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Diabetes mellitus tipo 2 e doença aterosclerótica (2006)

  • Authors:
  • Autor USP: COURI, CARLOS EDUARDO BARRA - FMRP
  • Unidade: FMRP
  • Sigla do Departamento: RCM
  • Subjects: DIABETES MELLITUS (METABOLISMO;CONTROLE); ARTERIOSCLEROSE
  • Language: Português
  • Abstract: O diabetes mellitus tipo 2 é um importante fator de risco cardiovascular. Cinqüenta a 70% dos indivíduos diabéticos vão a óbito por doenças do aparelho cardiocirculatório, (risco 2 a 4 vezes maior do que na população não diabética). Uma das principais hipóteses para isto é a elevada freqüência de comprometimento cardiovascular silencioso apresentada por esta população. Não há estudos prévios analisando simultaneamente o comprometimento aterosclerótico coronariano, arterial renal e vascular periférico em uma população de indivíduos diabéticos tipo 2 hipertensos sem sintomas cardiovasculares. Os objetivos deste estudo são avaliar, em uma amostra de indivíduos diabéticos tipo 2 hipertensos e assintomáticos do ponto de vista cardiovascular: I- A freqüência de vasculopatia periférica (VP), estenose de artérias renais (EAR) e isquemia miocárdica silenciosa (IMS), além de variáveis clínico-laboratoriais relacionadas a cada forma de acometimento; II- A correlação entre VP, EAR e IMS; III- A concordância entre os exames complementares utilizados para o diagnóstico de EAR e IMS. Foram incluídos 92 pacientes diabéticos tipo 2 hipertensos, com idade entre 40 e 70 anos, sem qualquer evidência clínica de doença cardiovascular e sem investigação prévia, atendidos no Ambulatório de Diabetes do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP. Para o rastreamento de IMS foram utilizados cintilografia miocárdica perfusional comsestamibi-99mTc e teste ergométrico (protocolo Bruce). O rastreamento de EAR foi feito por angiografia por ressonância magnética com reconstrução tridimensional e quantificação de fluxo e por ultra-sonografia Doppler de artérias renais. O índice tornozelo-braquial foi utilizado para o rastreamento deVP. A freqüência de qualquer forma pesquisada de comprometimento arterial silencioso foi de 40,2%, enquanto que 22,8% apresentaram IMS, 7,8% apresentaram EAR e 22,8%, VP. Foi observada correlação somente entre IMS e DVP nos pacientes estudados. Dentre os preditores de doença cardiovascular silenciosa analisados nesta população, a presença de calcificação aórtica à radiografia simples de tórax foi preditora IMS; duração da hipertensão arterial sistêmica superior a 20 anos foi preditora de EAR e a presença de nefropatia diabética ou calcificação aórtica ou HDL-colesterol < 40 mg/dl (este último em homens) foram preditores de VP. O uso de terapia antilipemiante ou presença de sinais eletrocardiográficos em repouso sugestivos de infarto do miocárdio prévio foram preditores de IMS grave e a presença de calcificação aórtica ou retinopatia diabética foram preditores de qualquer forma de comprometimento arterial silencioso. A cintilografia miocárdica perfusional foi um método capaz de diagnosticar um número maior de pacientes com IMS, não havendo concordância entre seus resultados e o teste ergométrico. Com relação aos métodosutilizados para o diagnóstico de EAR, houve concordância entre a angiografia por ressonância magnética e ultra-sonografia Doppler na amostra estudada. Em suma, a freqüência de doença cardiovascular silenciosa nesta população de pacientes diabéticos tipo 2 hipertensos foi elevada. O rastreamento das diversas formas de comprometimento aterosclerótico é necessário uma vez que pacientes diabéticos freqüentemente apresentam doença aterosclerótica multiarterial e comumente apresentam poucos ou nenhum sintoma cardiovascular. Com este intuito, o reconhecimento de preditores clínicos e laboratoriais auxilia na escolha de pacientes em que a relação custo-benefício do rastreamento se tome mais adequada. Desta forma, o diagnóstico em fases iniciais da doença aterosclerótica e implementação de medidas terapêuticas mais eficazes podem ser uma ferramenta útil na redução da elevada morbi-mortalidade cardiocirculatória apresentada por indivíduos diabéticos tipo 2 hipertensos
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 06.11.2006

  • How to cite
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    • ABNT

      COURI, Carlos Eduardo Barra. Diabetes mellitus tipo 2 e doença aterosclerótica. 2006. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2006. . Acesso em: 23 abr. 2024.
    • APA

      Couri, C. E. B. (2006). Diabetes mellitus tipo 2 e doença aterosclerótica (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto.
    • NLM

      Couri CEB. Diabetes mellitus tipo 2 e doença aterosclerótica. 2006 ;[citado 2024 abr. 23 ]
    • Vancouver

      Couri CEB. Diabetes mellitus tipo 2 e doença aterosclerótica. 2006 ;[citado 2024 abr. 23 ]


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