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Associação do nível de linfócitos CD4, da carga viral e do efeito do tratamento periodontal na sáude do periodonto e na composição da microbiota subgengival em pacientes com AIDS (2007)

  • Authors:
  • Autor USP: VILLAÇA, JOSÉ HENRIQUE - FMRP
  • Unidade: FMRP
  • Sigla do Departamento: RCM
  • Subjects: SÍNDROME DE IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA; CARGA VIRAL; LINFÓCITOS; PERIODONTITE
  • Language: Português
  • Abstract: A literatura tem reportado um espectro amplo das manifestações orais da aids, das quais podemos relacionar a candidíase bucal, a leucoplasia pilosa, doenças gengivais/periodontais necrosantes, sarcoma de Kaposi, úlceras herpéticas e queilite angular. A candidíase bucal é a manifestação bucal mais prevalente. A periodontite crônica pode progredir mais rapidamente em indivíduos portadores do HIV/aids, principalmente em pacientes que não estão recebendo terapia anti retroviral. No entanto, muitos estudos, não encontraram associação entre a doença periodontal e o número de linfócitos CD4. A microbiota subgengival de pacientes infectados e não infectados pelo HIV, é muito semelhante. No entanto, alguns microrganismos atípicos foram detectados em pacientes com HIV/aids, como a Candida. O que pode estar relacionado com a rápida evolução da periodontite nesses pacientes. O nosso objetivo foi avaliar a associação da terapia anti-retroviral, do número de linfócitos CD4 e da carga viral do HIV com a saúde periodontal e com a microbiota subgengival, além do efeito do tratamento periodontal sobre a saúde do periodonto e sobre a microbiota subgengival em pacientes com aids. Para isso foram selecionados 30 pacientes com aids, divididos em dois grupos de 15. Os do grupo 1 (G1) estavam, há pelo menos 6 meses, recebendo a terapia anti-retroviral e os do grupo 2 (G2) já tinham diagnóstico de aids, mas ainda não haviam iniciado a terapia. De todos foram obtidos os parâmetrosclínicos 12 periodontais de profundidade de sondagem (PS) e nível de inserção clínica relativo (NI) e selecionados os dois sítios mais profundos para coleta do biofilme subgengival e análise microbiológica através de sondas de DNA pelo método DNA - Checkerboard. Na seqüência foi realizado tratamento periodontal básico e após 30 dias, novo exame periodontal e nova coleta de biofilme. Não foram encontradas diferenças estatísticas (p>.05) entre a PS e o NI periodontal proporcionou melhora na saúde do periodonto independente da variável analisada. Não se verificaram diferenças significativas na freqüência de bactérias do G1 e do G2. Uma maior freqüência de bactérias periodontopatogênicas em pacientes com números de linfócitos CD4 ‘< OU =’ 200 cels/’mm POT. 3’, carga viral superior a 10000 cópias/’mm POT. 3’ e logaritmo acima de 1,6902 está de acordo com estudos que mostram que um maior comprometimento imunológico favorece a colonização subgengival. Aentre os pacientes do G1 e do G2, antes e após o tratamento. No entanto, ambos apresentaram diferenças estatísticas (p<.05) entre a PS antes e após o tratamento. o mesmo não ocorreu com o NI. Também não encontramos, para a PS e o NI, diferenças estatísticas significantes quando avaliamos os vários níveis de número de linfócitos CD4, da carga viral e do logaritmo da carga viral. Espécies bacterianas relatadas como relacionadas às doenças periodontais como Porphyramonas gingivalis, Fusobacteriumnucleatun, Prevotella nigrescens, Peptostreptoccocus micras e Pseudomonas aeruginosa foram detectadas com maior freqüência nos sítios dos pacientes do G2. No entanto, não encontramos evidências estatísticas de que os grupos sejam diferentes. No G1 e no G2 houve tendência de diminuição de bactérias periodontopatogênicas e aumento das menos relacionadas à doença periodontal após o tratamento periodontal. No entanto, apenas na análise do Tannerella forsythensis no G1 (odds ratio-0,092/ IC(95%) - 0,01 ;0,87) verificamos diferenças entre os tempos. Pacientes com CD4 ‘< OU =’ 200 cels/’mm POT. 3’ apresentaram uma maior detecção de periodontopatógenos (P. gingivalis, P. intermedia, F. nucleatum, P. nigrescens, P. micras, Actinomybacills actinomycetencomitans b e P. aeruginosa), assim como de patógenos atípicos como a Escherichia colí. O mesmo ocorreu em pacientes, com carga viral superior a 10000 cópias/’mm POT. 3’ e logaritmo acima de 1,6902. Nos pacientes com linfócitos CD4 ‘> OU =’ 350 células/’mm POT. 3’, ocorreu diminuição de 13 quase todos os periodontopatógenos, após tratamento periodontal. Não foram encontradas relações entre os valores de linfócitos CD4, da carga viral e do logaritmo da carga viral com freqüência de detecção de bactérias em números superiores a ’10 POT. 5’ mas sim na quantidade de detecções de bactérias periodontopatogênicas. A manifestação bucal mais encontrada foi a candidíase bucal, principalmente no G2 queapresentava um menor número médio de linfócitos CD4, o que corrobora os achados da literatura. Embora a literatura, em alguns casos, relacione a gravidade da doença periodontal com a infecção pelo HIV, não se identificou essa relação. Isso também foi verificado por outros estudos. O tratamento ausência da terapia anti-retroviral e piores indicadores da infecção pelo HIV não levaram a um aumento na freqüência de detecção de bactérias em quantidades iguais ou superiores a ’10 POT. 5’. A saúde periodontal não parece ter sido influenciada pela terapia anti retroviral, pelo número de linfócitos CD4 e pela carga viral, mas o tratamento periodontal trouxe melhoras na saúde do periodonto e uma diminuição da freqüência de detecção de bactérias periodontopatogênicas para pacientes sob terapia anti retroviral ou não. A terapia anti-retroviral não influenciou significativamente a composição da microbiota subgengival, mas valores baixos de linfócitos CD4 e a alta carga viral aumentaram periodontopatogênicas a freqüência de detecção de bactérias periodontopatogênicas
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 05.03.2007

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    • ABNT

      VILLAÇA, José Henrique. Associação do nível de linfócitos CD4, da carga viral e do efeito do tratamento periodontal na sáude do periodonto e na composição da microbiota subgengival em pacientes com AIDS. 2007. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2007. . Acesso em: 03 out. 2024.
    • APA

      Villaça, J. H. (2007). Associação do nível de linfócitos CD4, da carga viral e do efeito do tratamento periodontal na sáude do periodonto e na composição da microbiota subgengival em pacientes com AIDS (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto.
    • NLM

      Villaça JH. Associação do nível de linfócitos CD4, da carga viral e do efeito do tratamento periodontal na sáude do periodonto e na composição da microbiota subgengival em pacientes com AIDS. 2007 ;[citado 2024 out. 03 ]
    • Vancouver

      Villaça JH. Associação do nível de linfócitos CD4, da carga viral e do efeito do tratamento periodontal na sáude do periodonto e na composição da microbiota subgengival em pacientes com AIDS. 2007 ;[citado 2024 out. 03 ]


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