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Tratamento cirúrgico dos tumores glômicos do forame jugular: proposição de sistematização da via de acesso em relação ao nervo facial (2008)

  • Authors:
  • Autor USP: BORBA, LUIS ALENCAR BIURRUM - FMRP
  • Unidade: FMRP
  • Sigla do Departamento: RCA
  • Subjects: NEOPLASIAS CEREBRAIS; NERVO FACIAL; PROCEDIMENTOS NEUROCIRÚRGICOS
  • Language: Português
  • Abstract: Introdução: Os tumores glômicos do forame jugular são tumores infreqüentes na prática neurocirúrgica. A localização e padrão altamente vascularizado fazem com que esses tumores sejam de difícil tratamento cirúrgico. Após tentativas iniciais, o tratamento cirúrgico foi abandonado e substituído pelo tratamento radioterápico que foi ineficaz. Durante décadas a abordagem cirúrgica era baseada em ampla exposição da área e associada à morbidade, principalmente paralisia facial periférica temporária, devida à necessidade sistemática de transposição anterior do nervo facial. Com o avanço dos conhecimentos anatômico e radiológico da região, as abordagens foram mais bem planejadas e tornaram o tratamento cirúrgico factível, associado à baixa morbidade e mortalidade. Este trabalho teve por objetivo analisar a extensão e as relações dos tumores glômicos no osso temporal e o resultado do seu tratamento cirúrgico visando à preservação do nervo facial, com base nas suas-extensões e relação com o nervo facial e propor uma sistematização das suas abordagens. Material e Métodos: No período de dezembro de 1997 a maio de 2007 foram operados pelo autor 34 pacientes portadores de tumores glômicos do forame jugular. Doze pacientes eram do sexo masculino e 22 feminino. Os principais sinais e sintomas foram perda auditiva em 88%, disfunção da deglutição e fonação em 50% e paresia facial periférica em 41% dos pacientes. A Ressonância Magnética (RM) demonstrou tumor localizado noforame jugular em todos os pacientes, extensão para a orelha média em 97%, cervical em 85% e intradural em 41% dos pacientes. A angiografia demonstrou vascularização tumoral através de ramos da artéria carótida externa (ACE) em todos os pacientes, da artéria carótida interna (ACI) em 44% e da artéria vertebral (AV) em 32% dos pacientes. A técnica cirúrgica utilizada variou conforme as características de cada caso e classificada em 4 tipos. A) Abordagem infralabiríntica retrofacial (32,5%); B) Abordagem infralabiríntica pré e retrofacial sem oclusão do meato acústico externo (20,5%); C) Abordagem infralabiríntica pré e retrofacial com oclusão do meato acústico externo (41%); D) Abordagem infralabiríntica com transposição anterior do nervo facial, oclusão do meato acústico externo e remoção das estruturas da orelha média (6%). Resultados: Em 91% dos pacientes foi realizada a remoção cirúrgica radical do tumor e em 9% dos pacientes foi realizada a remoção parcial. Dos 21 pacientes sem disfunção do nervo facial no período pré-operatório, em 20 (95%) o nervo foi mantido em posição anatômica, sendo que em 17 (85%) foi mantida a função grau 1 de House e Brackmann (H&B). Três pacientes apresentaram no pós-imediato graus 2, 3 e 4 de H&B. Seis pacientes apresentaram novos déficits dos nervos cranianos baixos (17,6%) no pós-operatório, sendo que cinco (83%) foram submetidos a embolização pré-operatória. Fístula liquórica ocorreu em 17,6% dos casos. Arecuperação funcional global utilizando a escala de Karnofski foi: 100 em cinco pacientes (15%), 90 em 15 (45%), 80 em 11 (33%) e 70 em dois (6%). A recuperação da função de deglutição foi total em todos os casos, no entanto, todos persistem com distúrbio da fonação. Um paciente foi a óbito secundário a broncopneumonia aspirativa. Conclusões: Independentemente do tamanho do tumor e sua extensão é possível a remoção total sem a transposição anterior definitiva do nervo facial, com baixa morbidade e excelente resultado funcional do nervo facial. A sistematização das vias de acesso em relação ao nervo facial apresentada nesse trabalho facilita a remoção do tumor diminuindo a morbidade trans-operatória e pós-operatória
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 21.08.2008

  • How to cite
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    • ABNT

      BORBA, Luis Alencar Biurrum. Tratamento cirúrgico dos tumores glômicos do forame jugular: proposição de sistematização da via de acesso em relação ao nervo facial. 2008. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2008. . Acesso em: 25 abr. 2025.
    • APA

      Borba, L. A. B. (2008). Tratamento cirúrgico dos tumores glômicos do forame jugular: proposição de sistematização da via de acesso em relação ao nervo facial (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto.
    • NLM

      Borba LAB. Tratamento cirúrgico dos tumores glômicos do forame jugular: proposição de sistematização da via de acesso em relação ao nervo facial. 2008 ;[citado 2025 abr. 25 ]
    • Vancouver

      Borba LAB. Tratamento cirúrgico dos tumores glômicos do forame jugular: proposição de sistematização da via de acesso em relação ao nervo facial. 2008 ;[citado 2025 abr. 25 ]

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