Análise da participação dos autoprodutores e produtores independentes de energia no setor elétrico brasileiro (2008)
- Authors:
- Autor USP: MARCONDES, MÔNICA - EP
- Unidade: EP
- Sigla do Departamento: PEA
- Subjects: ENERGIA ELÉTRICA (REGULAÇÃO); PLANEJAMENTO ENERGÉTICO; PRIVATIZAÇÃO; POLÍTICA INDUSTRIAL
- Language: Português
- Abstract: Historicamente o suprimento de energia elétrica no Brasil, desempenha papel de destaque no crescimento econômico nacional, por conta da sua capacidade de agregar renda através do fomento a grandes indústrias inclusive. Sua forte associação na composição da renda nacional preocupa de maneira geral todos os envolvidos e interessados no abastecimento de energia no país que na pauta dos últimos governos, discute a priorização dos investimentos para o setor. A estatização do setor, dominado anteriormente por pequenos investidores privados, incumbiu ao Estado à tarefa de promover seu desenvolvimento promovendo uma oferta de energia que pudesse acompanhar aos incrementos de demanda verificados pelo país. O governo por sua vez, investiu assumiu a expansão do parque gerador do país com a construção de algumas obras significativas tais como Itaipu e Chesf. Com o avanço da economia, as obras existentes passaram a tornar-se insuficientes tendo em vista uma forte ascensão da demanda em todos os níveis de consumo: industrial, comercial e residencial. A solução para este entrave foi a privatização do setor vislumbrando investimentos da iniciativa privada através de concessões dadas pelo Estado. Com a proposta de dinamizar o setor, várias ações foram desencadeadas para a formatação do setor que separou as empresas estatais verticalizadas nos setores de geração, distribuição, transmissão e comercialização de energia. As empresas distribuidoras de energia foram as pioneiras no processo de transferência de ativos, seguidas pelos setores de transmissão e geração de energia.Através da abertura fomentada pelo governo a partir do PND (Plano Nacional de Desestatização), o setor elétrico brasileiro vem experimentando uma reestruturação baseadas em experiências de países como Reino Unido, pioneiro na criação de empresas de geração, transmissão e distribuição independentes, propiciando maior eficácia ao negócio de energia e ao mesmo tempo transferido a responsabilidade de novos investimentos para os agentes privados. Um marco regulatório foi criado a fim de estabelecer o papel do Governo neste processo, como regulador estabelecendo regras, fomentando investimentos no setor para o atendimento da demanda ascendente que vem sendo verificada nos últimos anos. O discurso do governo pauta-se em uma retomada do crescimento através do planejamento de longo prazo, maior concorrência entre os agentes e repasse dos benefícios ao consumidor final. Com a consolidação de um ambiente altamente competitivo, definiu-se um novo papel para as indústrias do país, o autoprodutor de energia elétrica, que, a partir do novo marco regulatório, alterou substancialmente seu comportamento no que tange à aquisição de energia, necessária para seu processo de produção. O objetivo deste trabalho é analisar a evolução recente e as perspectivas dos investimentos em infra-estrutura no Brasil com a participação dos autoprodutores de energia elétrica na matriz energética nacional, figura esta que ressurgiu após a privatização das empresas de distribuição principalmente, que, a partir da sua nova administração e visando o lucro da empresa, passaram a cobrar da classe industrial tarifas de energia elétrica sem subsídios antes suportados pelo Governo, fazendo com que os custos de energia se transformassem em grande preocupação no processo de produção.Os altos custos de aquisição de energia de uma maneira geral diminuíram a competitividade das empresas acostumadas a pequenos gastos neste setor, criando a figura de um investidor em geração de energia para consumo próprio como forma de assegurar custos gerenciáveis durante o período de sua concessão. Para isso, procura-se desenvolver uma análise dos dados consolidados do setor, e, a consecução dos fatos observados pós privatização do setor, traçando um paralelo com a energia adquirida pela indústria para o autoconsumo, associada com a política regulatória institucional e o planejamento indicativo da oferta de novos projetos de usinas hidrelétricas apontados pelo Governo. A conclusão do trabalho aponta para a comparação entre os diversos tipos de aquisição de energia convencionais que envolvem a compra do insumo com a autoprodução que no longo prazo merece destaque em economicidade e garantia de suprimento para produção industrial.
- Imprenta:
- Data da defesa: 21.08.2008
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ABNT
MARCONDES, Mônica. Análise da participação dos autoprodutores e produtores independentes de energia no setor elétrico brasileiro. 2008. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2008. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3143/tde-10112008-120951/. Acesso em: 01 jun. 2025. -
APA
Marcondes, M. (2008). Análise da participação dos autoprodutores e produtores independentes de energia no setor elétrico brasileiro (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3143/tde-10112008-120951/ -
NLM
Marcondes M. Análise da participação dos autoprodutores e produtores independentes de energia no setor elétrico brasileiro [Internet]. 2008 ;[citado 2025 jun. 01 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3143/tde-10112008-120951/ -
Vancouver
Marcondes M. Análise da participação dos autoprodutores e produtores independentes de energia no setor elétrico brasileiro [Internet]. 2008 ;[citado 2025 jun. 01 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3143/tde-10112008-120951/
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