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Identificação de genes de resistência de plantas a patógenos por meio de marcadores moleculares (2008)

  • Autor:
  • Autor USP: CAMARGO, LUIS EDUARDO ARANHA - ESALQ
  • Unidade: ESALQ
  • Sigla do Departamento: LEF
  • Subjects: MARCADOR MOLECULAR; MELHORAMENTO GENÉTICO VEGETAL; RESISTÊNCIA GENÉTICA VEGETAL; GENES; PLANTAS CULTIVADAS
  • Language: Português
  • Abstract: A variação genética existente entre seres vivos se deve, em última instância, a variações na seqüência de nucleotídeos da cadeia de ONA. Estas variações, denominadas polimorfismos, podem ser usadas como marcas para identificar regiões do genoma de um indivíduo. Existem várias técnicas moleculares que permitem identificar estas marcas, daí o termo marcadores moleculares. Geralmente, métodos indiretos são usados para tal e cada método dá origem a um tipo de marcador como, por exemplo, o marcador RFLP ("restriction fragment length polimorphism", ou polimorfismo de comprimento em fragmentos de restrição) que representa a primeira geração de marcador. A técnica identifica polimorfismos por meio da digestão do ONA com enzimas de restrição. Uma segunda geração de marcadores foi desenvolvida após a incorporação da reação em cadeia por polimerase (PCR) ao rol de ferramentas da biologia molecular. O desenvolvimento de marcadores como RAPO (random amplified polymorphic ONA ou ONA polimórfico amplificado ao acaso) e AFLP (amplified fragment length polymorphism ou polimorfismo de comprimento em fragmento amplificado) deram grande impulso aos trabalhos de descoberta de genes por meio de sua associação com marcadores. A mais recente (e última) classe de marcadores se baseia no sequenciamento da molécula do ONA, que permite identificar polimorfismos diretamente em sua seqüência, ao contrário das técnicas citadas anteriormente. Estas marcas são comumente denominadas SNP ("singlenucleotide polymorphism" ou polimorfismo em um único nucleotídeo). Há aproximadamente duas décadas, marcadores começaram a ser utilizados em genética vegetal, prometendo um impacto significativo em programas de melhoramento devido basicamente às possibilidades de transferir genes mais eficientemente entre plantas (a chamada seleção assistida por marcadores) e de compreender melhor as bases genéticas da herança de características poligênicas. ) Aplicados ao melhoramento para resistêf1cia a patógenos em vegetais, marcadores podem ser usados para identificar e transferir genes de resistência qualitativa monogênica de maneira mais eficiente e também para ampliar o conhecimento sobre a natureza de genes de resistência quantitativa poligênica. Em duas décadas, o volume de informação gerado foi considerável e as perspectivas são variadas quando se consideram as novas tecnologias de genotipagem em larga escala baseadas no uso de SNPs. O presente texto discute as diversas aplicações de marcadores moleculares no estudo de genes de resistência, sempre que possível pautado em exemplos extraídos de trabalhos já concluídos ou em andamento desenvolvidos com minha participação como pesquisador responsável pelo Laboratório de Genética Molecular do Departamento de Entomologia, Fitopatologia e Zoologia Agrícola da Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz". Na seção introdutória seguinte são apresentados conceitos básicos de resistência de plantas a doenças com ênfasena distinção entre resistência quantitativa e qualitativa, uma vez que a abordagem de estudo e o alcance prático da utilização de marcadores é diferente para estes tipos de resistência. Na seção dois discute-se o conceito de marcador, sua natureza genética e também um exemplo hipotético de análise de ligação entre um marcador microssatélite e um poligene de resistência. Não se pretendeu aqui uma discussão exaustiva do tema por não ser o objetivo deste texto. A intenção foi apenas a de fornecer conceitos básicos para o entendimento das seções seguintes. Nas seções três e quatro são apresentados exemplos de aplicações de marcadores moleculares no estudo de resistência monogênica e poligênica, respectivamente. ) Na seção cinco, discutem-se aspectos da estratégia da clonagem posicional de genes e suas dificuldades e aplicações, como a perspectiva de transferência direta de genes de resistência por meio da transgenia. Finalmente, a última seção discute os conceitos de gene candidato e mapeamento por vias metabólicas. Trata-se da linha de frente do conhecimento na área de marcadores que utiliza informações das Ciências Genômicas
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 25.09.2008

  • How to cite
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    • ABNT

      CAMARGO, Luís Eduardo Aranha. Identificação de genes de resistência de plantas a patógenos por meio de marcadores moleculares. 2008. Tese (Livre Docência) – Universidade de São Paulo, Piracicaba, 2008. . Acesso em: 19 abr. 2024.
    • APA

      Camargo, L. E. A. (2008). Identificação de genes de resistência de plantas a patógenos por meio de marcadores moleculares (Tese (Livre Docência). Universidade de São Paulo, Piracicaba.
    • NLM

      Camargo LEA. Identificação de genes de resistência de plantas a patógenos por meio de marcadores moleculares. 2008 ;[citado 2024 abr. 19 ]
    • Vancouver

      Camargo LEA. Identificação de genes de resistência de plantas a patógenos por meio de marcadores moleculares. 2008 ;[citado 2024 abr. 19 ]


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