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Critérios para admissão de cães em tratamento intensivo pós-operatório (2009)

  • Autor:
  • Autor USP: CORTOPASSI, SILVIA RENATA GAIDO - FMVZ
  • Unidade: FMVZ
  • Sigla do Departamento: VCI
  • Subjects: CÃES; ANAMNESE; EXAME FÍSICO; PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS AMBULATÓRIOS
  • Language: Português
  • Abstract: Com o objetivo de analisar os critérios utilizados na admissão de cães para o tratamento intensivo, foram estudados prospectivamente 56 cães internados na Unidade de Recuperação Pós-Operatória do Serviço de Anestesia do Hospital Veterinário da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo. Os cães foram avaliados por meio de anamnese, exame físico e análises laboratoriais previamente ao procedimento cirúrgico. Uma vez que os animais se apresentavam com afecções variadas, foi necessário diferenciar os critérios de inclusão para o estabelecimento dos cinco grupos: Grupo Sepse Grave (GSG); Grupo Obstrução Intestinal/Desnutrição (GOl); Grupo Pós-operatório de Cirurgias de Grande Porte (GPO); Grupo Traumatismos (GTR) e Grupo Complicações Trans-operatórias (GCO). Foram verificados os dados demográficos de sexo, raça e idade e posteriormente comparados entre os cinco grupos estudados. O diagnóstico clínico, o procedimento cirúrgico realizado, a ocorrência de co-morbidades e de complicações anestésicas no período peri-operatório foram analisados. O prognóstico foi estabelecido, de modo subjetivo, na admissão dos animais à Unidade de Recuperação Pós-Operatória e foram categorizados em ruim, reservado e bom. De acordo com a evolução clínica dos animais internados, aqueles que apresentaram melhora significativa com as funções vitais dentro dos padrões de normalidade, não necessitavam do auxílio de fármacos ou soluções intravenosas, alimentavam-se demodo espontâneo sem a ocorrência de náuseas ou vômitos, receberam alta. Os exames laboratoriais mais freqüentemente solicitados foram comparados, sempre que possível, entre os grupos. O teste ANOVA seguido do teste de Tukey, ou do teste de Mann-Whitney foram utilizados para comparação entre três ou mais grupos. Para comparação entre dois grupos, foi empregado o teste t-Student caso a variável satisfizesse a condição de normalidade segundo ) o teste de Shapiro-Wilk, ou o teste de Mann-Whitney caso contrário. Na comparação de variáveis categóricas entre os grupos, foi utilizado o teste qui-quadrado. Para se obter variáveis significativamente preditoras de óbitos e altas foi utilizada a curva ROC (receiver operating characteristic curve), construída com base na sensibilidade (predição correta de alta) e 1 - especificidade (predição correta de óbito. A área abaixo da curva ROC foi utilizada para representar a precisão das predições. O grupo GSG apresentou proporções de sexos significativamente diferentes dos demais, uma vez que foi composto apenas de cadelas (p = 0,002). No que diz respeito à idade, observaram-se diferenças significativas apenas entre os grupos GSG (8,05±3,0 anos) e GOl (3,20±3,4 anos) (p < 0,001). O grupo GSG apresentou prognóstico pior que o grupo Outros (grupos GPO, GTR e GCO) (p = 0,003). Quando foram agrupadas as complicações anestésicas, observou-se este grupo apresentou maior proporção de óbitos (p = 0,001).Verificou-se que o grupo GSG (203.095±179.538 /'mü'I) apresentou valores de plaquetas menores que o grupo GOl (444.333±139.011/'mü'1) (p = 0,019). Em relação à proteína total, o grupo GOl (3,77±O,99 g/dl) apresentou valores inferiores em relação ao grupo GSG (6,95±1,49 g/dl) (p < 0,001) e ao grupo GPO (6,75±0,65 g/dl) (p = 0,001). Quanto a fosfatase alcalina, notou-se diferença entre os grupos GSG (365,29±385,21 UI/L) e GPO (91,46±29,43 UI/L) (p = 0,015). Os grupos GSG (21,84±22,48 UI/L) e GOl (53, 11±76, 12 UI/L) apresentaram diferença significativa em relação à alanina aminotransferase (p = 0,006). Quanto à uréia e creatinina, o grupo GSG apresentou valores superiores em relação ao GOl (p<0,001). Os valores de proteína total apresentaram diferença significativa em relação à evolução (p = 0,040) (alta: 6,59±1,72; óbito: 5,09±1,68 g/dl). Analisando apenas o grupo GSG, tanto a variável déficit ) de base (óbito: -17,33±3,79/ alta: -8,1 0±6,82 mmol/L), quanto o lactato (óbito: 4,90±O,952; alta: 2,33±1, 13 mmol/L) apresentaram diferença significativa em relação à evolução clínica. A partir dos resultados pode se concluir que, em relação aos grupos heterogêneos estabelecidos, os valores de proteína total e o prognóstico podem ser considerados preditores da evolução clínica; para o grupo GSG, os níveis de lactato e de déficit de base obtidos na admissão, também podem ser considerados preditivos de alta/óbito; a ocorrência de complicações anestésicas determina maiornúmero de óbitos
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 04.03.2009

  • How to cite
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    • ABNT

      CORTOPASSI, Silvia Renata Gaido. Critérios para admissão de cães em tratamento intensivo pós-operatório. 2009. Tese (Livre Docência) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2009. . Acesso em: 04 ago. 2025.
    • APA

      Cortopassi, S. R. G. (2009). Critérios para admissão de cães em tratamento intensivo pós-operatório (Tese (Livre Docência). Universidade de São Paulo, São Paulo.
    • NLM

      Cortopassi SRG. Critérios para admissão de cães em tratamento intensivo pós-operatório. 2009 ;[citado 2025 ago. 04 ]
    • Vancouver

      Cortopassi SRG. Critérios para admissão de cães em tratamento intensivo pós-operatório. 2009 ;[citado 2025 ago. 04 ]


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