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Tolerância ao calor em bovinos de corte (2007)

  • Autor:
  • Autor USP: TITTO, EVALDO ANTONIO LENCIONI - FZEA
  • Unidade: FZEA
  • Sigla do Departamento: ZAZ
  • Subjects: BOVINOS DE CORTE; REGULAÇÃO DA TEMPERATURA CORPORAL ANIMAL; ADAPTAÇÃO ANIMAL
  • Language: Português
  • Abstract: Três experimentos foram conduzidos em nove propriedades rurais, distribuídas nos estados de São Paulo, Paraná e Minas Gerais, e no Laboratório de Biometeorologia e Etologia do Departamento de Zootecnia, da FZEA-USP, Pirassununga, em condições termohigrométricas semelhantes, envolvendo 201 bovinos machos e fêmeas das raças Angus, Blonde D'Aquitaine, Caracu, Limousin, Marchigiana, Nelore, Simental e Piemontês. No primeiro experimento, dez touros jovens da raça Nelore e dez da raça Marchigiana foram submetidos ao teste de tolerância ao calor proposto por BACCARI JR. et al. (1986), em condições de campo, durante o verão. Com o objetivo de validar o teste de tolerância ao calor, foram utilizados 30 tourinhos, 10 de cada uma das raças Marchigiana, Nelore e Simental, em um segundo experimento, quando se procedeu a avaliação fisiológica termorregulatória, em situação de conforto térmico e em estresse calórico, em Câmara Bioclimática. Esses mesmos animais foram submetidos ao teste de tolerância ao calor (BACCARI JR. et al., 1986), para que se comparassem os índices de tolerância ao calor com os valores individuais das respostas termolíticas e as amplitudes das mesmas. No terceiro experimento o teste de tolerância ao calor utilizado nos trabalhos anteriores foi aplicado a 151 animais das raças Angus, Blonde d'Aquitaine, Caracu, Limousin, Piemontesa e Simental, sendo avaliadas as diferenças individuais dentro de raça, as diferenças ligadas ao sexo, e as diferençasligadas ao comprimento e à coloração da pelagem. Em todos os experimentos foram registradas as temperaturas do ar no momento das medidas fisiológicas, bem como as temperaturas máximas e mínimas, a umidade relativa, a temperatura de globo negro ao sol e à sombra, a velocidade do vento, através de termohigrômetros, termohigrógrafos, globotermômetros e de estação meteorológica computadorizada. Os bovinos da raça Marchigiana apresentaram maior (p<0,01) temperatura ) retal média (39,12°C ± 0,12) que os animais Nelore (38,71ºC ± 0,16), devido ao mais alto metabolismo dos animais. Durante os testes na Câmara Bioclimática, através das respostas fisiológicas às condições físicas do ambiente, também se manteve a mesma ordem de tolerância ao calor (Nelore, Marchigiana e Simental), observada no teste de campo, o que valida a metodologia do teste proposto por BACCARI JR. et al.(1986). Neste teste os bovinos das raças estudadas apresentaram os índices de tolerância ao calor (ITC) na ordem de maior resistência para a Nelore, seguida da Marchigiana e da Simental. Os animais da raça Simental apresentaram uma variabilidade de tolerância ao calor semelhante à obtida com os bovinos da raça Marchigiana. No terceiro experimento observou-se que não houve diferença estatística entre o ITC dos machos e das fêmeas na raça Angus. Para os animais da raça Blonde D'Aquitaine, houve diferença estatística entre o ITC dos animais testados em Uberaba e aqueles testados em Araçatuba. Os resultadosobtidos para a raça Caracu mostram alto valor do ITC médio (9,70), além da baixa amplitude entre o valor do animal de menor índice (9,50) e o de maior (9,83), mostrando um indicativo da adaptabilidade dos animais desta raça, cujos resultados apresentaram diferença estatística entre os machos e as fêmeas. Para os machos da raça Limousin o ITC médio dos animais com maior comprimento de pêlos foi menor (8,45), e o ITC médio dos animais de pêlos curtos foi maior (9,08), indicando que o maior comprimento de pêlos prejudica a perda de calor. Os resultados obtidos com a raça Piemontesa mostram alto valor do ITC médio (9,79), e baixa amplitude entre o valor do animal de menor índice (9,74) e o de maior (9,90) indicando alta adaptabilidade ao clima quente. Para a raça Simental não foi detectada qualquer interação entre a cor da pelagem e os demais fatores, e também não foi observada diferença ) estatística entre o ITC dos machos e das fêmeas. Para essa raça foi detectada uma interação entre os valores individuais médios do ITC e o efeito de comprimento de pêlo. De maneira geral, observou-se que a coloração dentro das raças estudadas não determinou diferenças no ITC, e que a tolerância ao calor é uma característica sujeita especialmente à causa de variação comprimento de pêlo. O Teste de Tolerância ao Calor, adotado de forma generalizada, em grande número de animais, em especial nos reprodutores, pode ser uma ferramenta de grande utilidade para direcionar osacasalamentos nas diversas regiões climáticas brasileiras e também para orientar o manejo a ser adotado, visando a disponibilização de recursos de conforto para bovinos de corte, mormente o oferecimento de sombra adequadamente dimensionada
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 08.02.2007

  • How to cite
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    • ABNT

      TITTO, Evaldo Antônio Lencioni. Tolerância ao calor em bovinos de corte. 2007. Tese (Livre Docência) – Universidade de São Paulo, Pirassununga, 2007. . Acesso em: 24 abr. 2024.
    • APA

      Titto, E. A. L. (2007). Tolerância ao calor em bovinos de corte (Tese (Livre Docência). Universidade de São Paulo, Pirassununga.
    • NLM

      Titto EAL. Tolerância ao calor em bovinos de corte. 2007 ;[citado 2024 abr. 24 ]
    • Vancouver

      Titto EAL. Tolerância ao calor em bovinos de corte. 2007 ;[citado 2024 abr. 24 ]


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