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Flebotomíneos (Diptera, Psychodidae) da província espeleológica do Vale do Ribeira, Estado de São Paulo, Brasil (2008)

  • Autor:
  • Autor USP: GALATI, EUNICE APARECIDA BIANCHI - FSP
  • Unidade: FSP
  • Sigla do Departamento: HEP
  • Subjects: ECOLOGIA DE VETORES; LEISHMANIOSE VISCERAL (TRANSMISSÃO); LEISHMANIOSE CUTÂNEA (TRANSMISSÃO); INSETOS VETORES; DIPTERA
  • Language: Português
  • Abstract: A Província Espeleológica do Vale do Ribeira destaca-se como uma das maiores concentrações de cavernas, em meio à vegetação da mata Atlântica e inclui áreas de duas reservas ecológicas: Parque Estadual Intervales (PEI) e Parque Estadual do Alto do Ribeira (PETAR), abertos ao turismo ecológico. Estes parques situam-se no médio e alto curso do rio Ribeira, ao sul do Estado de São Paulo, Brasil, em áreas endêmicas para leishmaniose tegumentar. Objetivos: Investigar a fauna flebotomínea e aspectos do comportamento de suas espécies, com o propósito de identificar as importunas ao homem e que atuam na transmissão de leishmaniose em áreas de turismo nos dois parques e no bairro Serra, município de Iporanga, onde se alojam os visitantes do PETAR. Metodologia: As capturas foram feitas com armadilhas luminosas, de Shannon, branca e preta e aspiração, entre janeiro/2001 e dezembro/2002 em cavernas, matas e ambiente domiciliar nos dois parques, e no bairro Serra, entre fevereiro/2001 e dezembro/2003, em abrigos de animais domésticos e domicilia, para se obter informações sobre abundância, riqueza,diversidade, equitabilidade e sazonal idade das espécies e infecção natural por flagelos. No bairro Serra, se investigou o ritmo horário noturno e dispersão das espécies. Esta por meio de marcação-soltura-recaptura.Resultados: A fauna das três localidades compreendeu 25 espécies: Brumptomyia bragai, Br carvalheiroi, Br. Cunhai, Br. Nitzulescui, Br. Troglodytes, Evandromyia correalimai, Ev. Edwardsi, Expapillata firmatoi, Lutzomyia longipalpis, Lu. Amarali, Micropygomyia petari, Migonemyia migonei, Mg. Vaniae, Nyssomyia intermédia, Ny. Neivai, Pintomyia fischeri, Pi monticola, Psathyromyia lanei, Pa. Pascalei, Pa. Pestanai, psychodopygus ayrozai, Ps. Geniculatus, Sciopemyia microps e Sc. Sordellii. ) No PEI e PETAR, foram capturadas 21 espécies e 19 no bairro Serra. Nas capturas com armadilhas automáticas luminosas, Br. Troglodytes, seguida de Pa. lanei foram as mais abundantes no PEI, Pa. Pascalei e Os. Ayrozai, no PETAR, e Ny. Intermédia e Ny. Naivai no bairro Serra. Em armadilhas de Shannon, no PEI predominaram Pi. Monticola e Ev. Edwardsi, no PETAR, Ps. Ayrozai e no bairro Serra, Ny. Intermédia e Ny. Neivai. No PEI, a densidade de flebotomíneos em armadilhas automáticas luminosas e nas de Shannon, foi muito baixa, sendo a média de 1,9 insetos/armadilha e 0,6 inseto/hora, respectivamente. Esses valores foram baixos, 9,2 insetos/armadilha e 0,9 inseto/hora no PETAR e levados, no bairro Serra, 504,2 insetos/armadilha e 8,3 insetos/hora. Neste bairro, Ny. Intermédia e Ny. Neivai foram capturados em números próximos nas armadilhas de Shannon preta e branca; as fêmeas de Ny. Intermédia foram mais atraídas à preta do que as Ny. Neivai, e na branca, as fêmeas das duas espécies ocorreram sem diferenças significantes; Ny. Intermédia apresentou dois picos maiores (19-20 e 22-23 h) e Ny. Neivai, apenas um, entre 20-21h.O máximo raio de dispersão para machos e fêmeas de Ny. Intermédia e machos de Ny. Neivai foi de 180m, e para fêmeas desta, 520m; a média aritmética da distância de ruptura para machos de Ny. Intermédia foi de 119,4m e das fêmeas de 112,1 m, para Ny. Neivai: machos 99m e fêmeas 112,4m. Nas 1446 fêmeas dissecadas, não se observou infecção natural por flagelados. Conclusões: No PEI foram capturadas Ny. Intermédia e Ny. Neivai, implicadas na transmissão de leishmaniose tegumentar, mas em freqüências tão baixas, que se considera o risco de adquirir essa infecção por freqüentadores do parque, praticamente inexistente, mas podem ser incomodados, principalmente, por Pi. Monticola. No PETAR, Ny. Intermédia e Ny. Neivai ainda que com baixas freqüências, predominaram na área de camping, assim, embora baixo, pode existir o risco de transmissão da leishmaniose tegumentar, e Lu. Longipalpis, o principal vetor da leishmaniose visceral americana, teve freqüência muito baixa, que parece não se constitui em risco para a transmissão dessa doença; no entanto os frequenntadores podem ser incomodados, sobretudo, por Ps. Ayrozai e Ps. Geniculatus.No bairro Serra, a alta densidade de Ny. Intermédia e Ny. Neivai no ambiente domiciliar aponta para risco elevado da transmissão de leishmaniose tegumentar, e embora Lu. Longipalpis tenha sido capturada no peridomicílio, a sua freqüência foi muito baixa, parecendo não se constituir em risco para a leishmaniose visceral, todavia devido a sua adaptação a ambientes antrópicos em outras áreas, recomenda-se manter a área sob vigilância entomológica para prevenção e controle da doença
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 00.00.2008

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    • ABNT

      GALATI, Eunice Aparecida Bianchi. Flebotomíneos (Diptera, Psychodidae) da província espeleológica do Vale do Ribeira, Estado de São Paulo, Brasil. 2008. Tese (Livre Docência) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2008. . Acesso em: 19 abr. 2024.
    • APA

      Galati, E. A. B. (2008). Flebotomíneos (Diptera, Psychodidae) da província espeleológica do Vale do Ribeira, Estado de São Paulo, Brasil (Tese (Livre Docência). Universidade de São Paulo, São Paulo.
    • NLM

      Galati EAB. Flebotomíneos (Diptera, Psychodidae) da província espeleológica do Vale do Ribeira, Estado de São Paulo, Brasil. 2008 ;[citado 2024 abr. 19 ]
    • Vancouver

      Galati EAB. Flebotomíneos (Diptera, Psychodidae) da província espeleológica do Vale do Ribeira, Estado de São Paulo, Brasil. 2008 ;[citado 2024 abr. 19 ]


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