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Construção de identidade e formação de vínculos, no processo psicoterapêutico de uma criança, em diferentes contextos familiares (2006)

  • Authors:
  • Autor USP: MARQUE, CRISTIANE REBERTE DE - IP
  • Unidade: IP
  • Sigla do Departamento: PSC
  • Subjects: PSICOTERAPIA DA CRIANÇA; FAMÍLIA; IDENTIDADE; RELAÇÕES FAMILIARES; SETTING
  • Language: Português
  • Abstract: Atualmente é possível observar diversos tipos de configuração familiar que fogem ao modelo tradicional da família nuclear. Dentre essas configurações, ocorre a possibilidade de uma criança transitar por diferentes contextos familiares, em lugar de permanecer em sua família de origem por toda a infância. Considerando que os grupos familiares são base essencial para o desenvolvimento psíquico, objetivou-se investigar a estruturação de identidade e o estabelecimento de vínculos de uma criança que, durante o processo de psicoterapia, vivenciou modificações em sua configuração familiar. Para tanto, utilizou-se a metodologia qualitativa, o instrumento de estudo de caso e o referencial psicanalítico de Winnicott. A criança em questão, após o falecimento de sua mãe, a prisão de seu pai e um período de acolhimento por parentes da linhagem materna, foi transferida para uma instituição de abrigo infantil. Nessa instituição, foi solicitado o atendimento psicoterápico a criança. Durante esse período, a criança deixou o abrigo, viveu novamente com a família acolhedora por algum tempo e retomou ao convívio com o pai biológico numa família reconstruída. A psicoterapia de orientação analítica foi mantida durante essas mudanças devido à disponibilidade de adaptar o setting fisico às variações externas, que exigiram que este fosse deslocado, inclusive para locais pouco usuais de atendimento psicoterápico. Esse deslocamento do setting possibilitou manter a estabilidade e acontinuidade do vínculo terapêutico, ajudando a paciente a vivenciar fases de instabilidade externa com menor turbulência e maior ganho emocional, e favorecendo seu desenvolvimento afetivo. Em relação à construção da identidade, o self pôde regredir e resgatar vivências importantes para maior integração, independência e autenticidade. Em relação ao estabelecimento de vínculos, foi possível recuperar a confiança no ambiente suficientemente bom e ampliar os relacionamentos. Constatou-se também que as mudanças no contexto familiar vivenciadas pela paciente, e o convívio num ambiente familiar nos moldes do modelo de circulação de crianças, em substituição à família nuclear, foram favoráveis ao seu desenvolvimento. Este estudo baseou-se no referencial winnicottiano, no qual o manuseio do setting é um recurso importante para a criação de um ambiente de holding, a partir do qual um espaço potencial pode ser concebido. Considera-se esta perspectiva de grande valor para a elaboração de propostas interventivas em psicologia clínica comunitária e preventiva
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 30.03.2006

  • How to cite
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    • ABNT

      MARQUE, Cristiane Reberte de. Construção de identidade e formação de vínculos, no processo psicoterapêutico de uma criança, em diferentes contextos familiares. 2006. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2006. . Acesso em: 18 set. 2024.
    • APA

      Marque, C. R. de. (2006). Construção de identidade e formação de vínculos, no processo psicoterapêutico de uma criança, em diferentes contextos familiares (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, São Paulo.
    • NLM

      Marque CR de. Construção de identidade e formação de vínculos, no processo psicoterapêutico de uma criança, em diferentes contextos familiares. 2006 ;[citado 2024 set. 18 ]
    • Vancouver

      Marque CR de. Construção de identidade e formação de vínculos, no processo psicoterapêutico de uma criança, em diferentes contextos familiares. 2006 ;[citado 2024 set. 18 ]


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