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Envelhecimento e reabilitação oral: achados clínicos e videoendoscópicos da deglutição (2008)

  • Authors:
  • USP affiliated authors: FELIX, GIEDRE BERRETIN - FOB ; BRASOLOTTO, ALCIONE GHEDINI - FOB ; GENARO, KATIA FLORES - FOB
  • Unidade: FOB
  • Subjects: ENVELHECIMENTO; REABILITAÇÃO BUCAL; DEGLUTIÇÃO
  • Language: Português
  • Abstract: Introdução: O processo de envelhecimento somado à perda dos dentes acarreta modificações importantes na fisiologia da deglutição. Poucos estudos abordam a correlação entre diferentes modalidades de reabilitação oral e a função da deglutição em idosos saudáveis. A videoendoscopia da deglutição (VED) demonstra-se um exame muito sensível, porém não tem sido utilizada para acompanhar o impacto funcional do tratamento oral protético em idosos desdentados. Objetivo: Verificar se diferentes estratégias de reabilitação oral protética acarretam modificações nos achados clínicos e videoendoscópicos da deglutição em idosos. Métodos: Avaliou-se clinicamente e instrumentalmente (VED) 37 idosos saudáveis (60-80 anos), desdentados totais ou parciais, separados em três grupos segundo avaliação odontológica prévia: próteses parciais fixas ou removíveis (PP) (n = 15); próteses totais removíveis superior e inferior (PTR) (n = 11); e próteses totais removíveis superior e próteses totais fixas implanto-suportadas inferior (PTFIS) (n = 11). Foram excluídos sujeitos usuários de medicamentos que ocasionassem xerostomia, com prejuízos cognitivos (avaliados pela Escala Mini Exame do Estado Mental), histórico de alterações neurológica, oncológicas de cabeça e pescoço, psicológicas e/ou psiquiátricas, etilistas e tabagistas. As próteses utilizadas deveriam apresentar-se em condições satisfatórias (estáveis, adaptadas e com dimensão vertical de oclusão adequada), mediante avaliaçãoodontológica. Avaliaram-se as consistências sólida (pão), pastosa (10 ml) e líquida (10 ml). Para a avaliação clínica, os autores propuseram a classificação da gravidade da disfunção da deglutição orofaríngea em 5 níveis. Realizou-se, também, a classificação de gravidade do distúrbio de deglutição, de acordo com Escala de comprometimento funcional (gravidade) da deglutição após a VED, a qual é ordenada e crescente em graus de 0 à III. ) Para a análise comparativa entre os grupos, de ambas avaliações, foi utilizado o Teste de Kruskal-Wallis, adotando-se o nível de significância igual ou inferior a 5%. Resultados: Para o líquido, verificou-se, clinicamente, maior prevalência de deglutição funcional para o grupo PP, apresentando os demais grupos (PTR e PTFIS) uma maior ocorrência de disfagia moderada. Para a consistência pastosa, o grupo PP novamente apresentou maior prevalência de deglutição funcional, seguido de disfagia moderada, assim como foi verificado para o grupo PTFIS. No entanto, o grupo PTR apresentou maior ocorrência de disfagia moderada, seguida da deglutição funcional. Para a consistência sólida, o grupo PP apresentou maior variabilidade entre os níveis, prevalecendo maior ocorrência de disfagia leve e moderada, seguidas da deglutição funcional. Porém, nos grupos PTR e PTFIS houve maior prevalência de disfagia moderada, seguidas da disfagia leve e deglutição funcional. Os achados videoendoscópicos evidenciaram, para todos os grupos, que nadeglutição de líquido houve distribuição semelhante entre os níveis 0, I e II, com maior prevalência para a deglutição normal; e para as consistências sólida e pastosa foi encontrada maior ocorrência de disfagia moderada, seguida de disfagia leve e da deglutição normal. Não foram encontradas diferenças estatisticamente significantes entre os grupos (p<0,05). Conclusão: Idosos saudáveis podem apresentar diferentes níveis de deglutição, podendo caracterizar deglutição funcional e disfagia leve a moderada, sendo que diferentes estratégias de reabilitação oral não resultaram em modificações no padrão de deglutição dos sujeitos desse estudo.
  • Imprenta:
  • Source:
  • Conference titles: Congresso Brasileiro de Fonoaudiologia

  • How to cite
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    • ABNT

      BERRETIN-FÉLIX, Giédre et al. Envelhecimento e reabilitação oral: achados clínicos e videoendoscópicos da deglutição. 2008, Anais.. São Paulo: Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia, 2008. . Acesso em: 28 dez. 2025.
    • APA

      Berretin-Félix, G., Totta, T., Jorge, J. C., Brasolotto, A. G., Genaro, K. F., & Joaquim, A. M. C. (2008). Envelhecimento e reabilitação oral: achados clínicos e videoendoscópicos da deglutição. In Anais. São Paulo: Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia.
    • NLM

      Berretin-Félix G, Totta T, Jorge JC, Brasolotto AG, Genaro KF, Joaquim AMC. Envelhecimento e reabilitação oral: achados clínicos e videoendoscópicos da deglutição. Anais. 2008 ;[citado 2025 dez. 28 ]
    • Vancouver

      Berretin-Félix G, Totta T, Jorge JC, Brasolotto AG, Genaro KF, Joaquim AMC. Envelhecimento e reabilitação oral: achados clínicos e videoendoscópicos da deglutição. Anais. 2008 ;[citado 2025 dez. 28 ]


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