A noção de alteridade no estudo das psicoses infantis (2006)
- Authors:
- Autor USP: FARIA, CARINA ARANTES - IP
- Unidade: IP
- Sigla do Departamento: PSA
- Subjects: ALTERIDADE; PSICOSE INFANTIL; PSICANÁLISE; LAÇO SOCIAL
- Language: Português
- Abstract: O estudo da noção de alteridade em psicanálise e de sua função na estruturação do psiquismo produz conseqüências para o tratamento da psicose infantil. A prática clínica com crianças psicóticas na Pré-Escola Terapêutica Lugar de Vida aponta para a necessidade de uma investigação teórica sobre a alteridade que está na base da psicose para sabermos de que modo conduzir o tratamento dessas crianças em direção ao laço social. Este estudo percorre a origem da noção de alteridade em Freud e Lacan. O percurso em Freud destaca três formulações fundamentais para a noção de outro em psicanálise. Na primeira delas, o psiquismo é fundado pela diferença pura e pela experiência original de desamparo. Na segunda, o cuidado do agente materno e o dinamismo familiar fundam a alteridade para o bebê. Na terceira, Freud busca mostrar que a introjeção da lei do superego, constitutiva do processo civilizatório, é na verdade a instalação da alteridade no indivíduo. A investigação da alteridade na obra de Freud permite relacioná-Ia aos desdobramentos teóricos de Lacan, que se vale de um conceito preciso para designar a alteridade - o Outro, instância destacada do outro semelhante. O campo do Outro é aquele que diferencia o humano dos animais, é o campo da linguagem, lugar onde a fala se constitui, lugar do simbólico. A leitura lacaniana realizada no presente trabalho baseia-se principalmente no Seminário de 1955-56, intitulado As psicoses. Nesse seminário, Lacan se dedica a pensar o simbólicoe sua relação com a psicose, trabalha a estrutura da linguagem e localiza diferentes tipos de outro: o Outro Primordial, o Outro simbólico e o Outro na psicose. Abordaremos esses tipos em sua referência aos registros Imaginário, Simbólico e Real. A presente investigação formula, em seguida, uma reflexão em torno da alteridade própria das psicoses, que pode ser qualificada como real. O tratamento dessa alteridade, desse Outro, consistirá em seu apaziguamento, bem como em uma tentativa de apresentar à criança uma outra qualidade de Outro, para que ela possa dar continuidade à sua estruturação subjetiva e encaminhá-la rumo ao laço social
- Imprenta:
- Data da defesa: 24.03.2006
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ABNT
FARIA, Carina Arantes. A noção de alteridade no estudo das psicoses infantis. 2006. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2006. . Acesso em: 19 set. 2024. -
APA
Faria, C. A. (2006). A noção de alteridade no estudo das psicoses infantis (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, São Paulo. -
NLM
Faria CA. A noção de alteridade no estudo das psicoses infantis. 2006 ;[citado 2024 set. 19 ] -
Vancouver
Faria CA. A noção de alteridade no estudo das psicoses infantis. 2006 ;[citado 2024 set. 19 ]
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