinstitucional. 2010 ;[citado 2024 set. 19 ]
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