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Filhos de presidiários: um estudo sobre estigma (2006)

  • Authors:
  • Autor USP: MIYASHIRO, SANDRA REGINA GALDINO - FE
  • Unidade: FE
  • Subjects: EDUCAÇÃO INCLUSIVA; INCLUSÃO SOCIAL (EDUCAÇÃO); DISCRIMINAÇÃO (EDUCAÇÃO); ESTIGMA; CRIMINOLOGIA; PRECONCEITO; DISCRIMINAÇÃO SOCIAL; SOCIOLOGIA EDUCACIONAL
  • Language: Português
  • Abstract: Esta pesquisa teve como objetivo estudar jovens que vivem - ou viveram - o encarceramento de um dos progenitores. Buscamos verificar quais são suas percepções a respeito do encarceramento de seus pais, como observam a associação de sua imagem à figura criminosa de seus progenitores. A partir da constatação, em suas falas, da presença da idéia de "sangue" e "ambiente", que determinaria uma reprodução da carreira criminosa dos pais, construímos pontes com as teorias biodeterministas do século XIX que compõem o imaginário social quando o assunto é o destino ou a trajetória de jovens que têm ou tiveram seus pais ou mães encarceradas. Buscamos refletir sobre a superação dessas análises ou a revitalização desse pensamento na atualidade, aspecto que parece contraditório ao discurso de inclusão e de respeito à diversidade. No Brasil, as raízes do "estigma", associado a familiares de criminosos, têm origem no século XIX, através da penetração de teorias criminais, originárias em grande parte da Europa, da política eugenista e da higienista. A criminologia provocou grandes transformações na maneira de conduzir as ações ou as políticas de prevenção e controle dos indivíduos e das crianças e adolescentes. Dentro dessa nova maneira de gerir os indivíduos proposta pela criminologia, não passariam despercebidas a questão da prevenção dos delitos da "menoridade", que ganharia novos contornos. Os filhos de presidiários seriam alvos privilegiados da ação daqueles que pensavam umasociedade liberal, mas ao mesmo tempo controladora e fiscalizadora da manifestação de vícios latentes. ) O discurso educacional se apropriou dessas concepções e ao longo de décadas despendeu esforços no sentido de tentar, através de ações junto a essa população e suas famílias, recuperar indivíduos já "viciados geneticamente" ou influenciados pelo meio familiar e social. Os discursos dos filhos de presidiários, nas entrevistas, são ambíguos e ambivalentes. Em relação a estas questões, aspecto que, aos olhos daqueles que vivenciam cotidianamente o medo e a insegurança diante do crime, parece algo aterrador. Nos seus discursos, permeados pelo segredo em relação à reclusão dos pais podemos observar que essa condição os fixa numa posição de estigma/ descrédito
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 04.08.2006

  • How to cite
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    • ABNT

      MIYASHIRO, Sandra Regina Galdino. Filhos de presidiários: um estudo sobre estigma. 2006. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2006. . Acesso em: 11 set. 2024.
    • APA

      Miyashiro, S. R. G. (2006). Filhos de presidiários: um estudo sobre estigma (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, São Paulo.
    • NLM

      Miyashiro SRG. Filhos de presidiários: um estudo sobre estigma. 2006 ;[citado 2024 set. 11 ]
    • Vancouver

      Miyashiro SRG. Filhos de presidiários: um estudo sobre estigma. 2006 ;[citado 2024 set. 11 ]

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