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Método de avaliação dos músculos do assoalho pélvico uma nova proposta (2007)

  • Authors:
  • Autor USP: RIBEIRO, ANA GABRIELA BARRETO - FMRP
  • Unidade: FMRP
  • Sigla do Departamento: RCA
  • Assunto: PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS UROLÓGICOS
  • Language: Português
  • Abstract: Introdução: A avaliação dos músculos do assoalho pélvico (MAP) constitui um dos componentes mais importantes da análise clínica para o diagnóstico das disfunções desses músculos, bem como, fornece dados para correção destes. Os métodos que avaliam a determinação da força dos MAP, deixam a desejar quanto à avaliação objetiva das disfunções. Objetivos: Propor uma nova metodologia (MP) de avaliação dos MAP, que fizesse a integração temporal dos parâmetros avaliados, para verificar a qualidade da contração dos MAP, bem como identificar a atividade da musculatura acessória na composição da ação dos MAP, no mesmo momento. Para avaliar sua eficácia, comparou-se o MP com dois dos métodos da avaliação mais utilizados, os métodos avaliação funcional do assoalho pélvico (AFA) e perineômetria. Pacientes e Métodos: Foram incluídas no estudo 39 mulheres com idade entre 23 e 73 anos (média 42,82 :±12,53) que foram submetidas à avaliação clínica prévia, anamnese e exame físico, avaliação funcional do assoalho pélvico (AFA), e perineômetria com o aparelho 'Kromam. POT. R' e do método proposto (MP) com o aparelho de urodinâmica 'Dynamed POT. R'. As pacientes foram divididas em três grupos: grupo A: constituído por treze mulheres voluntárias normais, sem queixas ou sintomas clínicos, grupo B: constituído por treze mulheres com dor pélvica crônica e grupo C: formado por treze mulheres com incontinência urinária de esforço. Inicialmente foi realizada a avaliação através dométodo AFA, na seqüência foram realizadas as avaliações objetivas de forma simultânea e divididas em dois registros. No primeiro registro os aparelhos não foram zerados após a introdução do probe intravaginal, e foram determinadas as pressões consideradas como atividade basal dos MAP, bem como, as contrações e o relaxamento destas musculaturas, nos três grupos. Para avaliação da atividade da musculatura abdominal foi conectada uma sonda retal antes de ser introduzida a sonda vaginal, que captou os aumentos de pressão abdominal durante todo o exame. O segundo registro seguiu a mesma seqüência do primeiro, com os aparelhos zerados e o probe na posição intra-vaginal. As agulhas de eletromiografia foram posicionadas nos músculos elevadores do ânus. Resultados: As pressões foram determinadas em centímetros de água e em Sauers convertido para centímetros de água para que pudessem ser comparadas as medidas de pressão entre os métodos. Determinação da pressão basal, através dos métodos perineômetria e MP no primeiro registro; perineômetro (Médias); grupo A (GA): 22,0 ± 38,85; grupo B (GB): 106,24 ± 51,71; grupo C (GC): 52,05 ± 50,12, MP (médias): GA:19,5 ± 14,15; G B: 46,73 ± 16,61; GC: 27,35 ± 18,13. No segundo registro (Médias); GA: 0,0 ± 0,0, GB: 2,45 ± 8,82, GC: 0,0±0,0. Medidas do tônus basal no primeiro registro, através do MP (médias); GA: 19,54 ± 14,15, GB: 46,73 ± 16,61, GC: 27,35 ± 18,13. No segundo registro (médias); GA: 1,10 ±2,30, GB: 0,38 ± 1,39, GC: 0,85 ± 2,76. Determinação da pressão de contração em centímetros de água no primeiro registro, através dos métodos: perineômetro (médias): GA: 169,74 ± 76,87; GB: 207,20 ± 53,11; GC: 173,99 ± 75,25; MP (médias): GA: 81,51± 34,76; GB: 100,47 ± 39, 80, GC: 82,91 ± 36,19. Determinação da pressão de contração no segundo registro através dos métodos; perineômetro (médias): GA: 161,38 ± 78,46; GB: 148,03 ± 85, 08, GC: 146,28 ± 89,61; MP (médias): GA: 69,71 ± 33,17; GB: 54,48 ± 34,51; GC: 53,22± 39,12. Mensuração da pressão da musculatura abdominal e perineal em uma mesma contração. realizada apenas através do MP em ambos registros; primeiro registro (médias):contração abdominal nos grupos; GA: 41,08 ± 34,30; GB: 56,66± 37,86; GC: 52,82 ± 42,21; contração perineal: GA: 43,67 ± 32,20; GB: 44,88 ± 40,11; GC: 29,96 ± 24,31. A avaliação no segundo reqistro (médias); contração abdominal: GA: 44,49 ± 37, GB: 39,42 ± 31,00, GC: 41,84 ± 35,28; contração perineal: GA: 27,87 ± 24,45; GB: 17,72 ± 25,95; GC: 11,36 ± 15,75. Na comparação da contração dos MAP entre o primeiro com o segundo registro obteve-se através dos métodos perineômetro e MP as seguintes médias: Perineômetro (médias): Primeiro registro: GA: 169,73 ± 76,87; GB: 207,20 ± 53,10; GC: 146,28 ± 89,61; Segundo registro: GA: 161,37 ± 78,45; GB: 148,04 ± 85,07; GC: 146,28 ± 89,61; MP (médias): Primeiro registro: GA: 81,50 ± 34,76; GB: 100,46 ± 39,79; GC: 82,91 ± 36,18;Segundo registro: GA: 69,70 ± 33,17; GB: 54,47 ± 34,51; GC: 53,22 ± 39,11. Na correlação entre os métodos perineômetria e MT com o método AFA em ambos os registros, obteve-se os valores: grimeiro registro: perineômetria (médias): GA: r = 0,40; GB: r = 0,23; GC: r = 0,84; MP (médias): GA: r = 0,78; GB: r = 0,36; GC: r = 0,68; Segundo registro: Perineômetro (médias): GA: r = 0,30; GB: r = 0,42; GC: r = 0,90; MP (médias): GA: r = 0,68; GB: r = 0,40; GC: r = 0,73; Na avaliação eletromiográfica os resultados encontrados foram qualitativos, evidenciaram a atividade muscular, porém não foram capazes de mensurá-las numericamente, assim não permitindo a diferenciação entre os grupos. Conclusão: Concluiu-se que o método AFA não apresentou diferença significativa entre os grupos. Em relação ao tônus basal verificou-se que ambos os aparelhos captaram a pressão basal dos MAP diferenciando os três grupos no primeiro registro, tendo o grupo de dor pélvica apresentado diferenças estatísticas significativas em relação aos demais grupos. Na avaliação da pressão de contração dos MAP concluiu-se que ambos os aparelhos não mostraram diferenças significativas com as pressões de contração entre os três grupos, e que as pressões abdominais e perineais não também não evidenciaram diferenças estatísticas significativas entre os grupos. Na correlação entre os métodos demonstrou-se que o método proposto apresentou melhor correlação com AFA do que o métodoperineômetria, tendo boa correlação com os grupos de mulheres com IUE e normais, enquanto que o método perineômetria obteve boa correlação apenas com o grupo normal. Em relação a atividade eletromiografica concluiu-se que esta presente de forma semelhante em ambos os registros, porém o aparelho utilizado não foi capaz de identificar os grupos ou o estado desta musculatura
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 04.04.2007

  • How to cite
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    • ABNT

      RIBEIRO, Ana Gabriela Barreto. Método de avaliação dos músculos do assoalho pélvico uma nova proposta. 2007. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2007. . Acesso em: 24 set. 2024.
    • APA

      Ribeiro, A. G. B. (2007). Método de avaliação dos músculos do assoalho pélvico uma nova proposta (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto.
    • NLM

      Ribeiro AGB. Método de avaliação dos músculos do assoalho pélvico uma nova proposta. 2007 ;[citado 2024 set. 24 ]
    • Vancouver

      Ribeiro AGB. Método de avaliação dos músculos do assoalho pélvico uma nova proposta. 2007 ;[citado 2024 set. 24 ]

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