Utilização de foraminíferos planctônicos na análise paleoceanográfica da região NW oceano atlântico sul nos últimos 20.000 anos (2006)
- Authors:
- Autor USP: TOLEDO, FELIPE ANTONIO DE LIMA - IO
- Unidade: IO
- Assunto: FORAMINIFERA
- Language: Português
- Abstract: A análise das associações de determinadas faunas no registro sedimentar pode ser útil em estudos de reconstruções paleoceanográficas e paleoclimáticas, já que muitos organismos têm seu habitat de vida confinado a condições e climas bem definidos. Este estudo utilizou os métodos convencionais de análise quantitativa de foraminíferos planctônicos e análise de isótopos de oxigênio para a região noroeste do Oceano Atlântico Sul, nos últimos 20.000 anos. Através da análise quali-quantitativa das testas dos foraminíferos planctônicos ao longo de dois testemunhos amostrados da Bacia Pernambuco-Paraíba observou-se que a maior ocorrência foi de G. ruber "white", uma espécie tropical associada à camada de mistura, representando, em média, 53,09 % no PAR-36 e 44,01 % no PAR-40. As outras espécies mais comumente observadas foram G. sacculifer sem saco (20,7 5% no PAR-36 e 17,08% no PAR-40), G. sacculifer com saco (2,21 % no PAR-36 e 4,22% no PAR-40), G. siphonifera (3,86 % no PAR-36 e 3,33 % no PAR-40), G. rubescens (3,49 % no PAR-36 e 4,92 % no PAR-40), G. calida (1 % no PAR-36 e 1,93%,), G. falconensis (1,36 % no PAR-36 e 3,78 % no PAR-40), G. bulloides (0,25 % no PAR-36 e 1,26 % no PAR-40) e o complexo G. menardii (1,5 % no PAR-36 e 2,87 % no PAR-40). O predomínio de G. ruber "white" pode indicar que a variação na temperatura superficial da água do mar nos últimos 20.000 anos, na região de estudo, foi insignificante, não exercendo influência sobre as espécies dominantes. No entanto,trabalhos recentes questionam o controle da temperatura sobre os foraminíferos planctônicos sugerindo que outros mecanismos, entre estes, a variação na camada de mistura, sejam mais efetivos. Embora menos comum, com valores máximos 0,60 % no PAR-36 e 0,97 % no PAR-40, G. truncatulinoides dextral é importante por sua abundância ser correlacionável com eventos sazonais da camada de mistura. As águas superficiais equatoriais são diretamente controladas controladas pelos ventos alíseos e a sua intensidade exerce influência direta na espessura da camada de mistura. Como a sua abundância está associada a uma camada de mistura profunda, os picos podem estar relacionados a um aumento da intensidade dos ventos alíseos de NE. Sendo assim, a profundidade da termoclina/nutriclina torna-se menor favorecendo a proliferação de espécies com hábito de vida em águas mais profundas. Nestes intervalos os valores de .18O são mais positivos, indicando temperatura mais fria.
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- Título do periódico: resumos
- Conference titles: Simpósio Brasileiro de Oceanografia, 3
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ABNT
CAMILLO, Edmundo; TOLEDO, Felipe Antonio de Lima. Utilização de foraminíferos planctônicos na análise paleoceanográfica da região NW oceano atlântico sul nos últimos 20.000 anos. Anais.. São Paulo: [s.n.], 2006. -
APA
Camillo, E., & Toledo, F. A. de L. (2006). Utilização de foraminíferos planctônicos na análise paleoceanográfica da região NW oceano atlântico sul nos últimos 20.000 anos. In resumos. São Paulo. -
NLM
Camillo E, Toledo FA de L. Utilização de foraminíferos planctônicos na análise paleoceanográfica da região NW oceano atlântico sul nos últimos 20.000 anos. resumos. 2006 ; -
Vancouver
Camillo E, Toledo FA de L. Utilização de foraminíferos planctônicos na análise paleoceanográfica da região NW oceano atlântico sul nos últimos 20.000 anos. resumos. 2006 ; - Procedimentos laboratoriais padrão: elaboração e implementação em estudos paleoceanográficos
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