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Autopercepção, Desempenho Escolar e Problemas de Comportamento de Crianças Atendidas no Programa de Habilidades de Solução de Problemas Interpessoais (2006)

  • Authors:
  • Autor USP: CONTE, KARINA DE MELO - FFCLRP
  • Unidade: FFCLRP
  • Sigla do Departamento: 594
  • Subjects: RENDIMENTO ESCOLAR; PSICOLOGIA DA CRIANÇA
  • Language: Português
  • Abstract: As dificuldades de aprendizagem associadas a problemas de comportamento constituem um fator de risco para distúrbios psicossociais, estando freqüentemente ligado ao déficit das habilidades sociais, de acordo com que a literatura tem apontado. Diante deste contexto, percebe-se a necessidade de programas de, intervenção que visem trabalhar tanto as dificuldades de aprendizagem como as Habilidades de Solução de Problemas Interpessoais (HSPI), diminuindo fatores de risco e promovendo fatores de proteção e prevenção. Um estudo prévio demonstrou que um programa para desenvolvimento de Habilidades de Solução de Problemas Interpessoais (HSPI), integrando atividades psicopedagógicas, foi eficaz para melhorar o comportamento e o desempenho escolar em crianças com queixa escolar associada a problemas de comportamento, que já se encontravam alfabetizadas. Supõe-se que, influindo nas autopercepções (auto-eficácia e autoconceito) destas crianças diante de seu desempenho acadêmico e comportamento, tais habilidades podem engendrar mecanismos de proteção. O presente estudo teve por objetivo principal verificar se a modalidade de intervenção denominada Eu Posso Resolver Problemas (EPRP) contribui para melhorar as autopercepções de crianças com baixo rendimento escolar e com problemas sócio-emocionais associados. E como objetivo secundário, pretende-se verificar a eficácia do programa para atenuar os problemas sócio-emocionais apresentados por essas crianças, bem como paramelhorar seu desempenho escolar, com o propósito de replicar os resultados obtidos por Elias e cols (2003). Participaram 21 meninos, com idade entre 6 e 10 anos, cursando de 1ª a 4ª série, encaminhados ao Ambulatório de Psicologia Infantil do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP, com queixa de dificuldades de aprendizagem, associados a problemas de comportamento. Empregou-se um delineamento pré-teste - pós-teste com grupo controle. Nas avaliações feitas antes e depois da intervenção, os instrumentos utilizados focalizou-se o desempenho acadêmico, problemas de comportamento e as autopercepções. Os principais instrumentos utilizados foram: TDE - Teste de Desempenho Escolar; Formulário para Investigação de Dificuldades na Lição de Casa; Escala Comportamental Infantil A2 de Rutter (ECI), versão para pais; Inventário de Comportamentos da Infância e da Adolescência (CBCL), Roteiro de Avaliação do Senso de Auto-Eficácia e Escala Infantil Piers-Harris de Autoconceito. A partir da primeira avaliação, dois grupos foram constituídos aleatoriamente: Grupo de Intervenção (GI), no qual as crianças passaram pela intervenção proposta, logo após serem avaliadas em triagem clínica; e Grupo de Espera (GE), com crianças que esperaram por 6 meses, de acordo com o tempo de espera do Ambulatório em questão para serem novamente avaliadas. As crianças do Grupo de Intervenção receberam atendimento em pequenos gruposdurante 20 semanas, em sessões semanais de duas horas. A intervenção promovia o desenvolvimento de HSPI através de jogos, dramatização, leitura, escrita e diálogos informais. Terminado o atendimento nesse grupo, ambos os grupos (GI e GE) foram reavaliados nos mesmos aspectos e instrumentos. Em seguida, o Grupo de Espera iniciou a mesma intervenção, sendo reavaliado imediatamente depois. Os resultados de cada grupo foram analisados através de teste estatístico não paramétrico. Os resultados demonstram que entre a primeira e a segunda avaliação, ambos os grupos apresentaram melhoras nos indicadores de desempenho escolar, entretanto, a melhora no Grupo de Intervenção foi mais significativa. Com relação aos problemas de comportamento apenas o Grupo de Intervenção apresentou menores escores nas avaliações, enquanto o Grupo de Espera não obteve melhora. Após passar pelo programa HSPI, o Grupo de Espera obteve melhoras significativas nos indicadores de desempenho escolar e comportamento. Quanto as autopercepções, não foram observadas diferenças significativas em nenhum dos grupos após a intervenção e mesmo diante das melhoras alcançadas, essas crianças ainda se percebem com menos recursos para a aprendizagem. Esses resultados indicam que embora as autopercepções não tenham sido alteradas, a intervenção auxiliou na melhora do desempenho escolar e na diminuição dos problemas de comportamento, em uma amostra heterogênea, compatível com arealidade cotidiana do serviço onde foi oferecida a intervenção, ampliando a aplicabilidade do programa para desenvolvimento das Habilidades de Solução de Problemas Interpessoais
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 04.07.2006

  • How to cite
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    • ABNT

      CONTE, Karina de Melo. Autopercepção, Desempenho Escolar e Problemas de Comportamento de Crianças Atendidas no Programa de Habilidades de Solução de Problemas Interpessoais. 2006. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2006. . Acesso em: 24 abr. 2024.
    • APA

      Conte, K. de M. (2006). Autopercepção, Desempenho Escolar e Problemas de Comportamento de Crianças Atendidas no Programa de Habilidades de Solução de Problemas Interpessoais (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto.
    • NLM

      Conte K de M. Autopercepção, Desempenho Escolar e Problemas de Comportamento de Crianças Atendidas no Programa de Habilidades de Solução de Problemas Interpessoais. 2006 ;[citado 2024 abr. 24 ]
    • Vancouver

      Conte K de M. Autopercepção, Desempenho Escolar e Problemas de Comportamento de Crianças Atendidas no Programa de Habilidades de Solução de Problemas Interpessoais. 2006 ;[citado 2024 abr. 24 ]


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