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Apnéia obstrutiva do sono na fase aguda de hemorragia intracerebral hipertensiva (2008)

  • Authors:
  • Autor USP: PONTES-NETO, OCTÁVIO MARQUES - FMRP
  • Unidade: FMRP
  • Sigla do Departamento: RNP
  • Subjects: ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL; HEMORRAGIA; APNEIA DO SONO
  • Language: Português
  • Abstract: A hemorragia intracerebral (HIC) é o subtipo de acidente vascular cerebral (AVC) de pior prognóstico e sem tratamento específico de impacto até o momento. A Síndrome da Apnéia-Hipopnéia Obstrutiva do Sono é um fator de risco para hipertensão arterial e tem sido associada com morbidade cerebrovascular. Estudos indicam que episódios de apnéia obstrutiva do sono (AOS) são freqüentes na fase aguda de AVC isquêmico e podem se relacionar a deterioração neurológica precoce e maior mortalidade. Entretanto, não se conhece a freqüência e gravidade dos episódios de apnéia obstrutiva do sono (AOS) na fase aguda de HIC nem tampouco sua associação com a apresentação e evolução destes pacientes. No presente estudo objetivamos determinar a freqüência relativa e a gravidade dos episódios de AO em pacientes na fase aguda de HIC, caracterizar sua relação com expansão do hematoma, edema perihematoma, deterioração neurológica precoce e verificar seu impacto na evolução clínica, em evolução em 1 e 3 meses. Avaliamos 132 pacientes consecutivos com hemorragia intracerebral espontâneos admitidos na Unidade de Emergência do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto - USP em entre janeiro de 2006 e fevereiro de 2008. Ao final da análise dos critérios de exclusão (coma, intubação orotraqueal ou HIC de etiologia secundária), 32 pacientes com HIC hipertensivo com menos de 48 horas de evolução foram incluídos no estudo e submetidos a polissonografia na primeira noite após admissão. Déficitsneurológicos foram acompanhados pela escala de AVC do NIH. A incapacidade funcional foi avaliada pela escala de Rankin e pelo índice de Barthel, 3 e 6 meses após o sangramento. O volume da hemorragia e do edema perihematoma foram quantificado na tomografia computadorizada (TC) de crânio de admissão controle em 24 horas e em 4 a 5 dias após os sintomas. O índice de apnéia-hipopnéia (IAH), definido como alterado quando IAH>10 e gravemente alterado IAH>30, na PSG. Dos 32 pacientes incluídos, 23 eram homens (71,9%). A idade média foi de 57 '+ OU -' 11,8 anos. A hemorragia cerebral ocorreu em gânglios da base em 17 pacientes (53,12%), tálamo em 13 (40,6%), lombar em 2 (6,2%). À admissão, NIHSS mediano foi 15 (IR: 10-20), GCS mediano de 14 (IR: 12-15) e volume médio do AVCH de 26,4 '+ OU -' 22,4 ml. Ocorreu crescimento do hematoma em 7 (21,87%). Latência entre o início dos sintomas e a TC inicial foi de 14,6 '+ OU -' 11,8 horas, TC controle precoce de 41,3 '+ OU -' 20,6 horas e TC controle tardia após 111,5 '+ OU -' 39,7 horas. Latência entre início dos sintomas e PSG foi de 20,2 '+ OU -' 12,5 horas. AVCH teve início durante o sono em 8 (25%) pacientes. Foi constatado IAH > 1O em 20 (62,5%) pacientes, o que se mostrou independentemente relacionado com história prévia de roncos habituais (p=0.2) mas não com outros fatores de risco cardiovascular, topografia e tamanho da hemorragia, piora neurológica ou evolução funcional. IAH se correlacionou com apresença de o edema relativo na TC de crânio da admissão ('r IND. s'=0,40; P=0,031), na TC controle precoce ('r IND. S'=0,46; P=0,011) e na TC tardia ('r IND. s'=0,59; P=0,006). A desorganização do traçado etroencefalográfico de sono na polissonogafia realizada durante a fase aguda de HIC foi quantificada visualmente e se correlacionou com pior prognóstico dos pacientes. O decúbito supino exclusivo ocorreu em 75% dos pacientes na fase aguda de HIC. O tempo em decúbito supino se associou com o NIHSS na admissão ('r IND. S'=0,48; P=0,005), escala de coma de Glasgow na admissão ('r IND. s'= -0.46; P=0,008); e com o escore ICH ('r IND. s'=0,44; P=0,12) na admissão. Episódios de AOS são freqüentes em pacientes não submetidos a intubação orotraqueal durante a fase aguda de hemorragia intracerebral espontânea. Um índice de apnéia-hipopnéia gravemente alterado está correlacionado com o desenvolvimento de edema cerebral nas primeiras 48 horas
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 01.09.2008

  • How to cite
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    • ABNT

      PONTES-NETO, Octávio Marques. Apnéia obstrutiva do sono na fase aguda de hemorragia intracerebral hipertensiva. 2008. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2008. . Acesso em: 16 abr. 2024.
    • APA

      Pontes-Neto, O. M. (2008). Apnéia obstrutiva do sono na fase aguda de hemorragia intracerebral hipertensiva (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto.
    • NLM

      Pontes-Neto OM. Apnéia obstrutiva do sono na fase aguda de hemorragia intracerebral hipertensiva. 2008 ;[citado 2024 abr. 16 ]
    • Vancouver

      Pontes-Neto OM. Apnéia obstrutiva do sono na fase aguda de hemorragia intracerebral hipertensiva. 2008 ;[citado 2024 abr. 16 ]


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