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Aspectos nutricionais de compostos fenólicos em ovinos alimentados com leguminosas forrageiras (2007)

  • Authors:
  • Autor USP: GODOY, PATRÍCIA BARBOZA DE - CENA
  • Unidade: CENA
  • Subjects: NUTRIÇÃO ANIMAL; RUMINANTES
  • Language: Português
  • Abstract: As leguminosas constituem uma importante fonte de alimentos para os ruminantes e podem ser exploradas para pastejo direto ou, se conservadas, para fornecimento na forma de feno ou silagem. Algumas leguminosas possuem compostos fenólicos em sua composição. A caracterização química dessas as plantas possibilita melhor uso das mesmas na alimentação animal assim como um melhor entendimento dos efeitos positivos e negativos dos compostos fenólicos na nutrição dos animais. Objetivou-se com o presente estudo: (i) avaliar a composição química de cinco leguminosas de interesse para a alimentação de ruminantes; (ii) estudar os efeitos dos taninos de diferentes leguminosas na produção de gases in vitro; e (iii) estudar os efeitos de dietas constituídas com estas leguminosas no consumo voluntário e digestibilidade aparente dos nutrientes em ovinos. O primeiro trabalho (Capítulo 3) refere-se à caracterização in vitro das leguminosas forrageiras (Leucaena leucocephala (Leucena), Arachis pintoi (Amendoim forrageiro), Stylosanthes guianenses cv mineirão (Estilosantes mineirão), Stylosanthes guianenses cv Campo Grande (Estilosantes Campo Grande e Calopogonio sp. (Calopogônio). Foram avaliadas a composição química, a quantificação de taninos, a fermentabilidade ruminal e a síntese microbiana e os resultados obtidos demonstraram valores de proteína bruta compatíveis com a literatura, exceto para o Calopogônio e Estilosantes Campo Grande (< 60 g kg-1 MS)) Os teores de taninosvariaram significativamente dentre as plantas estudadas, entretanto o teor de tanino condensado pode ser considerado seguro para os animais (entre 30 a 40 eq-g leucocianidina kg-1 MS). As cinco leguminosas apresentaram boa fermentabilidade in vitro, com baixo tempo de colonização (~ 4 h) e T ½ (tempo gasto para atingir metade do valor da Produção Potencial de Gases) inferior a 25 h. A técnica in vitro de incorporação de radiofósforo mostrou efeito significativo da adição de polietileno glicol (PEG) na avaliação da síntese microbiana, demonstrando o efeito dos taninos presentes nas leguminosas estudadas sobra a síntese de proteína no rúmen. O segundo trabalho (Capítulo 4) refere-se à caracterização e avaliação nutricional in vitro de Medicago sativa (Alfafa), Cajanus cajan (Feijão guandu), Mucuna aterrina (Mucuna preta) e Mucuna pluriens (Mucuna cinza). A composição química, a quantificação de taninos e a cinética de fermentação destas leguminosas e dietas experimentais constituídas de fenos de Tifton-85 (Cynodon sp), milho triturado, sal mineralizado na proporção de 30:18:2 com a adição (50%) de cada uma das leguminosas foram estudadas (tratamento ALF, GND, MCZ, MPT respectivamente para Alfafa, Feijão guandu, Mucuna cinza e Mucuna preta). Alfafa apresentou o maior conteúdo de proteína bruta (185 g kg-1 MS) e os teores de taninos variaram significativamente entre as plantas estudadas. Mucuna cinza apresentou maior e Alfafa menor valores de taninocondensado (50 e 0,2 eg. G leucocianidina kg-1 MS respectivamente) ) Com exceção da Alfafa, todas as outras leguminosas apresentaram incremento de gases quando incubadas in vitro na presença de PEG; o que reflete a atividade biológica dos taninos presente nestas plantas. Em relação às dietas experimentais, apenas as dietas GND e MCZ apresentaram incrementos de gases na presença de PEG. O terceiro trabalho (Capítulo 5) descreve a avaliação nutricional in vivo das dietas experimentais utilizadas no Capítulo 4 (ALF, GND, MCZ, e MPT). Foram utilizados ovinos da raça Santa Inês, machos, castrados com peso vivo médio de 53 ± 5,1 kg. As dietas foram oferecidas de acordo com o peso vivo de cada animal (3%) durante o ensaio de consumo voluntário, enquanto que durante o ensaio de digestibilidade, foi oferecida em cerca de 90% do consumo voluntário determinado anteriormente. Nenhuma dieta apresentou quantidade de taninos condensados considerado prejudicial aos animais. Todas as dietas estudadas apresentaram consumo voluntário e consumo de nutrientes semelhantes. Apenas ALF apresentou maior digestibilidade de PB, enquanto que a MCZ apresentou menor digestibilidade da mesma fração. É concluído com esses trabalhos que as leguminosas estudadas constituem uma importante fonte de nutrientes para os ruminantes, contudo, os teores de taninos condensados devem ser monitorados a fim de que sejam preparadas dietas que não alterem o consumo voluntário nem a fermentaçãoruminal, e consequentemente disponibilização dos nutrientes aos animais
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 29.03.2007
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    • ABNT

      GODOY, Patricia Barboza de. Aspectos nutricionais de compostos fenólicos em ovinos alimentados com leguminosas forrageiras. 2007. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, Piracicaba, 2007. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/64/64132/tde-16052007-135551/. Acesso em: 18 out. 2024.
    • APA

      Godoy, P. B. de. (2007). Aspectos nutricionais de compostos fenólicos em ovinos alimentados com leguminosas forrageiras (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, Piracicaba. Recuperado de http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/64/64132/tde-16052007-135551/
    • NLM

      Godoy PB de. Aspectos nutricionais de compostos fenólicos em ovinos alimentados com leguminosas forrageiras [Internet]. 2007 ;[citado 2024 out. 18 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/64/64132/tde-16052007-135551/
    • Vancouver

      Godoy PB de. Aspectos nutricionais de compostos fenólicos em ovinos alimentados com leguminosas forrageiras [Internet]. 2007 ;[citado 2024 out. 18 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/64/64132/tde-16052007-135551/

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