Zona de contato secundário entre as espécies cactofilicas Drosophila ser ido e Drosophila antonietae (Diptera; Drosophilidae) (2009)
- Authors:
- Autor USP: SANTOS, CAMILA KOKUDAI BALIEIRO - FFCLRP
- Unidade: FFCLRP
- Sigla do Departamento: 592
- Subjects: DROSOPHILA; DIPTERA; MORFOMETRIA; DNA MITOCONDRIAL; GENÉTICA ANIMAL
- Language: Português
- Abstract: As espécies crípticas Drosophila sendo e Drosophila antonietae, cactofílicas e pertencentes ao "cluster" Drosophila buzzatii, são alopátricas na maior parte de suas áreas de ocorrência. Entretanto, análises populacionais prévias descreveram a localidade de Florianópolis-SC como área de contato secundário, com populações de D. sendo e D. antonietae em simpatria, sem formação de híbridos. Com a finalidade de testar esta hipótese, caracterizar as populações da localidade de Florianópolis-SC e identificar eventuais hospedeiros preferenciais para oviposição das duas espécies, uma amostra de indivíduos foi caracterizada através de análises eletroforéticas da proteína isocitrato desidrogenase (IDH); variação morfológica da asa e do edeago e seqüências do gene mitocondrial COL. Através das análises eletroforéticas, foram identificados os alelos característicos de D. sendo na maior parte da amostra e não foram observados indivíduos híbridos para este marcador. A partir de necrose do cacto Cereus hildmaniannus, emergiram indivíduos de D. sendo e D. antonietae, e a partir do cacto Opuntia monacantha, foi observada somente a emergência de indivíduos de D. sendo. Através de caracteres quantitativos da morfologia dos edeagos, foram classificados corretamente 99,1% dos indivíduos da espécie D. sendo e 90% dos indivíduos da espécie D. antonietae (Wilk's = 0,26836, p<0,00001), enquanto as análises discriminantes das asas classificaram corretamente 93,6% dos indivíduos da espécieD. sendo e 86,2% dos indivíduos da espécie D. antonietae (Wilk's = 0,40619, p< 0,00001). As análises morfométricas evidenciaram uma menor variação morfológica na população de D. sendo de Florianópolis, em relação à população da localidade-tipo (Milagres-BA), sugerindo uma colonização e efeito do fundador ou seleção natural. Através das análises das seqüências do DNA mitocondrial, verificou-se a existência de haplótipos característicos da linhagem de D. antonietae em indivíduos com morfologia e alelos característicos de D. sendo. Foram consideradas duas hipóteses para explicar o padrão observado: retenção de polimorfismo ancestral e eventos de introgressão assimétrica, passados ou atuais, de genes mitocondriais. Nesta amostra, a maior freqüência observada de D. sendo, diferentemente de dados anteriores, sugere influência da sazonal idade na dinâmica desta área de contato, que pode estar relacionada à preferência e disponibilidade de cactos hospedeiros. Os resultados obtidos até o momento sugerem a existência de simpatria de populações de D. sendo e D. antonietae, na localidade de Florianópolis-SC, além de possíveis eventos ancestrais de introgressão de genes mitocondriais
- Imprenta:
- Publisher place: Ribeirão Preto
- Date published: 2009
- Data da defesa: 10.03.2009
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ABNT
SANTOS, Camila Kokudai Balieiro; MANFRIN, Maura Helena. Zona de contato secundário entre as espécies cactofilicas Drosophila ser ido e Drosophila antonietae (Diptera; Drosophilidae). 2009.Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2009. -
APA
Santos, C. K. B., & Manfrin, M. H. (2009). Zona de contato secundário entre as espécies cactofilicas Drosophila ser ido e Drosophila antonietae (Diptera; Drosophilidae). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto. -
NLM
Santos CKB, Manfrin MH. Zona de contato secundário entre as espécies cactofilicas Drosophila ser ido e Drosophila antonietae (Diptera; Drosophilidae). 2009 ; -
Vancouver
Santos CKB, Manfrin MH. Zona de contato secundário entre as espécies cactofilicas Drosophila ser ido e Drosophila antonietae (Diptera; Drosophilidae). 2009 ;
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